Parece brincadeira de Carnaval, uma daquelas cartas que, quando éramos miúdos, escrevíamos a "gozar com os outros", porque a sua redação é de um aluno do ensino básico, com erros de concordância e tudo.
Infelizmente não é uma carta de Carnaval, é uma carta armadilhada, um truque de um chico-esperto, pouco culto e incompetente, numa patética tentativa de lançar poeira nos olhos e conquistar as graças daqueles cujas vidas já desgovernou e continuará a desgovernar em 2013, arruinando empresas e famílias, destruindo o tecido social do país, cultivando a injustiça e condenando o país e o seu povo à miséria.
Um governante que não gosta do povo que governa é um tirano ou um farsante. Esta carta é uma farsa e uma manifestação de indigência política para não dizer mental. O uso do nome próprio, o tom delicodoce, as falinhas mansas e mentiras piedosas desta mensagem são bofetadas no rosto de quem lhe sofre a extorsão do salário ou da reforma e o vê espezinhar-lhe os direitos essenciais e despojá-lo da dignidade de ser humano.
Como ousa fingir compaixão para chegar ao coração sofrido e revoltado daqueles que lançou no desespero? Como ousa chamar-nos "Amigos"? Como ousa empregar o "nós" e falar "dos sacrifícios que fazemos", "para que os nossos filhos tenham no futuro um Natal melhor"?!!! Que sacrifícios já fez que lhe permitam comparar-se, sem corar de vergonha, aos milhares de desempregados e reformados que lançou na miséria? Não se demita das suas responsabilidades neste processo, que é juntar a covardia à incompetência e falta de preparação para o cargo que ocupa. Não nos cuspa no rosto!
Demita-se só do seu cargo, senhor 1º Ministro, porque não sabe o que faz! Demita-se antes que o desastre seja irreparável.
A Carta de Natal do "Pedro", no Facebook
Amigos,
Este não foi o Natal que merecíamos. Muitas famílias não tiveram na Consoada os pratos que se habituaram. Muitos não conseguiram ter a família toda à mesma mesa. E muitos não puderam dar aos filhos um simples presente.
Já aqui estivemos antes. Já nos sentámos em mesas em que a comida esticava para chegar a todos, já demos aos nossos filhos presentes menores porque não tínhamos como dar o...utros. Mas a verdade é que para muitos, este foi apenas mais um dia num ano cheio de sacrifícios, e penso muitas vezes neles e no que estão a sofrer.
A eles, e a todos vós, no fim deste ano tão difícil em que tanto já nos foi pedido, peço apenas que procurem a força para, quando olharem os vossos filhos e netos, o façam não com pesar mas com o orgulho de quem sabe que os sacrifícios que fazemos hoje, as difíceis decisões que estamos a tomar, fazemo-lo para que os nossos filhos tenham no futuro um Natal melhor.
A Laura e eu desejamos a todos umas Festas Felizes.
Um abraço,
Pedro.
Repugnante hipocrisia!
Este não foi o Natal que merecíamos. Muitas famílias não tiveram na Consoada os pratos que se habituaram. Muitos não conseguiram ter a família toda à mesma mesa. E muitos não puderam dar aos filhos um simples presente.
Já aqui estivemos antes. Já nos sentámos em mesas em que a comida esticava para chegar a todos, já demos aos nossos filhos presentes menores porque não tínhamos como dar o...utros. Mas a verdade é que para muitos, este foi apenas mais um dia num ano cheio de sacrifícios, e penso muitas vezes neles e no que estão a sofrer.
A eles, e a todos vós, no fim deste ano tão difícil em que tanto já nos foi pedido, peço apenas que procurem a força para, quando olharem os vossos filhos e netos, o façam não com pesar mas com o orgulho de quem sabe que os sacrifícios que fazemos hoje, as difíceis decisões que estamos a tomar, fazemo-lo para que os nossos filhos tenham no futuro um Natal melhor.
A Laura e eu desejamos a todos umas Festas Felizes.
Um abraço,
Pedro.
Repugnante hipocrisia!
2 comentários:
Se "bem me lembro" a raposa (segundo Esopo) elogiava o corvo na espectativa de obter algo que este segurava no bico.
Não que eu considere este coelho com instintos de raposa (mal estariam estas), mas a analogia que me ocorre é a da bem portuguesa:
com papas e bolos...
Porque ainda assim, há tolos que vão nesta conversa mole, "como se de um qualquer indigente mal sucedido e totalmente incompreendido se tratasse".
Mas o propósito desta minha visita era (e É) desejar-lhe um óptimo ano literário (já que o outro, o financeiro...), e deixar-lhe beijos e sorrisos que sempre são uma ajuda para enfrentar contrariedes.
Com admiração e carinho/Kok (o dono das galinhas) :))
Obrigada pelo comentário! Boas Festas, caro Amigo. Desejo-lhe o melhor ano possível em 2013.
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