É, em geral, entre Fevereiro e Março, que as editoras dão a conhecer os mapas de vendas, relativos ao ano anterior, e os direitos de autor que são devidos a cada escritor.
Por isso, como é meu costume e meu gosto, venho partilhar com os meus leitores os sucessos que animam ou desanimam a minha vida de escritora na difícil arte do romance histórico. E, sobretudo, agradecer-vos o carinho e o incentivo que sempre me têm dado ao longo dos meus treze anos de trabalho de romancista.
Com a crise no seu auge, em 2012, as editoras temiam os seus efeitos sobre o mercado livreiro, prevendo uma forte diminuição nas vendas, pela falta de poder de compra dos portugueses, o que de facto se veio a verificar. Como não podia deixar de ser, por muito que amem os livros e a leitura, quando os salários sofrem cortes brutais ou desaparecem, as pessoas têm de satisfazer primeiro as necessidades básicas, suas e das famílias, antes de dispenderem o seu dinheiro nas livrarias.
Assim, foi com alguma surpresa (e uma imensa gratidão!) que verifiquei terem os meus romances conseguido vendas substanciais, chegando mesmo alguns dos mais antigos a aumentar grandemente o número de exemplares vendidos, em relação aos anos anteriores, como aconteceu com O Navegador da Passagem - Bartolomeu Dias, da Porto Editora
O Corsário dos Sete Mares - Fernão Mendes Pinto, que foi lançado pela Casa das Letras/Leya, no fim de Outubro, também não ficou muito aquém dos lançamentos dos meus outros livros, no mesmo período de Natal, ou seja, apenas nos dois meses de Novembro e Dezembro.
Quanto a O Espião de D. João II - Pêro da Covilhã, da Editora Ésquilo, esse não contou, pois há mais de um ano (desde a falência da distribuidora Sodilivros) que deixou de aparecer nas livrarias e portanto não foi vendido nenhum exemplar. Hão-de aparecer alguns na Feira do Livro, retirados do fundo da editora.
Portanto, em 2012, foram vendidos vários milhares de exemplares das minhas obras e esse feito devo-o, quase exclusivamente, aos meus leitores. Não só aos fiéis, que me acompanham desde o primeiro romance e vão passando a palavra aos seus amigos (não sou "famosa", nem jornalista, portanto, apareço pouco nos Media e os meus livros não são "literatura light, por isso não tenho "visibilidade"), mas também aos amigos das redes virtuais e bloguistas, sobretudo aos facebookianos e ainda aos mais recentes, que, por qualquer acaso ou circunstância, vão conhecendo os meus romances e gostam e trazem outros leitores para o meu círculo de amigos - que amigos são todos os que me lêem, porque ler os meus livros é ler-me a alma, como fazem os verdadeiros amigos.
Bem hajam todos! Não pelo ganho que poderei auferir (embora seja importante), mas pelo vosso apreço pela minha escrita, porque ninguém compra os meus livros para os pôr numa prateleira por ser "escritora da moda", só compra quem os quer ler porque gosta e isso não há dinheiro que pague.
Prometo tentar fazer melhor ainda no próximo romance, que será também diferente dos outros - gosto de vos dar livros que não obedeçam a receitas e que sejam de certo modo um desafio, a que sempre têm sabido responder.
Muito obrigada, meus amigos.
1 comentário:
Deana, muitos parabéns, e ainda bem que as vendas não foram muito diferentes do que esperava.
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