FELIZ ANO NOVO, AMIGOS!
31/12/2011
Interditar a educação às mulheres
Impedir a educação das mulheres, para melhor as subjugar, fechando-lhes as escolas e não as deixando sequer aprender a ler, é uma norma nos países fundamentalistas islâmicos. A Hoshyar Foundation foi criada para combater a iliteracia. Para ajudar basta passar o vídeo e partilhá-lo com os amigos.
25/12/2011
11111 - Resultado do Sorteio
A Capicua 11111 chegou às 19.55.51, do dia 25 de Dezembro de 2011, Dia de Natal. Conheçam os felizes contemplados e os seus comentários. Agradeço a todos os que participaram neste passatempo e mostraram curiosidade pelo meu trabalho,. Fiquei deliciada com os vossos comentários. Bem hajam.
Para ver em 11111 - Resultado do Sorteio.
Para ver em 11111 - Resultado do Sorteio.
Ainda o Sorteio
Feliz Natal! Feliz Natal! Feliz Natal! Tenho pena de não ter chegado à Capicua dos 111111 visitantes ontem - ainda faltam 33 -, mas entre hoje e amanhã já devo fazer o sorteio e oferecer os dois livros. Ainda estão a tempo de concorrer com o vosso comentário e escolha da obra. Aqui: http://deanabarroqueiro.blogspot.com/2011/12/quase-11111-visitantes-sorteio-de-livro.html
24/12/2011
Bom Natal e melhor Ano Novo
Feliz Natal e um Ano de 2012 mais luminoso e sereno, para todos os meus amigos, virtuais e reais, antigos e recentes, que têm passado por este blogue e me têm acarinhado com tanta amizade. Quero-vos todos felizes, nem que seja por pequenas coisas, embora desejando que vos aconteçam grandes coisas.
Foto "Árvore de Livros" retirada da Internet
23/12/2011
Faltam 111 para os 11111 do Sorteio
Faltam 111 visitas para a capicua 11111, do sorteio dos livros! Toca a visitar a Página antes do Natal! Em Deana Barroqueiro
22/12/2011
A Solução Final
Os nossos governantes reconhecem a sua incompetência para resolver as dificuldades do país, pois não vêem outra solução que não seja mandar os jovens emigrarem para a África e o Brasil; ou promover o desemprego, sacar os subsídios e as reformas miseráveis aos que trabalham para o Estado; aumentar os custos da saúde, diminuir as ajudas às famílias e subir os impostos (faltando a todos os compromissos que tinham assumido com o seu eleitorado - e o "outro" é que era mentiroso?) e, depois de tudos isto, ameaçam ainda com mais medidas de austeridade.
Em vez de nos condenarem a uma espécie de morte lenta em campo de concentração, talvez seja melhor pensarem numa "Solução Final" (já outros o fizeram ao longo da História) e dar um rápido sumiço aos que estão a mais na República Portuguesa - a começar pelo meu grupo etário, o dos reformados, que tanto ensombra e desagrada aos jovens governantes; os doentes crónicos e deficientes, os que não querem trabalhar e todos aqueles que querem trabalhar mas não acham onde. Os que já são velhos para que os empreguem e, ao mesmo tempo, demasiado novos para se reformarem.
Mas tenham cuidado em não se desembaraçarem aqueles "velhos" que cuidam dos pais idosos e também dos filhos de 20,30 e até de 40 anos que não acham emprego. É que estes até podem fazer falta...
A Troika e a Sra. Angela Merkel e uma entidade abstracta Toda-Poderosa chamada Mercado decidiram que este país é uma espécie de quinta arruínada (apesar do seu historial de muitos séculos), um lixo que, com a sua pobreza, a preguiça e os gastos desmedidos dos seus habitantes, polui e sobrecarrega a trabalhadora, produtiva e rica Europa do Norte e do Centro. Então, embora sem legitimidade para o fazerem, depois de ajudarem a empenhar a dita "quintarola" com juros de agiotas e negócios ruinosos destinados a afundarem-na, servem-se agora dos seus governantes subservientes, medíocres e incompetentes, como seus capatazes, os quais, sob as suas ordens, estalam os chicotes nos lombos da população.
De colonizadores passámos a colonizados, voltámos a ser os índios e os cafres marginais para uma Europa arrogante, governada por políticos igualmente medíocres, incapazes de concertarem uma soluçao para o seu descalabro. Já ganhávamos menos, tínhamos pior poder de compra e menos oportunidades de um futuro risonho do que todos os países da Europa rica, a começar pela nossa vizinha Espanha. Porém, neste momento, para eles já não somos sequer uma nação independente, somos pobres de pedir, lixo de que gostariam de se livrar. E os nossos governantes aceitam este tratamento, abanando a cauda e lambendo a mão que os maltrata. E são mais troikistas do que a Troika, no esmagamrento dos seus compatriotas, decerto para ficarem bem na fotorafia, ao lado dos "poderosos" credores. Mas, façam o que fizerem, continuamos a ser lixo e a estar no fim dos rankings.
Decerto que se cometeram erros, nesta terra, se desperdiçou muito dinheiro, se entrou num regime de esquemas e golpaças, mas o exemplo vinha de cima, de quem nos governava, da corrupção camuflada ou às claras, das várias clientelas políticas que nos governaram alternadamente ou associadas, e se governavam em vez de governarem o país.
Assim, para endireitar as Finanças que os mesmos, sempre os mesmos, ajudaram a entortar, há que poupar dinheiro a qualquer custo. Em vez de o fazerem com programas pensados para serem sustentáveis a longo prazo e relançarem a economia, sem descurarem a justiça social, optam pela solução mais fácil e primária: o saque aos ordenados, às pensões, às ajudas dos custos de saúde e da família daqueles que descontaram toda a vida para essas reformas, para a doença, para a educação dos filhos e que pagam sempre todas as crises.
Desemprego e perda de direitos - não de privilégios, que esses não devem existir -, empobrecimento da população, fazendo dos pobres miseráveiis e da classe média os novos pobres, convertendo os trabalhadores em escravos do patronato, amansados pelo medo do chicote e de se verem na rua, será essa a solução para recuperar a economia do país? Ou para haver uma minoria de gente cada vez mais rica à custa da miséria do resto da população?
Em vez de nos condenarem a uma espécie de morte lenta em campo de concentração, talvez seja melhor pensarem numa "Solução Final" (já outros o fizeram ao longo da História) e dar um rápido sumiço aos que estão a mais na República Portuguesa - a começar pelo meu grupo etário, o dos reformados, que tanto ensombra e desagrada aos jovens governantes; os doentes crónicos e deficientes, os que não querem trabalhar e todos aqueles que querem trabalhar mas não acham onde. Os que já são velhos para que os empreguem e, ao mesmo tempo, demasiado novos para se reformarem.
Mas tenham cuidado em não se desembaraçarem aqueles "velhos" que cuidam dos pais idosos e também dos filhos de 20,30 e até de 40 anos que não acham emprego. É que estes até podem fazer falta...
A Troika e a Sra. Angela Merkel e uma entidade abstracta Toda-Poderosa chamada Mercado decidiram que este país é uma espécie de quinta arruínada (apesar do seu historial de muitos séculos), um lixo que, com a sua pobreza, a preguiça e os gastos desmedidos dos seus habitantes, polui e sobrecarrega a trabalhadora, produtiva e rica Europa do Norte e do Centro. Então, embora sem legitimidade para o fazerem, depois de ajudarem a empenhar a dita "quintarola" com juros de agiotas e negócios ruinosos destinados a afundarem-na, servem-se agora dos seus governantes subservientes, medíocres e incompetentes, como seus capatazes, os quais, sob as suas ordens, estalam os chicotes nos lombos da população.
De colonizadores passámos a colonizados, voltámos a ser os índios e os cafres marginais para uma Europa arrogante, governada por políticos igualmente medíocres, incapazes de concertarem uma soluçao para o seu descalabro. Já ganhávamos menos, tínhamos pior poder de compra e menos oportunidades de um futuro risonho do que todos os países da Europa rica, a começar pela nossa vizinha Espanha. Porém, neste momento, para eles já não somos sequer uma nação independente, somos pobres de pedir, lixo de que gostariam de se livrar. E os nossos governantes aceitam este tratamento, abanando a cauda e lambendo a mão que os maltrata. E são mais troikistas do que a Troika, no esmagamrento dos seus compatriotas, decerto para ficarem bem na fotorafia, ao lado dos "poderosos" credores. Mas, façam o que fizerem, continuamos a ser lixo e a estar no fim dos rankings.
Decerto que se cometeram erros, nesta terra, se desperdiçou muito dinheiro, se entrou num regime de esquemas e golpaças, mas o exemplo vinha de cima, de quem nos governava, da corrupção camuflada ou às claras, das várias clientelas políticas que nos governaram alternadamente ou associadas, e se governavam em vez de governarem o país.
Assim, para endireitar as Finanças que os mesmos, sempre os mesmos, ajudaram a entortar, há que poupar dinheiro a qualquer custo. Em vez de o fazerem com programas pensados para serem sustentáveis a longo prazo e relançarem a economia, sem descurarem a justiça social, optam pela solução mais fácil e primária: o saque aos ordenados, às pensões, às ajudas dos custos de saúde e da família daqueles que descontaram toda a vida para essas reformas, para a doença, para a educação dos filhos e que pagam sempre todas as crises.
Desemprego e perda de direitos - não de privilégios, que esses não devem existir -, empobrecimento da população, fazendo dos pobres miseráveiis e da classe média os novos pobres, convertendo os trabalhadores em escravos do patronato, amansados pelo medo do chicote e de se verem na rua, será essa a solução para recuperar a economia do país? Ou para haver uma minoria de gente cada vez mais rica à custa da miséria do resto da população?
19/12/2011
O Acordo Tortográfico
O Acordo Tortográfico
por Miguel Esteves Cardoso, 1986
(É longo mas vale a pena ler)
Como os filólogos da República da Guiné-Bissau não puderam estar presentes na recente reunião para o Novo Acordo Ortográfico, estamos todos à espera da sua ratificação para saber como é que nós, os Portugueses, vamos escrever a nossa própria língua. E esta? De qualquer modo, os grandes peritos de São Tomé e Príncipe, de Angola, do Brasil e dos outros países de «expressão oficial portuguesa» já se pronunciaram. A República da Guiné-Bissau, porém, também terá a sua palavra a dizer. Muito provavelmente, uma palavra escrita à maneira deles; mas não faz mal. Nas palavras de Fernando Cristóvão, 1986 é o ano que marca a nascença da lusofonia. A grandiosa lusofonia está, obviamente, acima da mera língua portuguesa.
A lusofonia é uma espécie de estereofonia, só que é melhor. A estereofonia funciona com dois altifalantes, enquanto a lusofonia funciona com mais de cem milhões. Para mais, os falantes da lusofonia têm a vantagem de ser feitos na África e na América do Sul, o que lhes confere uma sonoridade nova e exótica. Para instalar uma aparelhagem lusofónica devidamente apetrechada, são necessários complicados componentes tupis, quimhomguenses, umbandinos e macuas. Enfim, coisas que não se fabricam na nossa terra. A partir de 1986, todos os povos a quem uma vez chegou a língua portuguesa podem contar com um lusofone em casa. Um lusofone é um aparelho que permite a qualquer indígena falar e escrever perfeitamente esta nova e excitante língua, que poderá passar a chamar-se o brutoguês.
Para haver lusofonia, nada pode ser como dantes. Os Lusíadas passarão a conhecer-se por Os Lusofoníadas. Se dantes havia a língua portuguesa e a sua particular ortográfica, agora passa a haver a língua brutoguesa e a sua ainda mais particular tortografia. A tortografia, conforme se estabeleceu no Acordo Lusofónico de 1986, consiste em escrever tudo torto. As bases da tortografia assentam numa visão bruta da fonética. Por outras palavras, se a lusofonia é uma cacofonia de expressão oficial brutoguesa, a tortografia consiste fundamentalmente no conceito da cacografia. Dantes, cada país exercia o direito inalienável de escrever a língua portuguesa como queria. As variações ortográficas tinham graça e ajudavam a estabelecer a identidade cultural de cada país. Agora, com o Acordo Tortográfico, a diferença está em serem os Portugueses a escreverem como todos os outros países querem. Como todos os países passam a escrever como todos querem, nenhum país pode escrever como ele, sozinho, quer.
As ortografias tupis e crioulas, macumhenses e fanchôlas passarão a escrever-se direito por letras tortas. O Prontuário passa a escrever-se «Prontuario», rimando com «desvario» e «CUF-Rio». O Abecedário passa a escrever-se «Abecedario», em homenagem a Dario, grande Imperador da Pérsia, que, por sua vez, se vai escrever «Persia», para rimar com «aprecia», já que qualquer persa aprecia uma homenagem, mesmo que seja só uma simples omenagem. Já dizia acentuadamente Fernando Pessoa que «a minha pátria é a língua portuguesa». Agora passa a dizer desacentuadamente «a minha patria é a lingua portuguesa», em que «patria» deixa de ser anomalia e «lingua» é mesmo assim, nua e crua.
Será possível imaginar os ilustres filólogos de Cabo Verde a discutir minúcias de etimologia grega com os seus congéneres de Moçambique? Imagine-se o seguinte texto, em que as palavras sublinhadas serão obrigatoriamente (para não falar nas grafias facultativas) escritas pelos Portugueses, caso o Acordo seja aprovado: «A adoção exata deste acordo agora batizado é um ato otimo de coonestação afrolusobrasileiria, com a ajuda entreistorica dos diretores linguisticos sãotomenses e espiritossantenses. Alguns atores e contraalmirantes malumorados, que não sabem distinguir uma reta de uma semirreta, dizem que as bases adotadas são antiistoricas, contraarmonicas e ultraumanas, ou, pelo menos, extraumanas.
«No entanto, qualquer superomem aceita sem magoa que o nosso espirito hiperumano, parelenico e interelenico é de grande retidão e traduz uma arquiirmandade antiimperialista. Se a eliminação dos acentos parece arquiiperbolica e ultraoceanica, ameaçando a prosodia da poesia portuguesa e dificultando a aprendizagem da lingua, valha-nos santo Antonio, mas sem mais maiúscula.» A escrever «O mano, que é contraalmirante, não se sabe mais nada, mas não e sobreumano»? O que é que deu nos gramáticos de além-mar (ou escrever-se-á alemar?)? A tortografia será uma doença tropical assim tão contagiosa?
Os Portugueses, no fundo, assinaram um Pacto Ortográfico que soube a Pato. Ninguém imagina os Espanhóis, os Franceses ou os Ingleses a lançarem-se em acordos tortográficos, a torto e a direito, como os Portugueses. Cada país – seja Timor, seja o Brasil, seja Portugal – tem o direito e o dever de deixar desenvolver um idioma próprio, Portugal já tem uma língua e uma ortografia próprias. Há já bastante tempo. O Brasil, por sua vez, tem conseguido criar um idioma de base portuguesa que é riquíssimo e que se acrescenta ao nosso. Os países africanos que foram colónias nossas avançam pelo mesmo caminho. Tentar «uniformizar» a ortografia, em culturas tão diversas, por decretos aleatórios que ousam passar por cima dos misteriosos mecanismos da língua, traduz um insuportável colonialismo às avessas, um imperialismo envergonhado e bajulador que não dignifica nenhuma das várias pátrias envolvidas. É uma subtracção totalitária.
A ortografia brasileira tem a sua razão de ser, e a sua identidade própria. Quando lemos um livro brasileiro, desde um «Pato Donald» ao Guimarães Rosa, essas variações são perfeitamente compreensíveis. Até achamos graça, como os Brasileiros acham graça à nossa. Tentar «uniformizar» artificialmente a ortografia, para além das bases mínimas da Convenção de 1945, é da mesma ordem de estupidez que pretender que todos aqueles que falam português falem com a pronúncia de Celorico ou de Salvador da Bahia. É ridículo, é anticultural e é humilhante para todos nós. Se não tivessem já gozado, era caso para mandá-los gozar com o Camões.
Imaginem-se os biliões de cruzeiros, escudos, meticais, patacas e outras moedas que vai custar a revisão ortográfica de todos os livros existentes. Imagine-se o distanciamento escusado que se vai causar junto das gerações futuras, quando tentarem ler escorreitamente os livros do nosso tempo. Sobretudo, imagine-se a desautorização e a relativização que o acordo implica. Amanhã, uma criança há-de escrever esperanssa e quando for chamada à atenção, dirá «Tanto faz, que estão sempre a mudar, e qualquer dia desaparecem os cês cedilhados». Ou responderá, muito simplesmente: «Pai, mas é assim que se escreve em Cabo Verde!»
A língua portuguesa nasceu do latim – toda a gente sabe. Um dia, a língua brasileira, e a língua são-tomense, e a língua angolana serão também línguas novas e fresquinhas que nasceram da língua portuguesa. Ninguém há-de respeitar menos a língua por causa disso. (Nós também não desrespeitamos o latim.) As línguas são indissociáveis das culturas e das histórias nacionais, e elas são diferentes em todos os países que hoje falam português à maneira deles. A maneira deles é a maneira deles, e a nossa é a nossa. A única diferença é que Portugal já há muito achou a sua própria maneira, tanto mais que a pôde ensinar a outros povos, e é um ultraje e um desrespeito pretender que passemos a escrever como os Moçambicanos ou como os Brasileiros. Eles são países novinhos. Nós somos velhinhos. E não faz sentido ensinar os velhinhos a dizer gugudadá, só para que possam «falar a mesma língua» que as criancinhas.
Sem império, Portugal tem ainda a dignidade de ter sido Império. Mas há um feitio mesquinho que se encontra em muitos portuguesinhos de meia-tigela, que consiste em ter medinho que as ex-colónias se esqueçam de nós. Estes acordos absurdos são sempre «ideia» dos Portugueses, armados em donos de uma língua. A verdadeira dignidade não é essa – é soltar a língua portuguesa pelo mundo fora, já que a sua flexibilidade é uma das suas maiores riquezas. Aquilo que já aconteceu – haver um português brasileiro, um português angolano, um português indiano – é prova gloriosa disso. Mas quando os Portugueses desejam meter-se na vida linguística dos outros, é natural que os outros também se metam na nossa. Os próprios participantes deste último Acordo parecem ter perdido completamente a cabeça, aceitando normas ortográficas disparatadas para a língua portuguesa de Portugal. Sem ingerências da nossa parte, seriam inaceitáveis as ingerências dos outros. O Acordo agora proposto ao Governo – que o Governo deveria ler muito cuidadosamente, antes de consigná-lo, entre saudáveis gargalhadas, ao caixote de lixo da história – é uma mistura diabólica e patética de extremo relaxamento ortográfico («Tudo vale, seja na Guiné, seja em Loulé») e de inadmissível sobranceria cultural («Tudo vale, mas nós é que temos de dar o aval»). Faz lembrar aqueles miúdos que dizem «Eu faço o que vocês disserem, desde que eu possa ser o chefe».
Dizem que é «mais conveniente». Mais conveniente ainda era falarmos todos inglês, que dá muito mais jeito. Ou esperanto. Dizem que a informática não tem acentos. É mentira. Basta um esforçozinho de nada, como já provaram os Franceses e já vão provando alguns programadores portugueses. Dizem que é mais racional. Mas não é racional andar a brincar com coisas sérias. A nossa língua e a nossa ortografia são das poucas coisas realmente sérias que Portugal ainda tem. É irracional querer misturar a política da língua com a língua da política.
O que vale é que, neste mesmo momento, muitos Portugueses – escritores, jornalistas e outros utentes da nossa língua – estão a organizar-se para combater esta inestética monstruosidade. Que graça tinha se se fizesse um Acordo Ortográfico e nenhum português, brasileiro ou cabo-verdiano o obedecesse. Isso sim, seria um acordo inteligente. Concordar em discordar é a verdadeira prova de civilização.
O Prontuário Ortográfico e Guia da Língua Portuguesa é uma pequena instituição nobre dos nossos dias, hoje ameaçada de perder três acentos de uma só penada pseudo-legislativa. Por trás das indicações úteis do Prontuário estão os labores recentes de grandes heróis nacionais como o Professor Rebelo Gonçalves e o Professor Gonçalves Viana. Os dois mais importantes livros do primeiro (o Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa e o Vocabulário da Língua Portuguesa), bem assim como as obras anteriores do segundo (a Ortografia Nacional e o Vocabulário Ortográfico e Remissivo) são peças fundamentais de qualquer biblioteca.
Dos dois autores do Prontuário, Magnus Bergström e Neves Reis, é o primeiro o mais misterioso. Circulam a respeito dele lendas importantes. Para uns, será um sábio islandês, isolado nalguma remota ilha polar, estudando afoitamente o emprego do hífen e as razões que levaram os gramáticos portugueses a abolir o trema. Para outros, Magnus Bergström é o pseudónimo de algum ilustre estudioso português, ansioso por não ver o seu nome académico associado a um mero prontuário.
Seja como for, o Prontuário editado pela Editorial Notícias tem conseguido levar a melhor sobre os rivais, num campo onde os Portugueses sempre foram bons e aplicados. Quando aparecer, o Prontuário Tortográfico e Guia do Linguajar Brutoguês, o nosso Prontuário acentuadamente nosso há-de lhe limpar sumariamente o sebo.
(Miguel Esteves Cardoso)
Subscrevo todo este texto. E também não dispenso o Prontuário de Magnus Bergstrom e Neves Reis, que sempre me tirou qualquer dúvida de ortografia.
Espero não estar a violar os direitos de autor por transcrever o artigo que me enviaram por e-mail. Se o fiz, peço desculpa.
por Miguel Esteves Cardoso, 1986
(É longo mas vale a pena ler)
Como os filólogos da República da Guiné-Bissau não puderam estar presentes na recente reunião para o Novo Acordo Ortográfico, estamos todos à espera da sua ratificação para saber como é que nós, os Portugueses, vamos escrever a nossa própria língua. E esta? De qualquer modo, os grandes peritos de São Tomé e Príncipe, de Angola, do Brasil e dos outros países de «expressão oficial portuguesa» já se pronunciaram. A República da Guiné-Bissau, porém, também terá a sua palavra a dizer. Muito provavelmente, uma palavra escrita à maneira deles; mas não faz mal. Nas palavras de Fernando Cristóvão, 1986 é o ano que marca a nascença da lusofonia. A grandiosa lusofonia está, obviamente, acima da mera língua portuguesa.
A lusofonia é uma espécie de estereofonia, só que é melhor. A estereofonia funciona com dois altifalantes, enquanto a lusofonia funciona com mais de cem milhões. Para mais, os falantes da lusofonia têm a vantagem de ser feitos na África e na América do Sul, o que lhes confere uma sonoridade nova e exótica. Para instalar uma aparelhagem lusofónica devidamente apetrechada, são necessários complicados componentes tupis, quimhomguenses, umbandinos e macuas. Enfim, coisas que não se fabricam na nossa terra. A partir de 1986, todos os povos a quem uma vez chegou a língua portuguesa podem contar com um lusofone em casa. Um lusofone é um aparelho que permite a qualquer indígena falar e escrever perfeitamente esta nova e excitante língua, que poderá passar a chamar-se o brutoguês.
Para haver lusofonia, nada pode ser como dantes. Os Lusíadas passarão a conhecer-se por Os Lusofoníadas. Se dantes havia a língua portuguesa e a sua particular ortográfica, agora passa a haver a língua brutoguesa e a sua ainda mais particular tortografia. A tortografia, conforme se estabeleceu no Acordo Lusofónico de 1986, consiste em escrever tudo torto. As bases da tortografia assentam numa visão bruta da fonética. Por outras palavras, se a lusofonia é uma cacofonia de expressão oficial brutoguesa, a tortografia consiste fundamentalmente no conceito da cacografia. Dantes, cada país exercia o direito inalienável de escrever a língua portuguesa como queria. As variações ortográficas tinham graça e ajudavam a estabelecer a identidade cultural de cada país. Agora, com o Acordo Tortográfico, a diferença está em serem os Portugueses a escreverem como todos os outros países querem. Como todos os países passam a escrever como todos querem, nenhum país pode escrever como ele, sozinho, quer.
As ortografias tupis e crioulas, macumhenses e fanchôlas passarão a escrever-se direito por letras tortas. O Prontuário passa a escrever-se «Prontuario», rimando com «desvario» e «CUF-Rio». O Abecedário passa a escrever-se «Abecedario», em homenagem a Dario, grande Imperador da Pérsia, que, por sua vez, se vai escrever «Persia», para rimar com «aprecia», já que qualquer persa aprecia uma homenagem, mesmo que seja só uma simples omenagem. Já dizia acentuadamente Fernando Pessoa que «a minha pátria é a língua portuguesa». Agora passa a dizer desacentuadamente «a minha patria é a lingua portuguesa», em que «patria» deixa de ser anomalia e «lingua» é mesmo assim, nua e crua.
Será possível imaginar os ilustres filólogos de Cabo Verde a discutir minúcias de etimologia grega com os seus congéneres de Moçambique? Imagine-se o seguinte texto, em que as palavras sublinhadas serão obrigatoriamente (para não falar nas grafias facultativas) escritas pelos Portugueses, caso o Acordo seja aprovado: «A adoção exata deste acordo agora batizado é um ato otimo de coonestação afrolusobrasileiria, com a ajuda entreistorica dos diretores linguisticos sãotomenses e espiritossantenses. Alguns atores e contraalmirantes malumorados, que não sabem distinguir uma reta de uma semirreta, dizem que as bases adotadas são antiistoricas, contraarmonicas e ultraumanas, ou, pelo menos, extraumanas.
«No entanto, qualquer superomem aceita sem magoa que o nosso espirito hiperumano, parelenico e interelenico é de grande retidão e traduz uma arquiirmandade antiimperialista. Se a eliminação dos acentos parece arquiiperbolica e ultraoceanica, ameaçando a prosodia da poesia portuguesa e dificultando a aprendizagem da lingua, valha-nos santo Antonio, mas sem mais maiúscula.» A escrever «O mano, que é contraalmirante, não se sabe mais nada, mas não e sobreumano»? O que é que deu nos gramáticos de além-mar (ou escrever-se-á alemar?)? A tortografia será uma doença tropical assim tão contagiosa?
Os Portugueses, no fundo, assinaram um Pacto Ortográfico que soube a Pato. Ninguém imagina os Espanhóis, os Franceses ou os Ingleses a lançarem-se em acordos tortográficos, a torto e a direito, como os Portugueses. Cada país – seja Timor, seja o Brasil, seja Portugal – tem o direito e o dever de deixar desenvolver um idioma próprio, Portugal já tem uma língua e uma ortografia próprias. Há já bastante tempo. O Brasil, por sua vez, tem conseguido criar um idioma de base portuguesa que é riquíssimo e que se acrescenta ao nosso. Os países africanos que foram colónias nossas avançam pelo mesmo caminho. Tentar «uniformizar» a ortografia, em culturas tão diversas, por decretos aleatórios que ousam passar por cima dos misteriosos mecanismos da língua, traduz um insuportável colonialismo às avessas, um imperialismo envergonhado e bajulador que não dignifica nenhuma das várias pátrias envolvidas. É uma subtracção totalitária.
A ortografia brasileira tem a sua razão de ser, e a sua identidade própria. Quando lemos um livro brasileiro, desde um «Pato Donald» ao Guimarães Rosa, essas variações são perfeitamente compreensíveis. Até achamos graça, como os Brasileiros acham graça à nossa. Tentar «uniformizar» artificialmente a ortografia, para além das bases mínimas da Convenção de 1945, é da mesma ordem de estupidez que pretender que todos aqueles que falam português falem com a pronúncia de Celorico ou de Salvador da Bahia. É ridículo, é anticultural e é humilhante para todos nós. Se não tivessem já gozado, era caso para mandá-los gozar com o Camões.
Imaginem-se os biliões de cruzeiros, escudos, meticais, patacas e outras moedas que vai custar a revisão ortográfica de todos os livros existentes. Imagine-se o distanciamento escusado que se vai causar junto das gerações futuras, quando tentarem ler escorreitamente os livros do nosso tempo. Sobretudo, imagine-se a desautorização e a relativização que o acordo implica. Amanhã, uma criança há-de escrever esperanssa e quando for chamada à atenção, dirá «Tanto faz, que estão sempre a mudar, e qualquer dia desaparecem os cês cedilhados». Ou responderá, muito simplesmente: «Pai, mas é assim que se escreve em Cabo Verde!»
A língua portuguesa nasceu do latim – toda a gente sabe. Um dia, a língua brasileira, e a língua são-tomense, e a língua angolana serão também línguas novas e fresquinhas que nasceram da língua portuguesa. Ninguém há-de respeitar menos a língua por causa disso. (Nós também não desrespeitamos o latim.) As línguas são indissociáveis das culturas e das histórias nacionais, e elas são diferentes em todos os países que hoje falam português à maneira deles. A maneira deles é a maneira deles, e a nossa é a nossa. A única diferença é que Portugal já há muito achou a sua própria maneira, tanto mais que a pôde ensinar a outros povos, e é um ultraje e um desrespeito pretender que passemos a escrever como os Moçambicanos ou como os Brasileiros. Eles são países novinhos. Nós somos velhinhos. E não faz sentido ensinar os velhinhos a dizer gugudadá, só para que possam «falar a mesma língua» que as criancinhas.
Sem império, Portugal tem ainda a dignidade de ter sido Império. Mas há um feitio mesquinho que se encontra em muitos portuguesinhos de meia-tigela, que consiste em ter medinho que as ex-colónias se esqueçam de nós. Estes acordos absurdos são sempre «ideia» dos Portugueses, armados em donos de uma língua. A verdadeira dignidade não é essa – é soltar a língua portuguesa pelo mundo fora, já que a sua flexibilidade é uma das suas maiores riquezas. Aquilo que já aconteceu – haver um português brasileiro, um português angolano, um português indiano – é prova gloriosa disso. Mas quando os Portugueses desejam meter-se na vida linguística dos outros, é natural que os outros também se metam na nossa. Os próprios participantes deste último Acordo parecem ter perdido completamente a cabeça, aceitando normas ortográficas disparatadas para a língua portuguesa de Portugal. Sem ingerências da nossa parte, seriam inaceitáveis as ingerências dos outros. O Acordo agora proposto ao Governo – que o Governo deveria ler muito cuidadosamente, antes de consigná-lo, entre saudáveis gargalhadas, ao caixote de lixo da história – é uma mistura diabólica e patética de extremo relaxamento ortográfico («Tudo vale, seja na Guiné, seja em Loulé») e de inadmissível sobranceria cultural («Tudo vale, mas nós é que temos de dar o aval»). Faz lembrar aqueles miúdos que dizem «Eu faço o que vocês disserem, desde que eu possa ser o chefe».
Dizem que é «mais conveniente». Mais conveniente ainda era falarmos todos inglês, que dá muito mais jeito. Ou esperanto. Dizem que a informática não tem acentos. É mentira. Basta um esforçozinho de nada, como já provaram os Franceses e já vão provando alguns programadores portugueses. Dizem que é mais racional. Mas não é racional andar a brincar com coisas sérias. A nossa língua e a nossa ortografia são das poucas coisas realmente sérias que Portugal ainda tem. É irracional querer misturar a política da língua com a língua da política.
O que vale é que, neste mesmo momento, muitos Portugueses – escritores, jornalistas e outros utentes da nossa língua – estão a organizar-se para combater esta inestética monstruosidade. Que graça tinha se se fizesse um Acordo Ortográfico e nenhum português, brasileiro ou cabo-verdiano o obedecesse. Isso sim, seria um acordo inteligente. Concordar em discordar é a verdadeira prova de civilização.
O Prontuário Ortográfico e Guia da Língua Portuguesa é uma pequena instituição nobre dos nossos dias, hoje ameaçada de perder três acentos de uma só penada pseudo-legislativa. Por trás das indicações úteis do Prontuário estão os labores recentes de grandes heróis nacionais como o Professor Rebelo Gonçalves e o Professor Gonçalves Viana. Os dois mais importantes livros do primeiro (o Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa e o Vocabulário da Língua Portuguesa), bem assim como as obras anteriores do segundo (a Ortografia Nacional e o Vocabulário Ortográfico e Remissivo) são peças fundamentais de qualquer biblioteca.
Dos dois autores do Prontuário, Magnus Bergström e Neves Reis, é o primeiro o mais misterioso. Circulam a respeito dele lendas importantes. Para uns, será um sábio islandês, isolado nalguma remota ilha polar, estudando afoitamente o emprego do hífen e as razões que levaram os gramáticos portugueses a abolir o trema. Para outros, Magnus Bergström é o pseudónimo de algum ilustre estudioso português, ansioso por não ver o seu nome académico associado a um mero prontuário.
Seja como for, o Prontuário editado pela Editorial Notícias tem conseguido levar a melhor sobre os rivais, num campo onde os Portugueses sempre foram bons e aplicados. Quando aparecer, o Prontuário Tortográfico e Guia do Linguajar Brutoguês, o nosso Prontuário acentuadamente nosso há-de lhe limpar sumariamente o sebo.
(Miguel Esteves Cardoso)
Subscrevo todo este texto. E também não dispenso o Prontuário de Magnus Bergstrom e Neves Reis, que sempre me tirou qualquer dúvida de ortografia.
Espero não estar a violar os direitos de autor por transcrever o artigo que me enviaram por e-mail. Se o fiz, peço desculpa.
17/12/2011
Cesaria Evora - Sobras di distino
Despeço-me com saudade de Cesária de Évora, sem vontade de a deixar partir. Ficam-nos as Sobras do Destino, ingrato, e um poema que não retrata apenas Cabo Verde, mas também o nosso futuro.
16/12/2011
Capicua dos 11111 visitantes: Sorteio
Faltam 400 visitantes para a Capicua 11111 da minha Página Deana Barroqueiro. Gostava de sortear os livros antes do Natal. Onde andam os bons leitores que gostam de surpresas, desafios e sorteios? Já há uma trintena de participações, mas,terão de ser em maior número para haver mais de um contemplado. Toca a despachar o contador em: Quase 11111 Visitantes: Sorteio de Livros
11/12/2011
Sorteio de Livro(s)
Caros Amigos Leitores
O número de visitantes aproxima-se a passos largos da mágica capicua 11111 e eu gostaria de a atingir ou mesmo ultrapassar este mês de Dezembro, pelo Natal ou no fim do ano de 2011. Já que não posso apresentar uma nova obra, gostaria de sortear entre os amigos que visitarem a Página Deana Barroqueiro, um (ou dois, se o número de comentários o justificar) dos meus livros, como oferta pessoal, à escolha do contemplado (tal como fiz para este blogue).
Para se habilitarem ao sorteio, terão de visitar a página para escolher o livro que desejariam ter e postar um comentário com a indicação do título e a razão da vossa escolha, aqui: Quase 11111 visitantes: Sorteio de livro.
03/12/2011
Livros "Made by" Escritores Portugueses
Queridos amigos leitores
Sou defensora acérrima de que se deve comprar produtos portugueses, para ajudar a nossa economia, produtos de qualidade, claro, porque os temos muitas vezes melhores do que os importados; faço-o em relação à comida, à roupa, à louça e a tudo o mais de que necessite, incluindo... livros.
Não há melhor prenda para dar no Natal do que um livro!
E porque não um livro de um autor português?
Em vez de traduções de autores estrangeiros, porque não oferecer obras "made by" escritores portugueses, de igual ou superior qualidade?
Temos escritores brilhantes, de várias gerações, com estilos e em géneros tão diferentes que a escolha é infinita e facilmente encontrarão um livro capaz de agradar ao destinatário da vossa prenda. Sabem que é verdade o que digo, embora possam pensar que "estou a puxar a brasa à minha sardinha" e, de certo modo, têm razão.
Portugal é um país com gente talentosa e cheia de imaginação. Há obras e autores para todos os gostos e idades; e para todos os preços e bolsas, podem encontrá-los mais baratos do que muitas das bugigangas que se compram... por não sabermos o que
comprar. E, sem dúvida, que os autores nacionais agradecem.
Um livro é uma prenda mais pessoal, mais nobre e amiga, usa as palavras para comunicar connosco, quase sempre nos ensina algo - outro modo de ser ou de vida -, resiste à passagem do tempo, pode ser usada por outros e até passar de geração em
geração, como um património.
Desejo-vos um Bom Natal, apesar dos cortes (eu e o meu marido somos ambos"cortados") e da austeridade... que não é para todos.
Um carinhoso abraço para todos
Deana Barroqueiro
Sou defensora acérrima de que se deve comprar produtos portugueses, para ajudar a nossa economia, produtos de qualidade, claro, porque os temos muitas vezes melhores do que os importados; faço-o em relação à comida, à roupa, à louça e a tudo o mais de que necessite, incluindo... livros.
Não há melhor prenda para dar no Natal do que um livro!
E porque não um livro de um autor português?
Em vez de traduções de autores estrangeiros, porque não oferecer obras "made by" escritores portugueses, de igual ou superior qualidade?
Temos escritores brilhantes, de várias gerações, com estilos e em géneros tão diferentes que a escolha é infinita e facilmente encontrarão um livro capaz de agradar ao destinatário da vossa prenda. Sabem que é verdade o que digo, embora possam pensar que "estou a puxar a brasa à minha sardinha" e, de certo modo, têm razão.
Portugal é um país com gente talentosa e cheia de imaginação. Há obras e autores para todos os gostos e idades; e para todos os preços e bolsas, podem encontrá-los mais baratos do que muitas das bugigangas que se compram... por não sabermos o que
comprar. E, sem dúvida, que os autores nacionais agradecem.
Um livro é uma prenda mais pessoal, mais nobre e amiga, usa as palavras para comunicar connosco, quase sempre nos ensina algo - outro modo de ser ou de vida -, resiste à passagem do tempo, pode ser usada por outros e até passar de geração em
geração, como um património.
Desejo-vos um Bom Natal, apesar dos cortes (eu e o meu marido somos ambos"cortados") e da austeridade... que não é para todos.
Um carinhoso abraço para todos
Deana Barroqueiro
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