Ao mesmo tempo e em contracorrente aparecem, nos finais do século XV e inícios do século XVI, de obras em defesa das mulheres, em particular das "ilustres", mencionando a importância da educação feminina, embora apenas na formação das princesas e grandes senhoras, que seriam espelhos das outras.
Alguns autores apontam as obras misóginas clássicas que, em vez de dar a mão às mulheres , lhes deram com os pés: em vez de as instruírem e ensinarem, escolheram repreendê-las e vituperá-las, para melhor as dominarem, como já tinham feito, entre os gregos, Eurípedes: e entre os latinos, Juvenal, e também outros poetas satíricos posteriores como Boccacio.
Luis Vives diz na sua obra “A Educação da mulher cristã”: «Al hombre muchas cosas le son necesarias; verbigracia: la prudencia, el bien hablar, la ciencia politica, la memoria, el talento, el arte de vivir, la justicia, la liberalidad, la magnanimidad y otras cosas que sería prolijo enumerar. Si le falta alguna de éstas parece menos de culpar, con que tenga algunas. Empero en la mujer nadie busca la elocuencia, ni el talento, ni la prudencia, ni el arte de vivir, ni la administración de la República, ni la justicia, ni la benignidad; en suma: nadie reclama de ella sino la castidad, la cual, si fuere echada de menos, es igual que si al hombre le faltaren todas. La castidad en la mujer hace las veces de todas las virtudes.»
NOBRES, INFANTAS, PRINCESAS E RAINHAS
As infantas e as princesas eram os espelhos das outras, quase não tinham infância, preparadas desde o berço para serem esposas de governantes que nunca tinham visto até ao dia do seu casamento, fossem velhos, viúvos, déspotas ou loucos, em países distantes e estranhos. Outras vezes, por tratados da aliança, foram levadas nos primeiros anos da sua infância, com as suas aias, criadas e amas, para viverem nessas cortes estrangeiros, longe da sua família, até à idade núbil (por volta dos 12 anos) para consumarem o casamento. Estudavam religião, etiqueta da corte, artes como bordados, dança e música, aprendiam latim e outras línguas, como o espanhol ou o francês, assim como ciências, política e governação se tivessem “ânimo varonil”, etc.
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