18/10/2017
1640 - Novo romance de Deana barroqueiro
Caríssimos Leitores e Leitoras
Recebi ontem o primeiro exemplar do meu romance "1640". A ilustração da capa é um pormenor d o quadro da recuperação de Baía, por Juan Bautista Maíno (por volta de 1633), que corresponde a uma parte importante do livro e pode ter várias interpretações, porque a figura do almirante espanhol Dom Fradique (que aponta para o retrato de Dom Filipe IV), parece D. João IV, na sua pintura mais conhecida.
1640 é um marco fundamental na História de Portugal, o da Restauração da Independência, após 60 anos de domínio espanhol, quando os portugueses se revoltaram e elegeram um rei natural, D. João IV.
O romance surge na sequência do D. Sebastião e o Vidente, depois do trágico fim da monarquia de Avis e anexação de Portugal pela Espanha. A acção decorre entre 1617 e 1667, período riquíssimo em factos, dramas e personagens, que lutam pela sua libertação e sobrevivência, face a uma crise social, económica e política, imposta por Filipe IV/Olivares, coadjuvados por Diogo Soares e Miguel de Vasconcelos, um triunvirato que só terá paralelo na Troika de 2011.
Quatro guias singulares conduzem o leitor nesta viagem ao passado, através dos seus dramas pessoais e colectivos: o poeta proscrito Brás Garcia Mascarenhas, autor da epopeia Viriato Trágico; a professa Violante do Céu, a Décima Musa da poesia barroca, enclausurada no convento; D. Francisco Manuel de Melo, o maior prosador ibérico do século XVII, prisioneiro na Torre; e o Padre António Vieira, o mais brilhante pregador do seu tempo, a contas com a Inquisição.
O livro é grande (879 páginas com a bibliografia e as introduções), mas não foi possível fazer uma obra mais pequena, depois de tão longa pesquisa, apesar de ter cortado muito do que queria contar, de um período riquíssimo e fascinante da nossa História.
Ressalvo que a letra também é grande, para não tornar a leitura difícil.
Dedico este romance aos meus Leitores, porque sem eles (sem vós todos), esta parte fundamental da minha vida e do meu ser não teria razão de existir. Assim, bem hajam, com a minha imensa gratidão.
O lançamento do livro será no palácio Galveias (Campo Pequeno - Lisboa), no dia 23 de Novembro, às 18.30 h, apresentado por Miguel Real e Hélder Fernando.
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