17/05/2011

O Romance da Bíblia - Livro do Mês na Editora Ésquilo

Caríssimos Leitores:

Posso já anunciar-vos a simpática campanha do Editor Paulo Loução, para contrariar a crise (cuja primeira vítima são sempre os livros):
O Romance da Bíblia é o Livro do Mês (ou de Mês e Meio, porque se vai manter até finais de Junho), com 50% de desconto.

O livro pode ser adquirido via on-line no
Sítio da Editora ou na sua sede:

Ésquilo - Edições e Multimédia, lda.
Av. António Augusto Aguiar, 17 - 4º E
1050 - 012 Lisboa - Portugal


Para saber mais sobre esta obra, ver imagens das heroínas, ler excertos e outros textos relacionados clique neste link do blogue O Romance da Bíblia

À Conversa com os Leitores na Feira do Livro de Lisboa



Domingo, 15 de Maio, foi o último dia da Feira do Livro de Lisboa, com uma tarde e noite agradabilíssimas em companhia do não menos simpatiquíssimo professor e escritor António Balcão Vicente que assinava o seu romance "O Templário d'El-Rei" e se prestou a tirar estas fotos a alguns dos meus leitores.

Leitores fiéis que me conheciam de outras Feiras e eventos, que são já amigos e me lêem a alma porque ao escrever, escrevo-me e revelo-me na íntegra, sem disfarces; outros novos, desejosos de me conhecerem pelos mais diversos motivos, mas sempre com a escrita e a leitura como o laço que nos une (ou desunirá, se não gostarem do que leram).

Lamento não ter imagens de todos os que estiveram a conversar comigo, mas não queria abusar da gentileza do meu companheiro escritor. Deixo aqui alguns testemunhos desses momentos de convívio que, embora breves, me compensam dos meses de clausura que passo em casa a escrever. Não ponho os nomes, porque foram muitos e não quero deixar de fora nenhum dos que me deram o seu carinho.

Obrigada, Amigos e Amigas, por gostarem da minha escrita e me terem acompanhado neste dia. Fico à espera dos vossos e-mails, para continuar o contacto e o convívio. Bem hajam!

1511-2011: V Centenário de Paço dos Negros

Na minha actividade de escritora de romance histórico de temática portuguesa, procuro dar visibilidade não só aos indivíduos que se imortalizaram pelas suas obras, mas também aos monumentos, terras e regiões onde tiveram lugar os factos narrados. Assim, tenho levado os meus leitores a viajar no tempo ao encontro desses lugares que fizeram História na época dos Descobrimentos e são parte integrante do nosso Passado Colectivo.

Em alguns lugares, a inclemência da passagem do Tempo, mas, sobretudo a indiferença dos seus governantes e também dos próprios habitantes – muitos dos meus heróis de há cinco séculos já se queixavam desse desprezo – permitiram a degradação, ruína e muitas vezes a destruição de património de grande valor.

Contudo, a preservação e recuperação desse património já acontece algumas vezes por iniciativa de autarcas inteligentes e cultos que reconhecem a mais-valia desses monumentos, de vestígios que apontam para construções antiquíssimas ou mesmo de memórias sem corpo mas com alma. E esse milagre faz-se também por iniciativa dos próprios filhos da terra, que querem preservar a todo o custo a sua identidade e as suas raízes.

Um exemplo flagrante, que tive o privilégio de ver de perto e me apaixonou, tem sido o dos elementos que recentemente formaram a Academia da Ribeira de Muge, com a sua luta de muitos anos pela recuperação do Paço da Ribeira de Muge, vulgo Paço dos Negros, no lugar do mesmo nome, no Concelho de Almeirim. Com esporádicos apoios da Câmara de Almeirim, por iniciativa popular, um grupo de jovens dirigido por Aquilino Fidalgo, descendente de uma das famílias mais antigas da terra, libertaram o espaço de toneladas de entulho e lixo e começaram expor os vestígios e as partes do Paço que ainda estavam de pé mas se encontravam em terrível estado de degradação – além do moinho, os pavilhões da montaria, a capela, parte das salas com lareira e também as escavações para o tanque dos peixes. Pretendiam os elementos da Academia conseguir a classificação do monumento pelo IPPAR, através da Câmara Municipal, até hoje sem sucesso.



O Paço dos Negros foi construído por El-Rei D. Manuel, em 1511 (cem anos depois do Paço Real de Almeirim), para servir de apoio às caçadas nas ricas coutadas da Ribeira de Muge, durante a estadia da nobreza na “Sintra de Inverno”, que ali vinha desenfadar-se; o paço era composto por um pátio central, uma capela e residência real, cemitério, azenha, residência para servos, pomar, horta e pasto para gado.

Este lugar de Paço dos Negros, que eu nunca vira, serviu-me de palco para o início da intriga do meu romance D. Sebastião e o Vidente, por ser o local preferido do Desejado, que fugia do Palácio de Almeirim para ali se refugiar e se dedicar ao seu desenfadamento preferido: a montaria. É nas suas matas que, antes de completar doze anos, D. Sebastião mata o seu primeiro javali.

Entre os actuais paladinos de Paço dos Negros, Aquilino Fidalgo e Manuel Evangelista leram o meu romance e ficaram muito surpreendidos e agradados pela referência e visibilidade dada ao objecto da sua luta; em 2007, convidaram-me para um evento a que chamaram “D. Sebastião no Paço”, fazendo-me uma fantástica homenagem e proporcionando-me um dos dias mais felizes da minha vida, sendo então nomeada “Filha adoptiva de Paço dos Negros”, um título que me honra muito e ainda me comove.

No passado dia 14 de Maio teve lugar a comemoração do 500º Aniversário da fundação do Paço, que se iniciou pela visita ao recinto, seguida do lançamento do livro Paço dos Negros da Ribeira de Muge – A Tacubis Romana, de Manuel Evangelista, que eu tive o privilégio de apresentar e que é um exaustivo trabalho de investigação sobre a história do lugar; um estudo que abre muitas pistas para outras investigações e monografias académicas de várias disciplinas. Foi ainda apresentada uma reconstituição digital da planta do Paço, tal como seria no século XVI, da autoria de Gustavo Pacheco Pimentel.

A Academia da Ribeira de Muge apresentou inúmeras actividades culturais que testemunham a riqueza do seu património: danças e cantares antigos, representação teatral das lendas do Rei Preto, venda e degustação da sua gastronomia.
Em representação do Senhor D. Duarte, Duque de Bragança, presidiu às comemorações o sr. Marquês de Rio Maior.

14/05/2011

À Conversa com os Leitores na Feira do Livro de Lisboa

Queridos Amigos Leitores

Domingo, dia 15 e último dia da Feira do Livro, estarei à vossa espera, para conversar convosco, das 16 às 19 h (ou até mais tarde se tiver visitantes), no Parque Eduardo VII, Pavilhão B50 (à esquerda de quem sobe), da Editora Ésquilo.

Espero que haja sol, desta vez, embora tenha de levar repelente contra os insectos (ou serei sugada viva, como em romance de vampiros!). Prometo partilhar o dito elixir com os meus leitores que sejam igualmente doces ao palato dos mosquitos e afins.

"O Espião de D. João II" e "O Romance da Bíblia" são Livros do Dia.

10/05/2011

'Tou na Hora H da Feira do Livro!




Hora H na Porto Editora


De 2ª a 5ª Feira, das 22 às 23 horas
alguns livros têm descontos de 50% e 70%

Os meus romances D. Sebastião e o Vidente e O Navegador da Passagem têm feito parte dessa campanha.

Hoje fui lá comprar uns dez exemplares de O Navegador da Passagem porque já não tinha nenhum para oferecer.
Aconselho os que gostam dos meus livros e não tenham lido estes romances, a aproveitar a oportunidade, porque graficamente as obras têm imensa qualidade e, quanto ao conteúdo, são o produto de mais de três anos (para cada um) de trabalho de investigação e de escrita.
D. Sebastião e o Vidente é o livro que a Porto Editora escolheu, em 2006, para se lançar na ficção e ganhou o Prémio Especial do Júri Máxima de Literatura em 2007.
O Navegador da Passagem recria a vida de Bartolomeu Dias e o reinado de D. João II e os primeiros anos do rei D. Manuel, com as lutas pelo poder, as intrigas da corte portuguesa, mas também de outras nações europeias e de lugares remotos pela primeira vez vistos. Este livro completa (ou completa-se com) o meu posterior romance O Espião de D. João II, cuja personagem é Pêro da Covilhã que vai concretizar os sonhos do Príncipe Perfeito.

Atenção: Não sei se os livros vão estar na Hora H todos os dias, de 2ª a 5ª, mas creio que sim.
Se não estiverem há muitas obras de grande qualidade à vossa espera a preço de saldo. Boas leituras!

09/05/2011

A Parte Boa da Internet

A Internet, apesar dos seus limites e defeitos têm-me proporcionado surpresas maravilhosas, sobretudo quando permite encontros e reatamentos de amizades há muito dispersas, interrompidas ou mesmo (aparentemente) perdidas. E esses milagres surgem nos mais inesperados sítios da blogosfera, como um comentário de alguém a quem muito estimo e há muito tempo não vejo, o qual me saltou aos olhos no blogue Coisas d’Amar que trata (imaginem só!) de delícias da culinária (outra das minhas paixões). Não resisto a transcrever esse comentário, com a minha homenagem a essa grande “Professorinha” que, no dito Mestrado, se destacava de todos os outros professores e me fez adorar a disciplina de Semiótica da Imagem. Bem haja, querida Professorinha, pelo muito que aprendi consigo e pela amizade que me deu.

Eis o comentário de FA a Mar:

Fa disse...
Querida Mar,

Ainda estava com a minha taça de iogurte e cereais na mão, olhando vagarosamente para as novidades na blogosfera, quando deparei com o seu post (já anunciado). Fez-me acordar de repetente para um mundo mais alegre, onde existem momentos privilegiados a qualquer hora do dia, mas com frequência ao final da tarde, quando já tudo se apaziguou. Embora confesse que também gosto do nascer do sol, de estar sozinha no terraço a beber o primeiro chá do dia.

Neste tratamento de Fa(da) faz-me sempre recordar alguém que me tratava e trata, sempre que nos encontramos em lançamentos de livros (dela), por "professorinha". O primeiro trabalho que ela realizou num seminário de mestrado teve por base capas de livros antigos de cozinha, aos quais juntou uma descrição que nos deixou a todos encantados. Escrevia muita bem e tinha uma imaginação extraordinária. Mas achava sempre que apenas estávamos a ser simpáticas/os com ela. Um dia começou a escrever livros para jovens, baseados numa história de Portugal ficcionada. Enviou o seu primeiro texto para várias editoras. Lembro-me que nessa altura me convidou para almoçar e me disse com ar muito espantado que todas tinham aceite, e, uma delas até queria abrir uma colecção. A partir dessa altura os livros sucederam-se e já não são apenas os de literatura infantil. Estou a falar da Deana Barroqueiro, uma pessoa muito especial, por quem tenho enorme carinho. Claro que pelo meio houve uma dissertação que eu me vi obrigada a manter, a muito custo, dentro daquilo que é o formato tradicional neste tipo de trabalhos académicos. Mas por decisão da Deana, mesmo estando terminada, não foi defendida. Facto que achei de grande coerência com um percurso que já se anunciava distinto.

Bjs
3 DE MARÇO DE 2011 03:16