Human Rights Watch. Foto: RR
Angola, Brasil e Guiné
Equatorial apontados no relatório da organização de direitos humanos,
divulgado esta quinta-feira, no Líbano, no qual se analisa a situação em
mais de 90 países.
Angola, Brasil e Guiné Equatorial, os três países da comunidade lusófona
analisados no mais recente relatório da Human Rights Watch (HRW) , têm
em comum registos de corrupção e repressão, em maior ou menor grau.
No 25º relatório anual da HRW, divulgado esta quinta-feira, no Líbano, a organização de direitos humanos analisa as práticas em mais de 90 países e sublinha que a corrupção, a má governação e a repressão governamental em Angola assumem "proporções catastróficas".
Destacando que Angola tem um "poder influente em África", a organização considera que o regime do Presidente José Eduardo dos Santos enfrenta "um crescente criticismo", mas lamenta que quem faz negócios em Luanda tenha "em muito pouca consideração o mau registo do país em matéria de governação e direitos humanos".
A HRW destaca que as autoridades angolanas "intensificaram as medidas repressivas, restringindo a liberdade de expressão, associação e reunião", lembrando que o Governo angolano tem visado jornalistas e activistas com processos em tribunal, detenções arbitrárias, intimidação, perseguição e vigilância.
A organização identifica ainda outros abusos, entre os quais o novo adiamento das muito adiadas eleições municipais, os "despejos forçados" em Luanda e o "afastamento violento dos comerciantes de rua, incluindo mulheres grávidas e com filhos".
Sobre o Brasil, a organização começa por salientar que "está entre as democracias globais e regionais mais influentes", que, "nos últimos anos, tem mostrado ser uma voz crescentemente importante nos debates internacionais". Porém, a imagem externa é melhor do que a prática interna, assinala o relatório, observando que existem "sérios desafios de direitos humanos", incluindo tortura e maus-tratos, e também vários casos de corrupção.
Os abusos policiais, a sobrelotação prisional e os gangues criminosos são "problemas significativos em muitas cidades brasileiras", menciona.
"Corrupção, pobreza e repressão continuam a ser uma praga na Guiné Equatorial", sentencia a HRW, recordando que o regime de Teodoro Obiang tem apostado em "melhorar a imagem" externa, apoiado em apoios internacionais como a adesão à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
A HRW denuncia a "má utilização de fundos públicos" e a concentração do poder e da riqueza nas mãos de "uma pequena elite que rodeia o Presidente", ao mesmo tempo que "uma grande parte da população continua a viver na pobreza".
Tortura, detenção arbitrária e julgamentos parciais são abusos comuns na Guiné Equatorial, denuncia a organização.
No 25º relatório anual da HRW, divulgado esta quinta-feira, no Líbano, a organização de direitos humanos analisa as práticas em mais de 90 países e sublinha que a corrupção, a má governação e a repressão governamental em Angola assumem "proporções catastróficas".
Destacando que Angola tem um "poder influente em África", a organização considera que o regime do Presidente José Eduardo dos Santos enfrenta "um crescente criticismo", mas lamenta que quem faz negócios em Luanda tenha "em muito pouca consideração o mau registo do país em matéria de governação e direitos humanos".
A HRW destaca que as autoridades angolanas "intensificaram as medidas repressivas, restringindo a liberdade de expressão, associação e reunião", lembrando que o Governo angolano tem visado jornalistas e activistas com processos em tribunal, detenções arbitrárias, intimidação, perseguição e vigilância.
A organização identifica ainda outros abusos, entre os quais o novo adiamento das muito adiadas eleições municipais, os "despejos forçados" em Luanda e o "afastamento violento dos comerciantes de rua, incluindo mulheres grávidas e com filhos".
Sobre o Brasil, a organização começa por salientar que "está entre as democracias globais e regionais mais influentes", que, "nos últimos anos, tem mostrado ser uma voz crescentemente importante nos debates internacionais". Porém, a imagem externa é melhor do que a prática interna, assinala o relatório, observando que existem "sérios desafios de direitos humanos", incluindo tortura e maus-tratos, e também vários casos de corrupção.
Os abusos policiais, a sobrelotação prisional e os gangues criminosos são "problemas significativos em muitas cidades brasileiras", menciona.
"Corrupção, pobreza e repressão continuam a ser uma praga na Guiné Equatorial", sentencia a HRW, recordando que o regime de Teodoro Obiang tem apostado em "melhorar a imagem" externa, apoiado em apoios internacionais como a adesão à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
A HRW denuncia a "má utilização de fundos públicos" e a concentração do poder e da riqueza nas mãos de "uma pequena elite que rodeia o Presidente", ao mesmo tempo que "uma grande parte da população continua a viver na pobreza".
Tortura, detenção arbitrária e julgamentos parciais são abusos comuns na Guiné Equatorial, denuncia a organização.