26/04/2012

Apresentação de livro

Sábado, 28 de Abril, 18 h.
Hotel Palácio
Rua Tomás Ribeiro, 115, Lisboa

Irei apresentar o livro de poemas "Mentes Perversas ... e outras conversas", de Ana Paula Lavado, uma poetisa de muito talento que gostaria de dar a conhecer aos meus amigos.
Convido-vos a juntarem-se à nossa tertúlia e a tomarem mais íntimo conhecimento com a sua bela poesia, num local simpático e abrigado da chuva.
Lá vos espero para uma conversa.

23/04/2012

O negócio das edições de autor

Ainda a propósito da edição e promoção de livros:

Quando as distribuídoras deixam de pagar às editoras, estas deixam por sua vez de pagar aos autores, aliás, aqueles que criam as obras são sempre os mais prejudicados em todo este processo.

Contudo, enquanto editoras de renome e distribuidoras vão à falência, porque não vendem livros, prolifera e prospera agora um novo tipo de "editoras" que se dedicam a publicar livros... à custa dos seus autores! Isto é, os poetas e os romancistas que são rejeitados pelas verdadeiras Editoras (as que editam mesmo livros de raiz, com os riscos e as margens de lucro inerentes ao seu ofício) pagam a estas novas empresas um balúrdio de dinheiro para lhes publicarem as obras.

As ditas empresas fazem-no sem correrem quaisquer riscos, assegurando à partida (cobram logo a factura, pois então!) que o preço estipulado pague a edição, a sessão de lançamento, os livros que o autor recebe e aque inda dê lucro à "editora". Sem contrapartidas de promoção ou qualquer tipo de distribuição - imprescindível para o livro ser visto e poder ser comprado -, excepto pela passagem em alguma livraria on-line, coisa que o próprio autor pode conseguir sem dificuldade.

É de facto um belo e florescente negócio-da-China para estas empresas, porém ruinoso para os autores. Entendo que seja a solução para aqueles que mal sabem escrever e que teimam em publicar um livro, mas lamento muito ver gente de talento a ser recusada pelas editoras de nome (que, por outro lado, publicam catadupas de traduções de verdadeiro lixo estrangeiro) e acabar por cair nas garras e bicos dos abutres.

É pena que não haja Cooperativas de Autores, capazes de publicarem e distribuirem as suas obras.

A insolvência da CESodilivros

Ao blogue Cadeirão de Voltaire fui buscar esta notícia pelo interesse que tem para os que, como eu trabalham neste mundo dos livros:

A Antígona enviou este comunicado à imprensa e o Cadeirão não podia deixar de o publicar, em primeiro lugar porque importa que situações como estas sejam conhecidas, e não mantidas em silêncio, como é costume, mas igualmente porque, por aqui, também se partilham queixas relativamente a esta empresa (a última detentora da revista Os Meus Livros, que entretanto deixou de ser publicada e que deixou parte do vencimento em atraso dos seus colaboradores por pagar).

Comunicado à Imprensa – Insolvência de CESodilivros A CESodilivros, a maior distribuidora de livros em Portugal, no mercado há mais de vinte anos, acaba de pedir a insolvência, deixando em grandes dificuldades e com muitas dívidas as mais de quarenta editoras que distribuía, incluindo a Antígona e a Orfeu Negro.

Os administradores desta empresa, o Sr. José da Ponte e o Dr. João Salgado, o patrão da mesma e também proprietário da Coimbra Editora, têm-se comportado como descarados malfeitores.

Quase todas as distribuidoras de livros faliram nos últimos trinta anos. Há aqui um erro; onde está esse erro? Os meios de comunicação social têm estado silenciosos, indiferentes à desgraça dos editores e do pessoal trabalhador da CESodilivros.

Jornais e televisões andam muito ocupados com as banalidades do Governo e afins. Deseja-se que a partir desta comunicação acordem para este gravíssimo problema cultural, ficando a Antígona disponível para fornecer todas as informações necessárias."
Lisboa, 20 de Abril de 2012
Luís Oliveira Editor da Antígona

13/04/2012

500 anos Portugal/Sião (Tailândia)

Foi recentemente inaugurada no "Museum Siam", em Banguecoque, a exposição interativa "Olá Sião - Cinco Séculos de Relações Tailândia-Portugal" que constitui uma narrativa da história das relações entre Portugal e o Sião contada na primeira pessoa por atores que encarnam oito personagens históricas.

A exposição divide-se em três núcleos temáticos (mar, comércio e armas), incluindo reproduções de instrumentos de navegação e de armas feitas com grande autenticidade. O cenário da sala principal joga com as imagens icónicas dos portugueses na Tailândia (igrejas portuguesas de Banguecoque, bandel de Ayutthaya, Embaixada), em estilização tipo banda desenhada.

É coberto o essencial da história de Portugal na Tailândia, segundo um guião cuidado em que cada personagem tem um papel a desenvolver. O Professor Predee Phispumvidhi, do Departamento História Universidade Burapha foi o consultor do projeto.

O percurso inicia-se com Afonso de Albuquerque que revela as razões e a inspiração para a lendária viagem, com detalhes de rotas, de portos e as experiências de navegação entre Lisboa e a Índia, e de como os portugueses se relacionaram com as populações locais, aprendendo muito sobre as culturas locais; segue-se Fernão Mendes Pinto que relata a sua jornada da Índia até Malaca e Ayutthaya e conta as suas aventuras no Sião; logo depois, um Padre quinhentista apresenta o bandel de Ayutthaya e as três igrejas de Banguecoque; uma outra personagem é Francis Chit, o célebre fotógrafo de Banguecoque de origem portuguesa, que faz o retrato do bairro português de Kudi Chin (Santa Cruz) e da comunidade tailandesa; Maria Guiomar de Pina tem aqui o seu lugar enquanto responsável pela introdução no século XVII dos Foi Thong - fios de ovos - na cozinha tailandesa; Domingos de Seixas, o comandante das forças portuguesas em Ayutthaya que apoiaram o Sião na altura da guerra contra birmaneses é uma figura respeitada; uma portuguesa Thai que apresenta a vida de um luso-descendente contemporâneo; e finalmente "Cristiano Ronaldo" que invoca o Portugal atual e as suas atrações turísticas, incluindo alguns marcos arquitetónicos.

Como texto de suporte foi editada uma pequena brochura bilingue (tailandês e inglês) profusamente ilustrada e com boa qualidade gráfica.

A exposição estará patente até 29 de Abril de 2012.

Detalhes fotográficos disponíveis na página do Facebook: http://www.facebook.com/500Years.PortugalThailand

11/04/2012

Coisas que precisa de saber antes de comprar português

Já me tinha apercebido de que os códigos e o "made in Portugal" são muitas vezes enganadores... Nunca haverá nada transparente e verdadeiro em Portugal?

06/04/2012

Camões no Oriente, por Eduardo Ribeiro



Uma parte da vida de Camões pouco conhecida, contada por Eduardo Ribeiro que em Macau se tem dedicado, com paixão e muito trabalho de pesquisa, a descobrir os mistérios que envolvem a personalidade do nosso Épico. Um livro a não perder.

No próximo dia 13 de Abril, às 18h30, no Clube Militar de Macau, Eduardo Ribeiro apresenta o seu mais recente livro, "Camões no Oriente", mais um dos vários contributos que tem dado ao tema.
Segundo autor "é o primeiro dos lançamentos há tanto tempo esperados e preparados nos últimos anos. Este é uma coletânea de textos revistos e actualizados que foram publicados na "Labirintos" e em jornais locais... que vão desde a partida de Camões do Reino em 1553, à sua chegada à Índia e depois a Macau e à torna-viagem até à morte." Um outro livro, sobre o mesmo tema ficará pronto muito em breve. "Talvez Junho, mês camoniano..."