18/08/2024
NAVEGADOR DA PASSAGEM - OS CAURIS
Depois das duas viagens de Diogo Cão, Bartolomeu Dias prossegue com a exploração da costa africana, em 1487, para encontrar o cabo (fim) do continente africano e a passagem para o Oceano Índico. Chega ao Congo e toma conhecimento dos cauris, a moeda daquele continente.
17/08/2024
Parede T2 Torre Marserra
O meu apartamento, um T2, na Parede/Carcavelos foi posto à venda.
Se alguém estiver interessado, pode vê-lo aqui:
https://www.remax.pt/125051003-51
03/08/2024
27/07/2024
19/07/2024
Dois dedos de conversa
Dois dedos de conversa: Rascunhos Secretos
Deana Barroqueiro vive em Portugal há muitas décadas e acaba de lançar o livro “Rascunhos Secretos»
MALGA DE VINHO POR SIZA VIEIRA
A MALGA DO 3º MILÉNIO (texto integral, com receita) por Deana Barroqueiro
«Na linha morfológica das tigelas e escudelas, com tamanhos e funções variáveis, usadas para cozinhar e no serviço das mesas, distingue-se a “malga”, de tamanho mais reduzido e pouco variável.
Com raízes na "magǐda", descrita por Plínio e usada nas libações aos deuses, a malga particulariza-se e individualiza-se, já na Idade Média, tornando-se, a partir do século XIV, num objecto indispensável a qualquer família, também nos lares quinhentistas.
Surgiu primeiro em barro, depois em “louça”, a cerâmica vidrada, branca ou decorada, importada de Málaga, aparecendo pela primeira vez mencionada como "mallega", num foral da Guarda de 1510, vulgarizando-se posteriormente como “malga”.
Com um diâmetro de bordo de 13-15 cm e uma altura de 7-8 cm, a malga destinava-se ao consumo individual do comer e do beber, sem necessidade de talheres.
A sua forma de semiesfera ou calota, com pé anelar, era perfeita para se levar à boca, suspensa entre dois dedos ou na concha das mãos, e emborcar o primeiro vinho recolhido directamente do pipo, na adega.
Ou ainda, quer na reunião familiar à roda da lareira nos tempos de invernia, quer no convívio com os vizinhos, na eira de noites estreladas, ao fim de um dia de trabalho, aninhada no aconchego das mãos, como um tépido seio de mulher, dispensando o garfo e a faca em favor da colher, o utensílio medieval por excelência, se comia a sopa, o ensopado, o creme ou o doce, em amena cavaqueira.
Serviu para múltiplas funções, como substituir as salseirinhas e os pratinhos medievais com especiarias, azeitonas ou torresmos, para o café ou as sopas de cavalo cansado, para medir os ingredientes das receitas de biscoitos e bolos, uma tradição que se manteve nas aldeias do interior de Portugal, até há algumas décadas.
Contudo, a malga vidrada e imaculadamente branca distinguiu-se como um ícone português, sobretudo, na região vitícola dos vinhos verdes, substituindo pichéis e copos, graças à amplitude da sua calota que, na degustação dos seus tintos, permite aspirar-lhes amplamente os aromas e, ao mesmo tempo, apreciar as tonalidades da sua cor quando tingem a tela branca de cerâmica. O triunfo dos vinhos verdes tintos surge, assim, no século XX, com o “vinhão da malga”.
A malga é, sem dúvida, um dos objectos portugueses mais tradicionais e com uma história de consumo e demanda mais longa, só perdendo importância, no século XVIII, entre a nobreza e a burguesia, devido ao excesso de porcelanas chinesas, símbolo de luxo e estatuto social, trazidas com a Expansão Marítima Portuguesa.
No Brasil, para onde foi levada pelos imigrantes (como em muitas outras partes do mundo), veio a sofrer o mesmo desprezo das classes altas, ficando o seu uso reservado ao povo.
Foi, todavia, reabilitada e de novo apreciada, a partir do século XIX, por intelectuais, artistas e escritores, como Eça de Queirós, que a refere nas suas obras: azeitonas pretas em malga de barro e também tabaco em malga vidrada, em A Cidade e as Serras. Ou Camilo Castelo Branco, em Maria Moisés (Novelas do Minho): «uma farta malga de caldo fumegando por entre uma floresta de couves recheadas de feijões vermelhos». No século XX, tornou-se num valioso artefacto para coleccionadores.
E foi então que a Pacheca, graças ao seu empenhamento na renovação de tradições antigas e identitárias de Portugal, como nação antiquíssima da Europa, convocou o génio criativo do grande arquitecto Siza Vieira, para a criação de uma “Malga do 3º Milénio”, que alia a tradição antiga à modernidade do estilo, sem corromper ou adulterar a sua natureza, para que os embaixadores portugueses no mundo possam exibir nas suas mesas, aos convidados, um belo e curioso artefacto português com história, fazendo brindes com os melhores vinhos de Portugal.
BROAS DE MEL (Alvaiade -Vila Velha de Ródão)
Ingredientes: 1 malga de ovos inteiros; 1 malga de azeite; 1 malga mal cheia de açúcar; 3 c. de sopa, bem cheias, de mel; 1 c. de chá de fermento em pó; 1 casca de limão; canela a gosto; cerca de 3 malgas de farinha de trigo.
Bate-se os ovos inteiros com o azeite, o açúcar, o mel, a casca de limão e a canela e, em seguida, mistura-se a farinha com o fermento. Deita-se a massa (pouco corredia, para não se espalhar demasiado), às colheres de sopa, em tabuleiros untados com azeite e polvilhados de farinha, deixando uma boa margem entre elas. Cozem em forno bem quente, previamente aquecido, até crescerem (cerca de 7 cm. de diâmetro) e ficarem douradas.
Malga de Vinho By Siza Vieira - Beber vinho tinto na malga! Uma tradição...
«O objectivo do promotor do projecto Quinta da Pacheca é destacar a portugalidade do objecto e do consumo de vinho. Tantas e tantas vezes associada ao consumo de vinho verde tinto, especialmente nas tascas e tabernas, a Quinta da Pacheca decidiu reinterpretar a tradicional malga de vinho. Para o efeito, pediu ao arquitecto Siza Vieira para abordar este objecto, de cariz eminentemente etnográfico, dotando-o de um novo design.
O objectivo é trazer a malga para os tempos modernos e ainda, de acordo com Paulo Pereira, sócio e proprietário da Quinta da Pacheca, destacar “a portugalidade” da malga enquanto utensílio de consumo de vinho, capaz de “estar nas mesas dos melhores restaurantes Michelin”, de ser destacado “nas embaixadas portuguesas espalhadas pelo mundo”, com a vantagem, ainda, de ser “um produto de cerâmica 100% português”.
A malga desenhada por Siza possui um diâmetro de bordo de aproximadamente 13 centímetros e sete centímetros de altura. Na apresentação da malga, que decorreu na Quinta da Pacheca, Álvaro Siza Vieira destacou que, “não podia fazer mais uma, igual às demais. Pensei, acima de tudo, nos aspectos funcionais, aqueles que permitem segurar bem uma malga. O design baseou-se, pois, na utilidade do objecto”, referiu. Nesse aspecto, a malga destaca-se por ostentar quatro pequenas reentrâncias circulares que permitem maior aderência.
Para além de pretender oferecer a experiência de beber vinho numa malga no sentido de relevar tradições ancestrais, a componente histórica e secular deste objecto de vários usos foi destacado pela investigadora e autora Deana Barroqueiro, autora da obra em três volumes História dos Paladares. De acordo com esta académica, a malga, ou tigela, é um objecto que chegou aos nossos dias vindo do tempo da presença romana em território ibérico.
A comprová-lo, a recentíssima descoberta de uma malga em barro, com os restos fossilizados de um pássaro – correspondendo, portanto, a uma oferenda ou sacrifício – em Miróbriga, Santiago do Cacém, pela equipa do historiador e arqueólogo José Carlos Quaresma.
Esta malga de Siza Vieira pode ser adquirida nos canais de venda da Quinta da Pacheca e em algumas das garrafeiras por 14,95 euros/unidade ou um package com duas malgas, por 29,90 euros.»
23/06/2024
Camões publica finalmente Os Lusíadas.
Como os meus leitores mostraram uma surpreendente adesão às minhas leituras, aventuro-me a fazer mais alguns destes vídeos caseiros, obra de quem domina mal estas técnicas. Neste excerto de "D.Sebastião e o Vidente", Luís de Camões logra por fim ver a sua epopeia, Os Lusíadas, publicada em letra de imprensa.
14/06/2024
D. Sebastião ouve ler Os Lusíadas.
Este vídeo é mais para ouvir do que para ver, é a leitura do capítulo do meu “D. Sebastião e o Vidente”, em que o Desejado, enquanto se veste, ouve D. Manuel de Portugal, amigo e protector de Luís de Camões, a apresentar-lhe “Os Lusíadas”, para o rei autorizar a publicação e uma tença ao Poeta. Preferi deixar-vos interromper a leitura quando vos apetecer, a cortar o texto que ficava sem sentido. Ficam a conhecer como se vestiam os reis no século XVI.
08/06/2024
02/06/2024
Dia 9 de Junho, às 18 horas na Feira do Livro de Lisboa, Praça Amarela - Deana Barroqueiro
Estarei na Praça Amarela (Ed. Presença)
dia 9 de Junho, das 18 às 19 horas
Como tenho publicado em diversas editoras, as minhas obras estarão espalhadas pelos seguintes expositores:
- Na Praça Amarela, da editora Manuscrito (Presença), estão:
.«O Navegador da Passagem» (nova edição do meu 1º romance sobre a Saga dos Descobrimentos, com as viagens de Bartolomeu Dias, a passagem do Cabo das Tormentas e o "achamento" do Brasil e o reinado tormentoso de D. João II.
.«Rascunhos Secretos», o último livro da minha tetralogia sobre este imenso e apaixonante tema. Este livro termina com a viagem de Fernão de Magalhães e cobre outros assuntos de que me faltava tratar. Creio ter coberto o tema dos Descobrimentos com a profundidade, seriedade e isenção possíveis, embora sem pôr travões à liberdade de criação que me permite o papel de romancista, portanto, autora de obras de ficção, e não de historiadora, que não sou.
- Na VASP, B27/28, espero que tenham os 3 volumes da «História dos Paladares»:
I - Sedução; II - Perdição; e III - Redenção, que receberam o Gourmand Best in the World Awards - Series, 2021-2022, o maior galardão do mundo para uma colecção de livros de Gastronomia. Fui receber este Óscar à Suécia, um prémio mundial que Portugal nunca tinha recebido.
É uma História da Alimentação, Culinária e Gastronomia, contada através de milhares de obras, histórias e personagens de todo o mundo e de todas as épocas, apresentando, no seu conjunto, mais de 760 receitas tradicionais, nacionais e internacionais.
- Na Praça Leya, no expositor da Casa das Letras, devem ter 4 obras:
.O «D. Sebastião e o Vidente», uma nova edição do meu primeiro romance "de grande fôlego" que, em 2006, a Porto Editora me deu a honra de escolher para se lançar no mundo da ficção, com apresentação no Mosteiro dos Jerónimos.
.O «1640»: Restauração de Portugal, aquele que eu considero o meu melhor livro e o mais trabalhoso (levou-me 13 anos a fazer).
.«O Corsário dos Sete Mares-Fernão Mendes Pinto», que foi adaptado ao cinema pelo realizador João Botelho no seu «Peregrinação».
.«O Espião de D. João II - Pêro da Covilhã», o meu 2º romance sobre os Descobrimentos da Índia e do Reino do Preste João, na Etiópia.
- E já nem falo no volume único dos «Contos+ Novos Contos Eróticos do Velho Testamento», da editora Planeta, que talvez encontrem em saldo, porque houve diferentes edições, como Romance da Bíblia e Tentação da Serpente, da ed. falida Ésquilo.
- A foto acima é caseira, tirada pela minha mão, das minhas obras, para quem as desejar conhecer. Lá faltam os 7 romances da colecção de aventuras e viagens CRUZEIRO DO SUL (esgotados há muito tempo).
05/05/2024
Camões regressa a Lisboa com Os Lusíadas
CAMÕES REGRESSA DA ÍNDIA COM OS LUSÍADAS
Celebro, hoje, no dia da Língua Portuguesa, tão maltratada e que eu adoro, os 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões, lendo-vos um capítulo do meu romance "D. Sebastião e o Vidente", em que o Poeta é a personagem principal.
Ao desembarcar em Lisboa, vindo de Moçambique, Camões encontra a capital devastada pela peste. Julgo ter recriado com verosimilhança aquilo que o Poeta poderia ter visto à sua chegada.
07/03/2024
26/01/2024
RASCUNHOS SECRETOS - NOVO ROMANCE DE DEANA BARROQUEIRO
NAS LIVRARIAS NO DIA 7 DE FEVEREIRO
«Perdoai não vos declarar o meu nome, mas, nos tempos que correm, falar verdade ou apontar vícios aos poderosos pode ser assaz perigoso.»
O narrador foi testemunha de conspirações, mortes inexplicáveis, intrigas, traições e amores adúlteros ou sacrílegos. Na corte dos três reis que serviu ― D. Afonso V, D. João II e D. Manuel I ―, um navegador e guerreiro anónimo atreve-se, agora que está no ocaso da vida e refugiado em Castela, a publicar o seu diário repleto de segredos obscuros e inconfessáveis.
Não tentem saber o seu nome, pois foi um mestre a encobrir a sua identidade. Através do que nos relata nestas páginas, contudo, poderão conhecer alguns dos maiores mistérios da era dos Descobrimentos. Começa em 1485 quando, com apenas dez anos, entrou ao serviço da rainha D. Leonor, mais tarde andou pelas Índias e foi (navegou) além da Taprobana.
O ponto alto da sua narrativa é, todavia, a espantosa viagem à volta do mundo, empreendida por Fernão de Magalhães, seu grande amigo, a quem acompanhou e desejou prestar homenagem e fazer justiça.
*
Neste novo romance, Deana Barroqueiro traz-nos uma visão global sobre os séculos XV e XVI, um dos períodos mais violentos e conspirativos, mas também mais animados, cultos e fecundos de Portugal, através dos olhos de alguém que o testemunhou.
PRÉ-VENDA ONLINE: EDITORA MANUSCRITO/PRESENÇA
11/01/2024
Deana Barroqueiro - Refeitório - Antena 1
ENTREVISTA PARA A ANTENA 1 (RDP) - REFEITÓRIO A entrevista a Deana Barroqueiro feita por Joana Barrios, no seu programa Refeitório, sobre a sua trilogia da História dos Paladares, vencedora de cinco prémios mundiais de Literatura Gastronómica, incluindo o Gourmand Best in the World Awards - Series. Fala-se também de História da Alimentação e de gastronomia portuguesa, das suas "actividades culinárias", e de escrita de romance histórico português. Foi no dia 13 de Janeiro, em que cortaram a parte final, pois nem a entrevistada nem a entrevistadora deram pela passagem do tempo. Mas, podem ouvi-la na íntegra, se tiverem pachorra para isso, AQUI
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