Os nossos jornalistas preferem manter o erro a reconhecer que erraram, mesmo quando prejudicam outros, como neste uso indevido da minha propriedade intelectual e dos meus direitos de autor.
Quando o cineasta João Botelho adaptou, no seu Peregrinação, parte do meu romance O Corsário dos Sete Mares, em vez da obra do Fernão Mendes Pinto, sem autorização minha ou da editora, em todas as entrevistas que deu falou do meu livro e das cenas que eu inventei como se fossem da obra do aventureiro ou de sua própria invenção (referindo as minhas personagens fictícias pelo nome e tudo o mais). Os jornalistas dos vários "media" (incluindo os do JL, o jornal literário de referência) propagaram entusiasticamente a fraude, porque desconheciam a "Peregrinação" do Fernão Mendes Pinto (um dos maiores clássicos da Literatura Portuguesa), assim como o meu romance.
Eu e a editora enviamos cartas a todos os jornalistas/críticos que tinham sido enganados, enviando-lhes o meu romance e os detalhes dos episódios "adaptados" (mais de metade do filme). Pois , de entre tantos, só Nuno Pacheco teve a cortesia e a honestidade intelectual de me responder. Os outros preferiram calar-se e ignorar-me, porque se me respondessem teriam de dar a mão à palmatória pela sua ignorância e mau jornalismo.
Esta foi a pior "subvalorização" que me fizeram os "media", porque é crime punido por lei, embora se safem porque a nossa Justiça não funciona.
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