21/04/2020

SAMS - UM HOSPITAL FECHADO DURANTE A PANDEMIA?!


UM HOSPITAL BEM EQUIPADO, FECHADO DURANTE A PANDEMIA?!

 E não há quem se escandalize? Os sócios, sem hospital, calam-se? Os media não se interessam? As redes sociais, sempre tão indignadas, não protestam? 

 Portugal é o único país que se dá ao luxo de ter um hospital totalmente equipado com 120 camas, ventiladores, blocos, etc., com a sua equipa médica disponível parada em casa porque o dito hospital está, simplesmente, fechado em plena crise da covid-19!

O hospital é o do SAMS, do sindicato dos bancários. 

O hospital anuncia-se assim: ​«Inaugurado em Setembro de 1994 e em funcionamento desde Novembro do mesmo ano, o Hospital do SAMS constitui uma aposta clara no alargamento e melhoria dos cuidados de saúde disponibilizados aos Beneficiários e Utentes. Assente em critérios como a Qualidade e a Inovação, reúne condições únicas ao nível de capacidade e diversidade de serviços. Concebido na perspectiva de desenvolver uma gestão de recursos humanos e materiais ao serviço de uma medicina de qualidade, humanizada e tecnicamente avançada, é, sem dúvida, um Hospital projectado para o futuro.​»

Nem mais! Muita parra e pouca uva, porque, quando os portugueses precisam dele, fecha-se em copas!

 Numa altura em que o Governo está a montar hospitais de campanha em Lisboa — e não só — para fazer face ao crescente número de casos do novo coronavírus, os Serviços de Assistência Médico-Social (SAMS), que são geridos pelo Sindicato dos Bancários Sul Ilhas (SBSI) — actual Mais Sindicato —, têm todas as suas unidades de saúde fechadas, nomeadamente o hospital localizado nos Olivais, que não tem data prevista de reabertura.

Quem mandou fechar o hospital e porquê, numa altura tão complexa para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), em que está a ser feita uma articulação com o sector privado, para garantir o cuidado de um número cada vez maior de doentes?

A Direcção-Geral de Saúde (DGS) garante que a autoridade de saúde local apenas determinou o “a suspensão provisória” da urgência e não de toda a unidade hospitalar:
“A Autoridade de Saúde Local determinou a suspensão provisória de actividade do Serviço de Urgência do hospital, como medida cautelar, na sequência da detecção de casos confirmados de COVID-19 em profissionais de saúde neste serviço. O encerramento de toda a unidade dos SAMS nada tem a ver com esta determinação da Autoridade de Saúde Local”, refere a DGS.

A Direcção do Hospital SAMS terá aproveitado a Pandemia para pôr os seus médicos, enfermeiros e auxiliares (que tanta falta fazem) em "lay-off"?

E os seus sócios doentes, que ficaram abandonados, vão parar ao SNS, que está a braços com os infectados da Covid-19?

E o governo não tem poder para requisitar este hospital?

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