27/04/2013

4 Prémios do Europa Nostra para Portugal


TAMBÉM SE FAZEMOS COISAS BEM FEITAS, MELHORES ATÉ DO QUE OS OUTROS - 4 prémios internacionais entre 200 projectos, no âmbito do Europa Nostra.
 
"Os restauros do Liceu Passos Manuel, em Lisboa, e do chalet da condessa de Edla, em Sintra, são dois dos contemplados com o Prémio do Património Cultural da União Europeia/Europa Nostra, na categoria de Conservação. A Fundação Ricardo Espírito Santo, na categoria Contribuição exemplar, e o Projecto SOS Azulejo, na categoria Educação, Formação e Sensibilização, também foram premiados.
No total são 30 os premiados, seleccionados de entre quase 200 projectos nomeados, distinguidos em quatro áreas diferentes: Preservação, Investigação, Contribuições exemplares e Educação, formação e sensibilização."

Vale a pena ler o resto e ver as fotos e os vídeos aqui:
http://www.publico.pt/n1589206


25/04/2013

Um novo 25 de Abril

Estamos MESMO a precisar de um novo 25 de Abril, antes que nos roubem tudo aquilo por que lutámos e que conquistámos, sendo dos bens mais preciosos a Liberdade  e a Dignidade de ser humano.

Um poema de Sophia de Mello Breyner Andresen que, visto hoje, parecia profetizar o tristonho destino do nosso país, tão mal governado por quem não tem um pingo de consciência social, nem ideia do que é a solidariedade para com os mais desfavorecidos do povo que governa, preferindo ser engrenagens de uma máquina de criar pobreza e desiguladade.

Desejo-vos um bom feriado na rua ou em casa.

Comentário premiado

Agradeço aos Amigos Leitores que corresponderam ao meu pedido para a "celebração" do Dia Mundial do Livro, com as suas mensagens e também a todos os que clicaram no Gosto das páginas do Facebook.

Apesar de serem apenas 6 mensagens, a escolha da "melhor" não foi fácil, por serem todas de estilos diferentes mas divertidas, inteligentes e/ou criativas. 

Por fim, decidimo-nos pelo comentário da autoria de Anizabel Pinto, que receberá o romance da sua preferência.

Segue a lista dos leitores e das mensagens que foram escritas neste blogue, na minha Página do Facebook e na do grupo "O Corsário dos Sete Mares - Fernão Mendes Pinto":

Passarinho:
Muito obrigado por esta oportunidade de ganhar um dos seus livros!
Eu gostaria de receber uma cópia de "O Espião de D. João II", porque me agrada a ideia de pegar em figuras que não faziam parte da aristocracia e dar-lhes protagonismo. A história não se fez só de reis, rainhas, princesas e fidalgos, fez-se também de anónimos que nem sempre são celebrados mas que merecem igualmente destaque, quer pela sua valentia, quer pela sua pertinácia e empenho em singrar numa era de poder aristocrático.


Suzana Beites:
Ola querida Deana; um feliz dia do livro para si e todos nos viajantes literarios! Se pudesse, gostaria imenso de ler "O Corsario dos Sete Mares", pois tenho recentemente lido bastantes obras historicas sobre os descobrimentos portugueses; ter a oportunidade de ler um romance historico traria uma perspetiva diferente e mais artistica a minnha leitura; alem disso, nao tenho acesso a esta sua recente obra em New Jersey... Ca vai um abraco!

Luís Manuel Silva:
Alimento vivo interesse na leitura do livro "Tentação da Serpente". Isto porque a temática se assume como extremamente importante. Fazer uma abordagem sobre uma visão feminina do mundo e do papel da mulher na sociedade, malgrado todas as vicissitudes e desvios de percurso, é sempre, sem sombra de dúvida, um assunto actual e a merecer uma atenção muito especial. E quando essa análise recua a tempos imemoriais ganha, por certo, uma maior dimensão e mais consistente fundamentação.

Margarida Santinho:
Olá Deana! Tal como na carta para o Pai Natal, vou jurar, a pés juntos, que me portei bem durante o ano: não aborreci muito o marido com as minhas intermináveis conversas sobre as histórias que leio e partilhei, sem problemas, os meus livros com os amigos devoradores (tal como eu!). Assim, gostaria de receber no sapatinho, ou melhor, na caixa do correio, “O Navegador de Passagem”. E, porquê? Bem, porque fiquei encantada com a apresentação da Deana na Bertrand de Aveiro, em que me fez ter orgulho da nossa História… o que muitos professores de liceu não conseguem fazer! Fiquei fã, comprei “O Corsário dos Setes Mares” e “O Espião de D. João II” e agora só me falta “O Navegador de Passagem” para completar a minha coleção sobre os Descobrimentos. É simples, mas verdade! (agora, é só rezar para ser bafejada pela sorte!)

Anizabel Pinto:
O Espião de D.João II!
Apaixonei-me pelo Corsário dos Sete Mares, e louca de amor procurei D.Sebastião e a Vidente!
Terminado estes, e rendida à beleza da pena, do rigor históricos e à magia q também fazem parte de qualquer bom contador de histórias, mergulhei no Romance da Bíblia e como tal ávida q sou quero a consumação total deste amor lendo a obra toda da autora! D.JoãoII, uma figura enigmática e grande da nossa história q deve e tem q estar bem retratado por esta escriba, Deana Barroqueiro!


Luis Vitor Correia Nunes:
Se tiver a sorte de ser o escolhido, gostaria de ter o D.Sebastião e o Vidente ! Porquê ? Porque só me falta esse, felizmente ! a história do Fernão Mendes Pinto está-me a apaixonar. Na escola, só se falava no Vasco e no Sacadura, porquê?

23/04/2013

Oferta de romance no Dia Mundial do Livro

Caras amigas e amigos Leitores

Gostaria de commemorar convosco este Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, oferecendo-vos um romance. Na impossibilidade de o fazer a todos, terei de me limitar a uma das minhas obras.

Só terão de escrever um comentário com o nome da obra que gostariam de receber e a razão da preferência.
O livro será dado ao leitor que melhor justificar a sua escolha.

Podem responder também no Facebook, se tiverem dificuldades em o fazer aqui.

Os que não conhecem a minha obra, leiam as sinopses dos romances na minha Página Principal.

O prazo para as respostas termina à meia-noite de 24 de Abril. O vencedor será anunciado no dia 25 de Abril.

Boa sorte!

22/04/2013

Agenda de Abril


30 de Abril, Terça-Feira, às 13.30 e 15.15 horas
Deana Barroqueiro vai estar na Escola Secundária Leal da Câmara, em Rio de Mouro, para conversar com os alunos e professores e contar-lhes histórias dos seus corsários, espiões e outros aventureiros.

19/04/2013

Entrevista para a RDP Internacional

Para quem ainda não ouviu e tiver curiosidade ou paciência para escutar as minhas histórias e inconfidências politicamente incorrectas aqui fica, em versão integral, a
Entrevista para a RDP Internacional - Especiais, feita por Isabel Flora Albano.
 
Fernão Mentes? Minto! Uma expressão popular associada a uma fascinante personage...m da história de Portugal e à sua peregrinação em terras do Oriente, agora revisitada em mais um romance histórico de Deana Barroqueiro.
 Para ver aqui: http://www.rtp.pt/play/p792/e114301/rdpi-especiais

16/04/2013

Agradecimento aos meus leitores

É, em geral, entre Fevereiro e Março, que as editoras dão a conhecer os mapas de vendas, relativos ao ano anterior, e os direitos de autor que são devidos a cada escritor.
 
Por isso, como é meu costume e meu gosto, venho  partilhar com os meus leitores os sucessos que animam ou desanimam a minha vida de escritora na difícil arte do romance histórico. E, sobretudo, agradecer-vos o carinho e o incentivo que sempre me têm dado ao longo dos meus treze anos de trabalho de romancista.

Com a crise no seu auge, em 2012, as editoras temiam os seus efeitos sobre o mercado livreiro, prevendo uma forte diminuição nas vendas, pela falta de poder de compra dos portugueses, o que de facto se veio a verificar. Como não podia deixar de ser, por muito que amem os livros e a leitura, quando os salários sofrem cortes brutais ou desaparecem, as pessoas têm de satisfazer primeiro as necessidades básicas, suas e das famílias, antes de dispenderem o seu dinheiro nas livrarias.
 
Assim, foi com alguma surpresa (e uma imensa gratidão!) que verifiquei terem os meus romances conseguido vendas substanciais, chegando mesmo alguns dos mais antigos a aumentar grandemente o número de exemplares vendidos, em relação aos anos anteriores, como aconteceu com O Navegador da Passagem - Bartolomeu Dias, da Porto Editora 
 
O Corsário dos Sete Mares - Fernão Mendes Pinto, que foi lançado pela Casa das Letras/Leya, no fim de Outubro, também não ficou muito aquém dos lançamentos dos meus outros livros, no mesmo período de Natal, ou seja, apenas nos dois meses de Novembro e Dezembro.
 
Quanto a O Espião de D. João II - Pêro da Covilhã, da Editora Ésquilo, esse não contou, pois há mais de um ano (desde a falência da distribuidora Sodilivros) que deixou de aparecer nas livrarias e portanto não foi vendido nenhum exemplar. Hão-de aparecer alguns na Feira do Livro, retirados do fundo da editora.
 
Portanto, em 2012, foram vendidos vários milhares de exemplares das minhas obras e esse feito devo-o, quase exclusivamente, aos meus leitores. Não só aos fiéis, que me acompanham desde o primeiro romance e vão passando a palavra aos seus amigos (não sou "famosa", nem jornalista, portanto, apareço  pouco nos Media e os meus livros não são "literatura light, por isso não tenho "visibilidade"), mas também aos amigos das redes virtuais e bloguistas, sobretudo aos facebookianos e ainda aos mais recentes, que, por qualquer acaso ou circunstância, vão conhecendo os meus romances e gostam e trazem outros leitores para o meu círculo de amigos - que amigos são todos os que me lêem, porque ler os meus livros é ler-me a alma, como fazem os verdadeiros amigos.
 
Bem hajam todos! Não pelo ganho que poderei auferir (embora seja importante), mas pelo vosso apreço pela minha escrita, porque ninguém compra os meus livros para os pôr numa prateleira por ser "escritora da moda", só compra quem os quer ler porque gosta e isso não há dinheiro que pague.
 
Prometo tentar fazer melhor ainda no próximo romance, que será também diferente dos outros - gosto de vos dar livros que não obedeçam a receitas e que sejam de certo modo um desafio, a que sempre têm sabido responder.
 
 Muito obrigada, meus amigos.

08/04/2013

DEANA BARROQUEIRO, ESCRITORA DE ROMANCE HISTÓRICO


Entrevista pelo jornalista Hélder Fernando, para o jornal Hoje Macau, no âmbito do festival literário da Lusofonia, A Rota das Letras.

Páginas centrais - 10 /11 - da edição de 8 de Março, 2013
 
DEANA BARROQUEIRO, ESCRITORA DE ROMANCE HISTÓRICO

Os livros que escreve fazem-nos navegar por todos os mares lado a lado com os grandes navegadores portugueses, mas também com os marinheiros anónimos, sofrendo horrores, sentindo mil prazeres. Formada em filologia românica, foi professora, é poliglota, dinamiza blogues culturais, conferencista, vasta obra publicada no que toca a romance histórico, Deana Barroqueiro é umas das grandes figuras convidadas para a Rota das Letras-Festival Literário que agora tem início em Macau. Logo depois continuará viajando por algumas terras onde andaram, a Oriente, certos verdadeiros heróis portugueses. Uma entrevista que vai emocionar o leitor.

Pode dizer-se que mais do que uma escritora de viagens talvez nem contando as que faz, é uma investigadora que publica romances históricos fundamentalmente situados nos Descobrimentos e Renascimento portugueses?
_ Eu não escrevo sobre as minhas viagens nem sobre as minhas experiências de vida, porque não desejo fazer diários mas sim romances históricos, dando a conhecer aos leitores, vidas e acontecimentos fascinantes da nossa História e Cultura, que são das mais ricas da Europa. Só a saga dos Descobrimentos Portugueses, oferece um manancial inesgotável de personagens reais, tão extraordinárias que podem emparelhar com os mais audaciosos heróis da ficção. Comecei a explorar o tema, talvez para contrariar a visão dos que encaram os Descobrimentos Portugueses como um período vergonhoso da nossa História que se deve repudiar e esquecer. No entanto, as nações outrora nossas rivais vangloriam-se dos seus impérios passados, conquanto tenham sido muito mais violentas do que Portugal, tendo até destruído com premeditação povos e civilizações inteiras, como a Espanha na América do Sul, a Holanda nas Molucas ou os ingleses na Austrália, em pleno século XX. Os Descobrimentos fazem parte do nosso passado colectivo que deve ser assumido com objectividade, sem desculpar os crimes e abusos, mas também sem esquecer que, com esta grande empresa, Portugal se tornou cabeça da Europa, muito à frente das outras nações, pelo desenvolvimento científico, social e civilizacional que atingiu e pelo seu protagonismo numa pioneira globalização do mundo e de outros acontecimentos que trouxeram a Europa para a modernidade.

Esta sua presença na Rota das Letras em Macau dever-se-á ao facto de ser bastante conhecida pelos leitores da diáspora?
Mapa de Cantino, de 1502, roubado aos Portugueses que já tinham desenhado os contornos do Mundo moderno

 _ Não sou uma escritora muito mediática, passo meses sem sair de casa, a estudar e a escrever, publicando um livro cada dois ou três anos, porque o romance histórico sério implica um longo trabalho de investigação. Contudo, já escrevi onze romances históricos e dois livros de contos; D. Sebastião e o Vidente recebeu um prémio e realmente tenho tido bastante divulgação nos media da diáspora portuguesa. Não é, pois de estranhar que, através dos blogues e redes sociais da internet, tenha conseguido alguns leitores em Macau, despertando a curiosidade da Sra. presidente da Casa de Portugal. Quando soube que “O Corsário dos Sete Mares” narrava a vida de Fernão Mendes Pinto e de outros aventureiros portugueses na China, a Dra. Maria Amélia António convidou-me para fazer a sua apresentação na Rota das Letras.

Do multifacetado programa em termos temáticos e quanto a diferenciados autores, que expectativas sente?
_ Conheço grande parte das obras dos autores lusófonos convidados, por isso a minha curiosidade e interesse vão para os escritores de Macau, da China e da Tailândia, porque, no meu romance, procurei mostrar a ligação entre os portugueses e o Oriente, no séc. XVI, dividindo-o em sete mares, cujos capítulos começam por um texto antigo – poema, carta, documento oficial, outros – dos países que Fernão Mendes Pinto conheceu. Li muitíssimas obras clássicas destas nações, mas desconheço os autores contemporâneos, por isso vou aprender muito nestes encontros. E há também o cinema, essa arte que possibilita viajar e conhecer o mundo e até a alma de um povo através do olhar. Sinto que vai ser uma experiência muito enriquecedora.

O "Barco Negro", a nau dos Porgueses que levava para a China e o Japão produtos e maravilhas nunca antes vistas, concretizando o primeiro projecto de globalização

Durante umas semanas, dentro e fora do âmbito da Rota das Letras, vai viver um pouco deste Oriente, agora num tempo tão diferente dos séculos XVI, XVII ou XVIII que costuma contemplar nos seus estudos em grande parte reflectidos na globalidade da sua obra literária…
_ Vou fazer aquilo que sempre faço quando termino um livro: viajar pelos lugares onde as minhas personagens viveram durante as suas vidas reais, para ver quanto dessa realidade ainda permanece no séc. XXI e até que ponto se aproxima da realidade virtual das vidas ficcionadas que eu lhes criei no meu romance, a partir dos mais variados textos coevos. Em todas as minhas obras, procuro fazer com que o leitor viaje no tempo e veja esse mundo antigo através do olhar dessas personagens do séc. XV ou XVI, respire os mesmos odores e fedores, saboreie os mesmos exóticos manjares ou se mareie com o biscoito bichoso e a água salobra. Por isso, nunca vou conhecer os lugares por onde peregrinaram os meus heróis antes de terminar o livro, para não contaminar o seu mundo com o meu olhar de turista do século XXI. Na muralha da China, imaginarei Fernão Mendes Pinto e os oito companheiros, a cumprirem a pena de trabalhos forçados na sua construção, tal como o descrevi no meu romance. Seguirei o seu rasto pelos rios que o levaram de Nanquim a Pequim; evocarei Tomé Pires com a trágica odisseia da primeira embaixada de uma nação europeia à China, há 500 anos; e em Cantão recordarei Galiote Pereira, catorze anos preso na terra estranha, e sentirei emoção e respeito por estes homens, muitos deles anónimos, que redesenharam o Mundo, fazendo a sua História. Presto-lhes homenagem com os meus romances, dando voz a essa gente ignorada que não deixou o nome mas a vida pelo mundo repartida em sangue, sémen, suor e lágrimas.
Fortaleza de Macau, da qual aimda restam as muralhas originais
 
É tão aliciante o que acaba de dizer e a forma como nos diz! É nítido que concebe as suas personagens, os cenários, com base na realidade histórica. Alguns observadores da sua obra, dizem que a investigação que faz (“O Espião de D. João II”, “D. Sebastião e o Vidente”, “O Romance da Bíblia”, por exemplo), é obedecida com o produto final dos livros, ou seja o que lá está é verdade. É assim?
_ O romance histórico deve dar ao leitor algo mais do que uma simples narrativa para entretenimento, pode e deve contribuir para um melhor conhecimento da época e do espaço retratada, da geografia, dos ambientes, das gentes e costumes. Por isso se considera o histórico como o mais difícil de todos os romances, porque, para se impregnar desse “espírito de época”, é necessário muito estudo e imensa pesquisa, um sacrifício que poucos se dispõem a fazer neste tempo em que tudo é ligeiro e superficial, até a Literatura. A minha melhor recompensa está em os leitores reconhecerem e apreciarem esse trabalho meticuloso de recriação histórica, que eu julgo ser um dos aspectos mais importantes nas minhas obras.
 Barcos chineses, do tipo em que navegavam os Portugueses
 
Poderá dizer-se que esses portugueses realizaram a globalização ainda antes de existir esse conceito?
_ Os Portugueses foram, sem dúvida, os pioneiros da globalização, não por mero acaso mas com um projecto começado no tempo de D. João I, com a conquista de Ceuta e o domínio da costa Marrocos, continuado pelas navegações henriquinas até à Serra Leoa, retomado por D. João II de forma pensada e sistematizada, à luz dos conhecimentos científicos mais avançados da época, e prosseguido triunfalmente por D. Manuel I. Os Portugueses povoaram lugares desérticos, influenciaram a língua, a política, as religiões e os costumes – por vezes até a geografia – dos lugares e nações que visitaram. Contudo, não souberam gerir e manter essa grande empresa, acabando por ser espoliados dela pelas nações rapaces suas rivais, nomeadamente os Países Baixos.

Tem assinalável experiência em visitar estabelecimentos de ensino secundário e superior, como acontecerá em Macau. A generalidade dos alunos gosta mesmo de ser estimulado para a leitura, para a literatura de língua portuguesa, ou a preocupação sobre a escassez de saídas profissionais, é demasiado absorvente?
_ Há mais de uma década que o ministério da Educação tem promovido o facilitismo no ensino, com consequências catastróficas. Entre outros cortes nas disciplinas de Humanidades, os programas de Português do ensino básico e secundário foram esvaziados dos conteúdos literários, em prol de uma pretensa competência em textos não literários, todavia, muito redutores para o conhecimento da nossa língua e também dos seus escritores. Enquanto um aluno habituado a ler e interpretar textos literários não tinha dificuldade em escrever uma carta, elaborar uma lista ou o regulamento de um concurso, o inverso já não acontece, como se pode constatar pela dificuldade que a maioria dos jovens, universitários ou já com os cursos concluídos, têm em interpretar um texto ou até uma pergunta, expressar um pensamento e pior ainda escrevê-lo. Se, nas escolas, os alunos não conhecem nem aprendem a gostar das obras dos grandes escritores, dificilmente se tornarão bons leitores em adultos e ainda menos saberão escrever uma carta. Teremos cada vez mais gente capaz de manejar com perícia as novas tecnologias, mas cada vez menos culta e com uma visão estreita do mundo que a rodeia, formada pelos “saberes” pesquisados na internet, habituada ao parasitário “copy/paste”, em prejuízo de um trabalho original que implique estudo e esforço.
 
À conversa com os alunos da Escola Portuguesa de Macau
 
Lendo-a, nos seus livros e nos blogues literários que mantém, noto que não utiliza o chamado Novo Acordo Ortográfico. Trata-se de uma não concordância assumida por uma filóloga românica, como é o seu caso?
_ Não aceito este Acordo Ortográfico, feito no segredo dos gabinetes e à revelia das instituições que estudam a língua, suscitando o mais firme repúdio da maioria dos seus utentes, que sentiram este acordo como um bom serviço prestado pelos nossos governantes ao Brasil que, para cúmulo do ridículo, se recusa agora a assiná-lo! Fruto de um trabalho apressado, pouco reflectido e incompetente que, na sua ânsia de uniformizar a diversidade da língua, acabou por complicar em vez de simplificar, levando o caos às escolas e ao país. Uma língua é um organismo vivo que se modifica, desenvolve, moderniza e enriquece, de forma natural e harmoniosa, diversificando-se. Ela é a expressão da identidade de um povo. Nós somos a nossa língua, uma língua com muitos séculos de história, tão sábia, pujante e maleável, que se tornou matriz, língua-mãe da Lusofonia e das suas soberbas variantes, dispersas pelos quatro cantos do mundo. E é essa multiplicidade que a torna única no mundo, por isso não se deve permitir a uns poucos a destruição de um valioso património que é de todos.

Para além de no evento Rota das Letras, a Deana Barroqueiro integrar um painel de escritores de literatura de viagem, vem apresentar o seu mais recente trabalho literário, o já considerado empolgante “O Corsário dos Sete Mares – Fernão Mendes Pinto”. Não querendo este jornal antecipar o tanto que dirá, pergunta: ele foi um aventureiro cheio de sorte, um grande cronista e relator de factos vividos, uma pessoa à procura de fronteiras ou um peregrino?
Casamento em Goa
_ Fernão Mendes Pinto encarna o espírito empreendedor, criativo e aventureiro do homem dos Descobrimentos, mas também do nosso tempo, com todas as qualidades e defeitos que fazem dos portugueses um povo singular, disposto a emigrar para longes terras em busca de nova vida, sujeitando-se aos caprichos da sorte, adaptando-se às mais duras condições e prosperando em qualquer lugar habitável do planeta. Por outro lado, a Peregrinação mostra-o como o grande precursor do romance moderno, cujas personagens são gente comuns, expondo, com grande realismo, os vícios e virtudes dos homens em luta constante com a adversidade e capazes de tudo para sobreviver. Personalidade das mais importantes do séc. XVI, está profundamente ligado à saga dos Portugueses no Oriente, quer como embaixador nos reinos vizinhos de Malaca, quer como mercenário ou ainda navegador experiente e descobridor de mundos ignorados na Europa. Inteligente e com uma surpreendente abertura de espírito, a sua curiosidade insaciável leva-o a procurar saber tudo sobre os povos e terras que encontra ao longo da sua peregrinação de 21 anos no Oriente, sem emitir juízos de valor depreciativos, denunciando igualmente a violência, a corrupção e os crimes dos Portugueses, mouros e gentios.

Afinal, Fernão Mendes Pinto não foi, mesmo ironicamente, um mentiroso…
_ Como costuma acontecer aos que mais contribuem para a valorização de Portugal, Fernão foi desacreditado pelos seus compatriotas, que se encarniçaram contra a “inveracidade” da sua narração, incapazes de apreciarem o valor e a singularidade da Peregrinação que, logo após a sua publicação em 1614, teve vinte edições em várias línguas, tornando-se o roteiro dos viajantes e dos corsários das nações rivais, em particular dos Holandeses. Estudos actuais, feitos por um naipe de especialistas internacionais provam que mais de 80% do conteúdo da Peregrinação é verdade. Afinal Fernão não mentiu.
 
O Templo da deusa A Ma, protectora dos pescadores e navegantes, achado pelos Portugueses ao desembarcarem na baía da península, há quase 500 anos. A Ma Gau viria a ser Macau
 
A viagem está como que no seu ADN. Filha de portugueses, nasceu na América, ou seja é filha da diáspora.
_ Aos dois anos de idade, fiz o percurso contrário ao dos nossos emigrantes, vindo com a minha mãe e irmãos, dos Estados Unidos, onde nasci, para Portugal. Por isso costumo dizer que o meu gosto pelas viagens e pelo tema dos Descobrimentos, começou aí, com esse ritual da passagem transatlântica. E logo a saudade pela ausência do pai, a família dividida, tudo isso me formatou a alma e me converteu no que sou.

05/04/2013

Interview for Macau Culture Guide


For my English spoken friends, curious about my participation in The Script Road literary festival, here is my interview for the "Macau Culture Guide":

_ What are your thoughts on the concept of The Script Road?

. For me, The Script Road is a marvelous concept, associating this literary event with the Portuguese Past, as it awakes the memory of the ancient Silk Road, used by our merchants and adventurers, in the Sixteenth Century. It establishes a significant connection between Literature and History, renewing ties with China and other nations, and, in this particular case, among Portuguese, Lusophone and Eastern world writers.

_ What do you feel The Script Road aims to do?

I would say that The Script Road, with this important meeting of literates from China and Portuguese speaking countries, aims to improve the understanding and cooperation among these nations, preventing the loss of the Portuguese cultural and historical remains in Macau, which was built from nothing by our ancestors and developed and preserved by the Portuguese for almost five centuries.
I believe it also pretends to draw attention to the study of the Portuguese language, so important in the future, mainly for China and the business world, as it is spoken by approximately 250 million people in Portugal, Brazil, Angola, Mozambique, Timor and Cabo Verde, being the third European language and the eighth most spoken worldwide.
And, as everybody knows, the knowledge of any language cannot be accomplished without the understanding of the country’s culture, which can be easily and enjoyably acquired through the works of its writers and other artists.
By the way, I hope that most (if not all) of the conferences and roundtables will be held in Portuguese, otherwise it would be rather awkward, given the special aims of this festival.

_ Do you look forward to participating?

. Of course, I’m eager to participate in such an important event! It will allow me to meet other writers, not only from the Lusophone world, but also from China and other eastern countries. And, as The Pirate of the Seven Seas (O Corsário dos Sete Mares), my new historical novel’s subject is Fernão Mendes Pinto – a sixteenth century Portuguese adventurer that sailed for almost 20 years on the China sea –, I was preparing my trip to China and Macau, in order to follow his trail, when I received the Casa de Portugal’s invitation, from Mrs. Maria Amélia António, to present my book at The Script Road. It was the most delightful surprise!
So, I’ll be in Macau for the Festival, where I hope to participate in some events and visit some schools, and on the 17th I’ll leave for my two weeks tour in China.

_ What do you hope to achieve by being a part of it?

. I hope to learn a lot by listening to my fellow writers and, it is also a great opportunity for me to present my work during The Script Road festival, making myself known to the Macau readers. And (who knows? – in the Year of the Serpent anything is possible!), as half of my book is about China and the early contacts with Portuguese merchants and diplomats, maybe “The Pirate of The Seven Seas” will attract the attention of a publisher interested in making a Chinese edition.

_ Do you feel that Macau has potential in terms of becoming a hive of expressed creativity?

. I have never been in Macau, I don’t know its way of life and thinking, as a live community, so it is rather difficult for me to express my opinion on this matter. However, Macau was (and still is, I believe) a multicultural crossroad, which generally makes the perfect conditions to potentiate creativity and original works of any art.

_ Do you believe this literary and arts festival is a good way to lure out talented folk in Macau?

. I think it is already doing it, motivating potential new writers, for example, with the short-story competition and other events. But it is essential to have a very good, even aggressive, advertising campaign of the festival, namely among the young people, students and others.

BACK ON THE ROAD WITH MORE THAN 30 GUESTS

The 2nd edition of The Script Road – Macau Literary Festival will be held from March 10 to 16 and will bring to the city more than 30 renowned writers, publishers, translators, journalists, musicians, filmmakers, visual artists and more.

 This year the event will receive even further significant support from the Cultural Affairs Bureau of Macau and the Macau Foundation, who now co-organise the festival together with Ponto Final newspaper. Following last year’s model, conferences and debates will be held alongside a book fair, art exhibitions, music concerts and film screenings.

 The 2013 Festival programme will feature prominent contemporary Chinese writers including Bi Feiyu, winner of some of the highest literary awards in China; Han Shaogong, author of “A Dictionary of Maqiao” and translator of the work of Fernando Pessoa; Hong Ying, one of the best internationally known Chinese writers; and Yi Sha, a controversial contemporary poet. Other names such as Sheng Keyi, Qiu Huadong, Pan Wei, Wang Gang, Huang Lihai, Li Shao Jun and Taiwanese poet Xi Murong are also very influential writers in contemporary Chinese literature – and all of them will be joining the festival. 

On the Portuguese-speaking side, The Script Road is inviting Dulce Maria Cardoso, one of the greatest novelists of her generation; Rui Zink and Ricardo Araújo Pereira, who work with language and humour in a very special way; Francisco José Viegas, former Portuguese Culture Secretary of State, writer and publisher; Valter Hugo Mãe, recent winner the PT Prize, one of the most prestigious literary prizes for Portuguese-speaking authors; writer and journalist Alexandra Lucas Coelho; journalist and translator Carlos Vaz Marques; publisher Bárbara Bulhosa; and, with the support of Casa de Portugal, novelist Deana Barroqueiro.

 José Eduardo Agualusa, an Angolan author and one of the best-known Portuguese-speaking contemporary African writers, will also join this festival edition, as will Luís Cardoso, probably the most important literary voice from East Timor. From Brazil the poet Regis Bonvicino and Paraty Festival director Mauro Munhoz have already been confirmed to take part. Paloma and Cecília Amado, daughter and granddaughter of Jorge Amado (1912-2001), one of the greatest Brazilian novelists of all time, are coming to Macau to pay homage to his work by showing a documentary and a fiction film based on his life and on one of his books, respectively.

A number of local writers, including poet Fernanda Dias, are also among the invited guests of the event, representing the Macau literary scene. The Script Road has also decided to gradually open the event to other Asian and Latin writers, and that’s why this year we welcome French authors Antoine Volodine and Claude Hudelot, who have both already developed affinities with Macau, China and the Lusophone world.

 One of the highlights of the festival’s programme will be the launch of a book of short stories set in the territory. At last year’s edition of The Script Road audiences were invited to take part in a short story competition, judged by a panel of the visiting international authors at the event: Su Tong, José Luís Peixoto and Xu Xi, one from each language, Chinese, Portuguese and English. From more than 30 entries, a number of stories were chosen for publication. These short stories will be published together with stories written by last year’s guest writers, such as José Luís Peixoto, Lolita Hu, João Paulo Cuenca, Jimmy Qi and Rui Cardoso Martins. This year the Festival is again inviting all visiting authors to write about Macau.

 The Script Road will feature some cinematic highlights. The award-winning film João Pedro Rodrigues and João Rui Guerra da Mata will have its Chinese pre-premier at the festival, before being presented at the Hong Kong International Film Festival. The Chinese filmmaker Wiseman Wang will bring us “Journey to the South”, a road movie where a truck driver crosses China, heading south to Guangdong province, trying to earn money to solve family issues. Macau-based director Ivo Ferreira will also screen his new film, “On The Dragon’s Flake”, and historian and Sinologue Claude Hudelot will present “Hou Bo, Xu Xiaobing, Mao’s Photographers”, a documentary he directed together with Jean-Michel Vecchiet.

 As with last year’s festival, music will again play an important part in the 2013 event. Portugal’s finest traditional music will be performed by celebrated fado singer Camané. The Portuguese folk musical band Dead Combo, one of the most interesting music projects in Portugal and which gained international acclaim after appearing on Anthony Bourdain’s world popular TV Show “No Reservations”, is also confirmed to take to the stage.

The Script Road will host two artists-in residence based at; Chen Yu from China and Theodore Mesquita from Goa. The two painters, from very different backgrounds, will follow the same brief: to create works that reflect their experience of Macau. As well as creating new art, they will also be exhibiting previous works, in the lower gallery of the Orient Foundation.
Another exhibition, curated by the local artist Alice Kok, will be held at the Old Court Building where a number of local creative authors will work on the theme “Beyond Words”.

 In cooperation with the Education and Youth Affairs Bureau, the Festival aims to establish a strong connection with local schools and universities, giving young readers a chance to get in touch with the guest authors.

 This year’s festival has the support of the Macau University (UMAC), the Pen Club, the Institute for Civic Affairs (IACM), the Macau Tourism Bureau, the Macau Education and Youth Affairs Bureau, the Society of Arts and Letters, IPOR, the Orient Foundation, Macau Closer, the Portuguese Bookshop and Casa de Portugal as well as other public and private entities. ative; width: 16px; z-index: 1;"> 

François Hollande atingido por escândalo de ex-ministro

Só os nossos "escandalosos", enterrados até ao pescoço nas suas mentiras, fraudes, esbulhos do património, desvios e outras golpaças, mesmo quando já são casos de polícia ou de Justiça, continuam grudados ao poleiro ou colados ao tacho, sem pingo de vergonha, apesar de serem alvo de chacota e do desprezo da maioria dos seus concidadãos. De que massa viscosa e putrefacta é feita esta gente que nos tem governado nas últimas duas décadas?


Presidente e Governo franceses são acusados de terem "branqueado" Jérôme Cahuzac, ex-ministro do Orçamento que confessou ter mentido sobre uma sua conta secreta na Suíça. Hollande fala num "ultraje à República".< Atacado por todos os sectores, da extrema-direita à extrema-esquerda, passando pela direita e até pela ala esquerda do PS, o Presidente François Hollande, foi obrigado a descer à arena e a fazer, ao fim da manhã, uma comunicação solene ao país sobre o escândalo.
"O que fez Jérôme Cahuzac é um choque, mentiu às mais altas autoridades do Estado, é um ultraje à República", disse François Hollande, num ambiente muito sombrio, no Eliseu.
O ex-ministro do Orçamento, Jérôme Cahuzac, que apresentou a demissão no passado dia 19 de março, jurara até ontem, de forma solene e repetida, incluindo no Parlamento, que não tinha nem nunca teve uma conta na Suíça para fugir aos impostos em França.
Ontem, porém, acabou por confessar a dois juízes de instrução a existência da conta e pediu "perdão" aos chefes do Estado e do Governo e aos ex-colegas ministros por lhes ter mentido.

"Falta moral imperdoável"


François Hollande, bem como o seu primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault, garantiram, desde ontem, não saber de nada sobre a fuga aos impostos do "ex-ministro do fisco" e condenaram a sua "falta moral imperdoável". Hollande acaba de o repetir no Eliseu: "Ele não beneficiou de nenhuma proteção", sublinhou.
A direita e praticamente todos os outros sectores políticos tinham pedido explicações suplementares ao Presidente. "Das duas uma, ou o Presidente sabia e é grave, ou não sabia e é um ingénuo, o que é igualmente grave", disse Jean-François Copé, líder da UMP, a principal formação da oposição de direita.
Além de Hollande e de Ayrault, também Pierre Moscovici, ministro da Economia e das Finanças, está a ser muito atacado. Moscovici foi acusado pelo "Mediapart", o jornal online que está na origem do escândalo, de ter "branqueado" Cahuzac quando, em janeiro, publicou um parecer dizendo que as suspeitas contra o então ainda ministro eram infundadas. Moscovici também garantiu esta manhã que não sabia de nada.

Escândalo num mau momento


Este caso rebentou a 4 de dezembro do ano passado, quando o "Mediapart" divulgou as primeiras informações sobre a conta secreta de Cahuzac na Suíça.
O Presidente, o primeiro-ministro e o ministro da Economia e Finanças foram acusados esta manhã por diversas personalidades de terem dados concretos que apontavam claramente para a mentira do então ministro desde meados de dezembro, e de não o terem demitido imediatamente. Pelo contrário, saíram então em sua defesa, elogiaram-no e manifestaram-lhe a sua "total confiança".
Este escândalo enfraquece todo o poder socialista num muito mau momento, quando as sondagens sobre a popularidade dos chefes de Estado e de Governo atingem mínimos históricos. Dez meses após a sua chegada ao poder, apenas menos de um terço dos franceses dizem ter confiança neles. 

Ayrault no Parlamento


Esta manhã, depois de uma reunião do Conselho de Ministros em Paris, alguns governantes pareciam em estado de choque e acusaram Cahuzac de "traição".
O primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault vai esta tarde à Assembleia Nacional participar numa sessão parlamentar que certos analistas preveem poder ser "vulcânica".
François Hollande anunciou medidas para reforçar a transparência e a independência da Justiça e, designadamente, uma futura lei que proíba aos políticos condenados por fraude fiscal ou corrupção de exercerem mandatos oficiais.


Jérôme Cahuzac sempre negou, até ontem, que tinha na Suíça uma conta secreta para fugir aos impostos em França

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Expresso XL  Daniel Ribeiro, correspondente em Paris

Taxar os Ricos (um conto de fadas animado)

Quem ainda não sabe como aconteceu a crise de que sofremos não deixe de ver esta história tão bem contada e esclarecedora que até serve para ensinar crianças. Quem já sabe, veja também e partilhe, nem que seja pela graça da banda desenhada.