01/02/2015

Os Contos da Carochinha de Passos Coelho

Hoje vou misturar a política com a música, porque "música" (de muito má qualidade) é a que nos tem dado o nosso Primeiro Ministro Passos Coelho, o "bom aluno" de Angela Merkel e lacaio da Troika. A propósito das promessas que fez ao país, para ser eleito, lembrei-me da canção "Parole, Parole" (Palavras, Palavras) do duo Mina e Alberto Lupo. Vejam como ele promete e como ela (metáfora da nação) já não se deixa enganar. Mas não deixem de ler o "Conto para crianças", de Passos Coelho, que a jornalista compilou. De facto os nossos governantes tratam-nos como crianças ou deficientes mentais. E um "VIVA" ao povo grego que deu uma licão de DEMOCRACIA a esta Europa que perdeu o rumo.

 

 Não existir

por FERNANDA CÂNCIO30 janeiro 2015
Baixar os impostos, aumentar rendimentos e ainda assim não ter nenhum problema com isso. É um conto de crianças. Não existe." Passos, sobre vitória do Syriza nas eleições gregas, 26/1/15

"Se formos governo, posso garantir que não será necessário despedir pessoas nem cortar mais salários para sanear o sistema português." Passos, presidente do PSD, 2/5/11
"Garanto que não financiaria a redução do défice recorrendo, sobretudo, aos salários dos funcionários públicos." Passos, presidente do PSD, 4/10/10

"O PSD não viabilizará um Orçamento que estrangule a nossa capacidade de crescer e que onere ainda mais os portugueses no pagamento de impostos." Passos, presidente do PSD, 10/10

"A haver algum ajustamento que seja necessário fazer, será mais por via dos impostos sobre o consumo do que do rendimento das pessoas através dos impostos ou através de cortes salariais ou das pensões." Passos, presidente do PSD, 24/3/11

"Em relação ao aumento das receitas fiscais, o esforço será feito sem aumento de impostos, baseando-se na melhoria da eficácia da administração fiscal, do combate à economia informal e à fraude e evasão fiscal, o que permitirá um alargamento da base tributável." Programa eleitoral do PSD, 8/5/11

"O aumento de impostos que já está previsto no documento que assinámos com a troika da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional já é mais do que suficiente." Passos, presidente do PSD, 5/11

"Desenganem-se aqueles que queiram ver [nisto] um instrumento de populismo, uma cedência à demagogia ou uma listagem de promessas fáceis. O que deixamos à apreciação e ao escrutínio dos portugueses resiste a qualquer teste de avaliação ou credibilidade. Tudo o [que] se propõe foi estudado, testado e ponderado." Programa eleitoral do PSD, 8/5/11

"Os funcionários públicos vão ser chamados a pagar uma parte significativa do esforço. Eles e os pensionistas. As medidas aplicadas aos trabalhadores do Estado e pensionistas são extremamente pesadas, mas não há alternativa." Passos, 25/10/11

"Ninguém impõe aos governos seja o que for, os países escolhem os seus caminhos." Passos, sobre vitória do Syriza, 26/1/15

"O princípio que rege este governo em matéria de austeridade é este: garantir que os objetivos que foram traçados na assistência internacional serão alcançados para permitir que o prestígio do país seja recuperado." Passos, 11/5/2012

"Fomos eleitos para cumprir programa de assistência. É o que estamos a fazer." Passos, 5/6/13

"Há necessidade de reintroduzir a autenticidade no debate político, privilegiando a substância do pensamento e da análise à forma da comunicação e submetendo as soluções apresentadas aos valores em que acreditamos." Passos, presidente do PSD, livro Mudar, 1/10

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