23/12/2009

O que dizem os Críticos

Na 2ª feira, dia 21, ao dar uma volta pelas livrarias (e grandes superfícies) do Colombo e da Baixa lisboeta, para fazer as últimas compras de Natal,apercebi-me, com uma satisfação mesclada de grande frustração, de que os exemplares d'"O Espião de D. João II" se tinham esgotado e, segundo me disseram os responsáveis, só voltariam a aparecer depois do Natal!

Aparentemente os livreiros ainda receiam apostar em mim... apesar da evidência de que tenho cada vez mais leitores, e a prova está no facto da editora Ésquilo estar a preparar uma 2ª edição para sair em Janeiro.

Como consequência deste sucesso, venho aqui agradecer aos jornalistas e críticos que, com as suas palavras, promoveram o meu romance de forma espontânea e desinteressada, citando algumas dessas frases de apreço, para conhecimento dos meus Leitores:

«A Deana tem sido demasiado discreta, não tem aparecido nos grandes encontros, o seu nome não tem feito o burburinho que eu acho que merecia.
Ao ler o seu livro esqueci-me do lápis que, enquanto crítica, uso sempre que comento uma obra.».
Helena Barbas (Docente da Universidade Nova de Lisboa e crítica literária do semanário Expresso.)

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«Outro aspecto importante desta obra O Espião de D. João II) é a linguagem que se reporta à época do Renascimento, (…) própria de um escudeiro da baixa nobreza real que se assemelha à linguagem antiga da Beira Baixa, contribuindo para o enriquecimento do léxico e para a qualidade da narrativa.
D. B. nestas quinhentas e tal páginas consegue não fatigar o leitor, pelo interesse que suscita, ao mesmo tempo que nos oferece valiosas lições históricas, pondo em realce a figura do rei D. João II como um grande monarca, prestigiando este género de romance histórico e a Língua Portuguesa, não só pela trama urdida, como pela elegância e sobriedade do estilo.».
Elsa Rodrigues dos Santos (Presidente da Sociedade da Língua Portuguesa)

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«O Espião de D. João II" de D. B. (Esquilo, 2009) é um romance baseado em factos reais, que nos permite acompanhar a viagem de Pêro da Covilhã até às terras do Preste João. Transpondo para os dias de hoje a imagem de um “agente secreto”, travestido de James Bond ou de Indiana Jones, a autora não comete o erro do anacronismo e procura (…) transmitir ao público o ambiente geral do final do século XV, com uma evidente vivacidade (…), o que permite ao leitor acompanhar o relato sem perder a atenção bem desperta.
(…) Estamos, assim, perante um romance histórico que é, a um tempo, livro de viagens e relato de aventuras. E como diria o Padre Álvares: “todas as cousas a que o mandaram soube, e de todas deu conta”. Quem melhor poderia sublinhar esta preocupação? Esta é a melhor homenagem que pode ser feita a Pêro da Covilhã, cuja memória parece ir-se desvanecendo, apesar da sua importância fundamental.».
Guilherme d’Oliveira Martins (Presidente do Tribunal de Contas e do Centro nacional de Cultura)

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«Agradeço-lhe desde já o prazer que tive em a conhecer e poder falar consigo.
Afinal, devo-lhe muitas horas boas a "viajar" no tempo e a viver aventuras com heróis nacionais por esse mundo fora e por esse Portugal Histórico... assim sabe bem aprender o nosso passado, e se não o soubermos e acarinharmos não teremos um futuro digno!
Em breve serão os meus filhos a poder lerem-na e a vibrar com os seus aventureiros!
Bem-haja...e continue sempre a dar-nos estórias emocionantes da nossa História!».
João Paulo Sacadura (Jornalista da TVI24 / LIVRARIA IDEAL)


Para todos, a minha imensa gratidão! São frases laudatórias que alguns Leitores reputarão talvez de excessivas e me acusarão de deixar, debaixo do tapete do esquecimento, as críticas negativas. Todavia, por impossível que possa parecer, ainda não recebi qualquer crítica negativa e asseguro-vos, desde já, que aqui as porei assim que as receber.

1 comentário:

António Viriato disse...

Cara Deana Barroqueiro,

Lamento ter de introduzir uma pequena nota dissonante.

Apesar de ter lido ainda poucas páginas deste seu extenso Romance Histórico, O Espião de D. João II, dei com uma sua preferência vocabular pouco menos que discutível, senão mesmo reprovável.

Trata-se do nome do Livro Sagrado dos Muçulmanos, o Alcorão, termo vernáculo, mais antigo, sempre preferido pelos nossos clássicos, designadamente, por Camões, nos Lusíadas.

Confesso que me surpreendeu a sua preferência por Corão, termo afrancesado, de entrada muito mais recente, na Língua Portuguesa, por influência francesa notória, mas desnecessária, como aconteceu com o nome do Profeta do Islão, Maomé, que tem destronado o nosso legítimo Mafoma ou Mafamede, que, muito bem, aparece assim denominado neste seu alentado romance.

Quanto ao resto, parece-me bem, apesar do pouco que ainda li.

Recordo agora que tenho também comigo um seu trabalho de 2003, Os Contos Eróticos do Antigo Testamento, de que gostei bastante.

Espero que reconsidere e, numa futura redição do Espião de D.João II, venha a usar o termo Alcorão, tal como o meu saudoso Professor de Português, José Pedro Machado, sempre recomendou, com larga explicação, que eu me permiti retomar recentemente, pelo visto, com inteira oportunidade.

Desejo-lhe os maiores êxitos editoriais e que mantenha esse seu gosto pela História e pela Cultura Portuguesa, em geral, para cujo enobrecimento também pode concorrer o Romance Histórico, modalidade em que já V. atingiu desenvoltura notável.

Um seu leitor, porventura exigente, algo crítico, mas creio que justo e, no fundo, verdadeiro apreciador dos seus méritos literários.

Um abraço de amizade e parabéns pela sua vibrante palestra na sede da SLP, da passada semana.

AV_25-01-2010