31/05/2014

Os meus livros na Feira

Como me têm perguntado por onde andam os meus livros na Feira (onde vou estar hoje, Sábado 31, na Praça Leya, a partir das 16 h)., aqui fica para quem quiser saber:

Porto Editora - Sextante: 
D. Sebastião e o Vidente
O Navegador da Passagem (navegações de Bartolomeu Dias e reinados de D. João II e D. Manuel).

Leya/Casa das Letras:  
O Corsário dos Sete Mares - Fernão Mendes Pinto.

Eranos/Ésquilo - Pavilhão C20:  
O Espião de D. João II (viagens e missões de Pêro da Covilhã)
Tentação da Serpente (romance erótico com a saga das mulheres do Velho Testamento - reedição de O Romance da Bíblia e dos Contos e Novos Contos Eróticos do Velho Testamento).

Livros Horizonte - A59:
A Colecção de romances históricos de aventuras e viagens de descobrir, Cruzeiro do Sul (7 Volumes ilustrados sobre as viagens dos navegadores e espiões portugueses dos Descobrimentos).

Ainda existem exemplares da 1ª edição dos Contos e Novos Contos Eróticos do Velho Testamento).

28/05/2014

Feira do Livro: Agenda

Dia 31 de Maio, Sábado, 16 horas...

Na Praça Leya, junto ao pavilhão da Casa das Letras - ao cimo do Parque, à direita de quem sobe -, estarei à espera dos amigos para uns momentos de conversa e assinar livros a quem quiser.
São os melhores momentos da minha vida de escritora!



26/05/2014

A abstenção e a (i)legitimidade dos nossos representantes


Eu fui votar, claro, mas com a sensação de estar a participar numa votação que, com base em cadernos eleitorais desactualizados e incorrectos, teria de dar forçosamente uns resultados que não corresponderia à realidade do país. Não acredito que Portugal possa ter 9.7 milhões de eleitores!

 O caderno eleitoral para as autárquicas de setembro 2011 contava com mais de 9,4 milhões de inscritos, enquanto os dados dos últimos Censos indicavam que em 2011 residiam em Portugal apenas 8,6 milhões de pessoas com mais de 18 anos. Das contas feitas por jornais, com base nos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), existiam entre 800.000 e 1.250.000 eleitores-fantasmas, que acabaram por contar para os números finais da abstenção das eleições.

 Ora, apenas 2 anos depois, o número de eleitores ainda  aumentou desses 9.4  para 9.7 milhões?!

Dito isto, voltemos às Eleições Europeias de 2014: Feitas as contas aos 66% de abstenção, mais os 4.41% de votos brancos e os 3.06% de votos nulos (que perfazem mais de 73% dos eleitores), os nossos deputados europeus foram eleitos por apenas 27% do eleitorado! Pouco mais de 1 milhão de portugueses votaram no PS e 900 mil na coligação PSD/PP!  Que grande legitimidade foi conferida aos nossos deputados!

Seria de pensar que, face a estes números assustadores que mostram o abismo de indiferença (senão aversão!) que separa os portugueses dos seus representantes, os partidos iriam reflectir sobre as suas responsabilidades por tão grande descalabro, tirar ilações e repensar a sua política e os seus deveres para com  o país e o povo que juraram servir. Todavia não o fizeram! Tanto a derrotada coligação como o ganhador PS se limitaram a sacudir a água do capote (acusando os eleitores de falta de consciência cívica) e, como é habitual, a dar alfinetadas um no outro, como se de um jogo de futebol se tratasse e não do destino de Portugal.

Que podemos esperar desta gente, no futuro? Se as próximas eleições legislativas tiverem semelhante tipo de participação e os nossos governantes forem eleitos por um tão baixo número de cidadãos, que legitimização podem ter para governar este país e os portugueses?

A mesma reflexão devia fazer a União Europeia. Na maioria dos seus países membros, a  percentagem de abstenções, votos brancos e nulos, assim como a votação em partidos de extrema direita (que defendem ideologias perversas, contrárias a tudo o que UE desde o início da sua formação pretendeu combater), são sinais de que a UE precisa urgentemente de arrepiar caminho nas suas políticas económicas de usura, que estão a cavar um fosso de desigualdade entre os seus parceiros, enriquecendo os mais ricos à custa do empobrecimento dos mais fracos.

O descontentamento e a descrença no projecto da UE aumentam e alastram por toda a Europa, mesmo entre aqueles que o desejaram e defenderam, e o risco de desagregação é cada vez maior e será fatal.

24/05/2014

Que raio de povo somos nós?

Que raio de povo é o nosso que se esquece das vítimas e aplaude e dá vivas, como se fosse um herói, a um assassino que matou duas mulheres e tentou matar também a esposa (que maltratava) e a própria filha, ferindo-as gravemente?

Que raio de povo é o nosso que dá guarida e esconde da polícia um assassino, sabendo que ele anda a monte para poder concluir o seu propósito de matar a mulher e a filha?

Que raio de povo é este que premeia o prevaricador e castiga o inocente? Que admira o vigarista, o corrupto e o mentiroso e faz troça do cidadão honesto e cumpridor?

São momentos destes que me envergonham de ser portuguesa e me levam a concluir que merecemos o desprezo com que nos tratam os que nos governam, cá dentro e lá fora.

Leiam esta crónica indignada de Fernanda Câncio e indignem-se também.

O vírus palito

por FERNANDA CÂNCIO
Ontem, 23 de Maio
FERNANDA CÂNCIO


Toda a gente conhece o nome e a cara do homicida Manuel Baltazar, aliás Palito, mas os das mulheres que matou, alguém? Pois. Com vítimas sem nome nem rosto, apagadas como se nunca tivessem existido, Palito pode ser uma anedota - a do camponês que trocou as voltas aos chuis mais de um mês (até rima) - e mesmo, no dia seguinte ao da sua detenção, herói ovacionado à porta do tribunal.

Começa aliás na alcunha. "Palito" é lá nome de perigo, de horror. Dizemos "Palito" e não vemos corpos no chão, esfacelados pela caçadeira à queima-roupa, sangue, gritos, a coragem da filha que se atravessa pela mãe (ex-mulher do assassino), se calhar a pensar que o pai não disparará (disparou), a ex-sogra e a irmã dela ceifadas na mesma tentativa. E depois, claro, queremos proteger as sobreviventes, não lhes vamos pôr a cara e o nome em todas as notícias.

Mas podemos ao menos honrar as mortas. Mulheres, e velhas, ainda por cima, sim, não foi nenhuma criança violada e morta a seguir - se fosse teríamos a terra toda de forquilha à procura do Palito para o esventrar no meio na floresta em vez de o esconder e alimentar primeiro e aclamar depois -, assassinadas num país em que assassinar mulheres é à razão de uma por semana.

Mulheres como Manuela Costa, 35 anos, morta em 2009 pelo ex-marido, também a tiro de caçadeira (muito gostam eles, corajosos, de execuções à gangster), dentro de uma ambulância à porta da esquadra da GNR de Montemor-o-Velho onde foi pedir ajuda, GNR que agarrou no homicida e o meteu dentro da esquadra sem o algemar, sequer revistar (estou mesmo a vê-los, "Ó pá, desgraçaste-te", mão no ombro, solidários) matando ainda ele aí um agente (depois disso, aposto, já o mandaram ao chão e algemaram, quiçá lhe tenham dado umas lambadas, afinal matou um homem, polícia ainda por cima, caramba). Manuela Costa em cuja morte a GNR nunca fez mea culpa ou o Estado o que lhe competia, indemnizando os dois filhos pela flagrante incapacidade de lhes proteger a mãe.

Como podemos então surpreender-nos por haver palmas para Palito, ou que a polícia fracasse mais de 30 dias no seu encalço?

Vai haver eleições domingo, pois é. E são para decidir para onde deve ir a Europa e portanto a minha e a vossa vida, o meu e vosso país, e eu aqui a falar de duas mortas que mais a mais nunca vi. Mas que querem, são da minha raça, da minha tribo, do meu sangue, do meu clube (com metáforas futebolísticas percebem melhor?) - porque ser mulher, como se vê, é ser de um clube diferente, doutra divisão. E estou farta de perder.

De um país em que há gente a dizer "coitado" sobre quem matou, como se matar fosse uma espécie de fatalidade - desde que a morta seja mulher. Tão farta que da miséria de campanha que hoje termina só me apetece dizer: confere.

22/05/2014

A Feira do Livro regressa a 29 de Maio a Lisboa

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Em 2014, a Feira do Livro em Lisboa vai ser como é habitual no Parque Eduardo VII e começa em Maio. A informação foi esta terça-feira enviada em comunicado às redacções pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL). O evento vai realizar-se de 29 de Maio a 15 de Junho e, como sempre, além da venda de livros irá ter uma programação para promover a leitura e o diálogo entre escritores e leitores.
 
Segundo o documento enviado pela APEL, este ano a feira volta a ter um horário alargado por forma a permitir aos visitantes mais tempo na “companhia dos livros”.
 
Assim, de segunda a quinta-feira, a Feira do Livro de Lisboa estará aberta desde as 12h30 até às 23h e à sexta-feira fica aberta até à meia-noite. Aos sábados e vésperas de feriado o evento funciona das 11h à meia-noite. Domingos e feriados começa também às 11h e termina às 23h.

No ano passado, a feira contou com 250 pavilhões e a APEL disse ao PÚBLICO que este ano espera ultrapassar esse número. As inscrições para a Feira do Livro de Lisboa começaram dia 24 de Fevereiro e estão abertas até dia 7 de Março. Já há 50 pavilhões reservados pelos editores (em apenas um dia de inscrições) e para a associação isso "faz prever [para este ano] uma forte adesão por parte dos editores e livreiros à Feira".

A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros  já está a trabalhar com a Câmara Municipal do Porto e "estão a ser feitos todos os esforços" para devolver a Feira do Livro a esta cidade. O local ainda "está a ser equacionado", mas vai ser divulgado em breve aos associados da APEL.

Feira do Livro de Lisboa tem novos pavilhões


A 84ª Edição da Feira do Livro de Lisboa que se realiza no Parque Eduardo VII, de 29 de maio a 15 de junho, apresenta novos pavilhões e, entre as diversas atividades previstas, tem agendado um "Picnic Literário"
 
A Feira foi apresentada pela Associação Portuguesa de Editores  e Livreiros (APEL), que a organiza, tendo enfatizado o investimento feito  nos novos pavilhões - perto de 250 - e a "forte aposta na restauração".
 
O presidente da APEL, João Alvim, sublinhou que os novos pavilhões "acrescentam  meio metro à comodidade, são de design mais moderno, permitindo uma melhor  acomodação, arrumação e exposição dos livros". 

Questionado pela Lusa sobre o investimento, João Alvim afirmou ter sido  de "largas centenas de milhares de euros", sem especificar o valor. 

Esta modernização de esquipamentos passa também pelo auditório principal,  que "será maior, mais cómodo e melhor equipado", assim como dois pavilhões  laterais para diferentes atividades, nomeadamente musicais. 

Outra novidade da Feira é a iniciativa "Dar e Receber", que visa promover  hábitos de leitura entre os mais jovens. Na feira poderão ser colocados,  em dois contentores, livros usados ou novos, para crianças até aos 12 anos,  que serão posteriormente oferecidos através do Banco de Bens Doados.

Entre outras novidades, conta-se a participação de Moçambique, a que  o responsável pela animação cultural da Feira, Eduardo Boavida, da APEL,  se referiu como uma "internacionalização" do certame, já que aquele país  se inscreveu para participar, e não foi convidado como aconteceu em 2013  com Cabo Verde, esclareceu.

Lusa
 

18/05/2014

Caravelas e Naus um choque tecnológico no sec XVI na época dos Descobrim...

O tema dos meus romances históricos (The subject of my historic novels).

Publicado a 17/09/2013

Portuguese galleons of the age of discovery:https://www.facebook.com/PortugueseSh...
All the portuguese ships with image and history:https://www.facebook.com/media/set/?s...

Expectativas baixas para a visita de Cavaco Silva

2989 capa 
A questão dos BIR é a que mais preocupa a comunidade de Macau mas as expectativas de que Cavaco Silva contribua para uma solução são poucas.
por Inês Santinhos Gonçalves
A quatro dias da chegada do Presidente da República de Portugal, portugueses e macaenses mostram-se pouco entusiasmados com a visita e não acreditam que Cavaco Silva possa contribuir para resolver problemas, quer sejam a dificuldade na obtenção de Bilhete de Identidade de Residente (BIR), quer no apoio aos pensionistas da antiga Administração.
“Deixei de esperar fosse o que fosse dos responsáveis políticos da República. Já me mostraram que não vão fazer coisa nenhuma”, lamenta Miguel de Senna Fernandes, presidente da Associação dos Macaenses.
“É uma visita de cortesia, não se pode ter grandes expectativas”, diz a presidente da Casa de Portugal.
Amélia António acredita que Cavaco Silva vem à China com intuitos marcadamente económicos e a sua passagem por Macau é apenas “um complemento”. “Não cairia bem que viesse à China e não passasse por Macau”, diz. Até o encontro com o Chefe do Executivo será, na sua opinião, “de cortesia, uma reafirmação de simpatia”, mas não “de análise de dossier”.
A presidente da Casa de Portugal gostava de ver a questão da dificuldade na obtenção de autorização de residência para portugueses “desbloqueada”, mas não tem esperança de que o Presidente contribua para a solução. “Duvido que seja matéria que o Presidente vá abordar especificamente. Deve ter conhecimento e pode manifestar interesse em ver o assunto mais desbloqueado. Há muitas maneiras de passar recados de forma diplomática. Mas que seja um assunto de agenda, não acredito”, afirma.
No geral, o entusiasmo com a vinda de Cavaco Silva não é grande, considera
Amélia António: “Não vem cá um Presidente a toda a hora. É natural que os portugueses sentissem alguma expectativa mas por outro lado estão muito desgastados com as presenças oficiais que têm vindo ao longo dos anos e que têm sido desoladoras”.
O problema dos BIR preocupa também Senna Fernandes. “Há muita gente que quer voltar e a facilidade que havia parece não existir mais. [Os portugueses] são tratados como qualquer outro estrangeiro. A comunidade portuguesa está cá há tantos séculos que justificaria um tipo de excepção. Espero que o Presidente da República tenha isso em mente e fale às autoridades competentes”, defende.
Mas mais uma vez são poucas as expectativas. “Não estou a ver o Presidente da República a conseguir interferir em assuntos internos da RAEM. Era bom que tentasse, mas se não o fizer também não há problema porque já estamos à espera”, comenta.
Pelo fim dos cortes para os aposentados
Para Pereira Coutinho “a prioridade das prioridades” é resolver a questão dos BIR e já lançou mesmo um apelo a Cavaco Silva para intervir. No entanto, o presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Macau lembra também que “os aposentados em Macau têm sofrido e não recebem os benefícios e apoios sociais que há em Portugal. Queremos que as pensões sejam actualizadas e acabem os cortes”. O deputado referia-se aos aposentados da antiga Administração Portuguesa, que mesmo vivendo em Macau têm sido abrangidos pelos cortes em Portugal.
A mesma preocupação tem Francisco Manhão, presidente da Associação dos Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau: “Estamos a pagar a Contribuição Extraordinária de Solidariedade. Espero que não introduzam mais cortes”.
Manhão levanta ainda a questão da morosidade da burocracia em Portugal. “A pensão de sobrevivência demora quase um ano a ser paga. Tem de ser tudo emitido por Portugal, não aceitam documentos emitidos por Macau”, queixa-se.

12/05/2014

Efemérides do 12 de Maio

Nasceram a 12 de Maio:

- O Imperador Shoko do Japão (1401 - 1428) foi o 101º imperador do Japão, na Lista tradicional de sucessão. Foi precedido por Go-Komatsu e sucedido por Go-Hanazono. Reinou de 1412 a 1428 e o seu nome de nascimento foi Mihito. Não teve filhos.


- O rei Gustavo I da Suécia: Gustavo I Vasa (Gustaf Vasa) (1496 — 1560), filho de Eric Johansson Vasa e de Cecilia Magnusdotter foi o primeiro Rei Vasa. Casou-se por três vezes: a primeira com Katrin Von Saxe-Lauenburg-Ratzeburg, a segunda com Margarida Leijonhufvud e a terceira com Katrin Stenbock. Foi pai de, entre outros, Érico XIV, Johannes III e Karl IX. Reinou desde 1523, fim da União de Kalmar com a Dinamarca, Noruega e Finlândia, até à sua morte em 1560. Introduziu o Protestantismo na Suécia.

Edwardlear.jpg- Edward Lear (Highgate, Londres, 12 de Maio de 1812 — San Remo, 29 de Janeiro de 1888) foi um pintor e escritor inglês. Em 1831 começou a trabalhar como ilustrador para a Zoological Society of London e depois para o Museu Britânico. Em 1835 passou a pintar também paisagens de modo minucioso. Publicou sete livros de viagens (pela Itália, Grécia, Egipto e Índia) com ilustrações suas e três livros com desenhos de animais. Também pintava a óleo, mostrando influência do pré-rafaelismo. Em 1846 deu lições de desenho à Rainha Victória e escreveu seu primeiro Book of Nonsense, iniciando sua carreira literária na qual viria a se distinguir por desenvolver uma forma original de poemas de humor e absurdo e também por divulgar o limerick (poema de cinco versos com uma rima no primeiro, segundo e quinto e outra no terceiro e no quarto). Publicou três livros de poemas nonsense ilustrados com figuras fantásticas e nos quais seu gênio se manifesta plenamente: Nonsense Songs, Stories, Botany and Alphabets (1871), More Nonsense Pictures, Rhymes, Botany etc (1872) e Laughable Lyrics (1877).
 
- Florence Nightingale (Florença,em 1820 —  Londres 13 de Agosto de 1910) foi uma enfermeira britânica que ficou famosa por ser pioneira no tratamento a feridos de guerra, durante a Guerra da Crimeia. Ficou conhecida na história pelo apelido de "A dama da lâmpada", pelo facto de se servir deste instrumento para auxiliar na iluminação ao auxiliar os feridos durante a noite. Foi pioneira na utilização do Modelo biomédico, baseando-se na medicina praticada pelos médicos. Florence, uma Anglicana, acreditava que Deus a havia chamado para ser enfermeira. Também contribuiu no campo da Estatísticas, sendo pioneira na utilização de métodos de representação visual de informações, como por exemplo gráfico sectorial (habitualmente conhecido como gráfico do tipo "pizza") criado inicialmente por William Playfair. Nightingale lançou as bases da enfermagem profissional com a criação, em 1860, de sua escola de enfermagem no Hospital St Thomas, em Londres, a primeira escola secular de enfermagem do mundo, agora parte do King's College de Londres. O Juramento Nightingale feito pelas novas enfermeiras foi nomeado em sua honra, e o Dia Internacional da Enfermagem é comemorado no mundo inteiro no seu aniversário.
 
Dante Gabrie Rossetti (Londres, 12 de Maio de 1828Birchington-on-Sea, 10 de Abril de 1882), originalmente Gabriel Charles Dante Rossetti, foi um poeta, ilustrador e pintor inglês de origem italiana. Devido à sua preferência pela poesia medieval e em especial pela obra de Dante, Rossetti muda a ordem dos seus nomes e passa a usar Dante em primeiro lugar. Fundou, juntamente com John Everett Millais e William Holman Hunt, em 1848, a Irmandade Pré-Rafaelita, um grupo artístico entre o espírito revivalista do romantismo e as novas vanguardas do século XX. Rossetti também escrevia poemas para seus quadros, como "Astarte Syraica". Como designer, trabalhou com William Morris para produzir imagens para vitrais e decorações. Como ilustrador, Rossetti produziu poucas trabalhos, mas que tiveram influência duradoura sobre ilustradores do século XIX e XX. Fez ilustrações para Moxon Tennyson, Allingham e para os livros de poesia de sua irmã Christina Rossetti.
Quadro: Vénus Verticordia, que usei para a capa do meu romance Tentação da Serpente.

- Jules Émile Frédéric Massenet (Montaud, 12 de Maio de 1842 - Paris, 13 de Agosto de 1912) foi um compositor francês, especialmente conhecido pelas suas óperas, muito populares no final do século XIX e início do XX.Mudou-se com sua família para Paris, a fim de que pudesse estudar em conservatório. Ganha o "Grand Prix" de Roma em 1862 e vive por lá durante três anos. Seu primeiro grande sucesso foi a oratória Marie-Madeleine, aclamada pelos seus contemporâneos Tchaikovsky e Gounod. Massenet deixa de compor para servir como soldado na guerra Franco-Prussiana, mas volta à sua anterior vida um ano depois do fim da guerra(1871). Foi professor de composição de grande influência no Conservatório de Paris a partir de 1878, tendo como alunos Gustave Charpentier, Reynaldo Hahn e Charles Koechlin. As suas óperas mais famosas foram: Manon (estreada em 1884), Werther (em 1892) e Thaïs (em 1894). Massenet usou o leitmotiv de Wagner nas suas obras, mas adoptou um certo matiz francês, criticado por alguns, que o consideraram muito "enfeitado". Além das óperas, escreveu também oratórias, cantatas, peças orquestrais  e para ballet e cerca de 200 canções.

- Clemens Peter von Pirquet, Freiherr (barão) von Pirquet (Viena, 12 de Maio de 1874 - 28 de Fevereiro de 1929) foi um cientista e pediatra austríaco, mais conhecido pelos seus contributos no campo da bacteriologia e da imunologia. Estudou teologia na Universidade de Innsbruck e filosofia na de Louvain, antes de se inscrever na de Graz. Aí se graduou como médico em 1900, começando a praticar na clínica pediátrica de Viena. Em 1906 ele reparou que os doentes que tinham recebido previamente injecções de soro de cavalo ou da vacina para a varíola tinham reacções mais rápidas e graves a uma segunda injecção. Juntamente com Béla Schick, cunhou o termo alergia (do grego allos que significa "outro" e ergon que significa "reacção") para descrever esta reacção de hípersensibilidade. Pouco depois, as observações realizadas com a varíola levaram Pirquet a compreender que a tuberculina, que Robert Koch isolara em 1890 da bactéria que causa a tuberculose, podia conduzir a uma reacção semelhante. Mantoux desenvolveu as ideias de Pirquet no teste de Mantoux, no qual a tuberculina é injectada sob a pele, que se tornou um teste de diagnóstico para a tuberculose em 1907. Em 1909 tornou-se professor no Hospital Johns Hopkins, recusando uma proposta para assumir um lugar no Instituto Pasteur de Paris. Em 1910 regressou à Europa para trabalhar em Breslau (agora Wrocław) e depois em Viena. A 28 de Fevereiro de 1929, Clemens von Pirquet e a sua mulher suicidaram-se.

- William Francis Giauque  (Niagara Falls, 12 de Maio de 1895 - Berkeley, 28 de Março de 1982). Químico, natural do Canadá, foi o primeiro dos três filhos de William Tecumseh Sherman Giauque e Isabella Jane Duncan, tendo estudado em escolas secundárias públicas principalmente no Michigan. Depois da morte do pai (1908), a família voltou para Niagara Falls, Canada, onde completou sua educação escolar secundária no Niagara Falls Collegiate Institute. Depois da graduação, pensou em ser engenheiro elétrico, mas por questões financeiras, aceitou um emprego em um dos laboratórios da Hooker Electro-Chemical Company in Niagara Falls, New York, e decidiu tornar-se engenheiro químico. Entrou no College of Chemistry of the University of California, onde recebeu o B.S. (1920), e tornou-se University Fellow (1920-1921) e James M. Goewey Fellow (1921-1922) e recebeu o Ph.D. em química (1922), orientado pelo Professor G.E. Gibson. Foi nomeado o Instructor of Chemistry (1922). Casou-se (1932) com a Dra. Muriel Frances Ashley, da qual teve dois filhos, William Francis Ashley G. e Robert David Ashley G.  Como Professor de Química, em 1934, dedicou o seu interesse e as suas pesquisas à termodinâmica. Entre outras muitas honras também recebeu a Chandler Medal e o honorary degree of Sc.D. da Columbia University, onde foi Faculty Research Lecturer  (1948), e a Elliott Cresson Medal da Franklin Institute e morreu em Berkeley, California, U.S. Foi-lhe concedido o Prémio Nobel da Química de 1949, pelas suas pesquisas no campo da química termodinâmica, particularmente sobre comportamentos químicos de substâncias em temperaturas extremamente baixas".

Manuel Alegre (Águeda, 12 de Maio de 1936). Manuel Alegre de Melo Duarte é um escritor e político português. Filho de Francisco José de Faria e Melo Ferreira Duarte, que jogou na Académica e foi campeão de atletismo, e de sua mulher Maria Manuela Alegre de Melo Duarte, a sua família tem referências na política — um dos seus ascendentes esteve nas revoltas contra D. Miguel I, tendo sido decapitado na Praça Nova do Porto - e no desporto — o próprio Manuel Alegre sagrou-se campeão nacional de natação e foi atleta internacional da Associação Académica de Coimbra nessa modalidade. A sua infância e juventude encontram-se retratadas no romance Alma (1995).  À excepção dos primeiros estudos, feitos em Águeda, frequentou diversos estabelecimentos de ensino, começando no Passos Manuel, em Lisboa e concluindo os estudos secundários no Liceu Central Alexandre Herculano, no Porto. Aí fundou, com José Augusto Seabra, o jornal Prelúdio. Além da actividade política, saliente-se o seu proeminente labor literário, quer como poeta, quer como ficcionista. Entre os seus inúmeros poemas musicados contam-se a Trova do vento que passa, cantada por Adriano Correia de Oliveira, Amália Rodrigues, entre muitos outros. Reconhecido além fronteiras, é o único autor português incluído na antologia "Cent poemes sur l'exil", editada pela Liga dos Direitos do Homem, em França (1993). Em Abril de 2010, a Universidade de Pádua, em Itália, inaugurou a Cátedra Manuel Alegre, destinada ao estudo da Língua, Literatura e Cultura Portuguesas. Pelo conjunto da sua obra recebeu, entre outros, o Prémio Pessoa. (1999) e o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1998). É sócio-correspondente da Classe de Letras da Academia das Ciências de Lisboa, eleito em 2005. 
 

Stefano Modena (Modena, 12 de Maio de 1963) é ex-automobilista italiano de Fórmula 1. Em 1987 sagrou-se Campeão Internacional de Fórmula 3000 e estreou, em 15 de Novembro do mesmo ano, na Fórmula 1 pilotando uma Brabham com motor BMW no Grande Prémio da Austrália, última etapa do campeonato na vaga deixada por Riccardo Patrese, que foi para a Williams. No ano de 1988 correu pela equipa EuroBrun, obtendo como melhor resultado uma 11ª primeira posição no Grande Prémio da Hungria. Nos dois anos seguintes correu pela Brabham, onde conquistou um 3º lugar no Grande Prémio de Mónaco de 1989. Em 1991, pilotou para a equipe Tyrrell, tendo conseguido o melhor resultado de sua carreira, um 2º lugar no Grande Prémio do Canadá. No ano de 1992 encerrou a sua carreira correndo pela Jordan na última prova do ano, o Grande Prémio da Austrália, marcando 1 ponto, o único conquistado pelo piloto e para a equipa. Em 81 corridas, marcou 17 pontos e subiu ao pódio duas vezes. Entre os anos de 1993 3 2000, participou de provas de carros de turismo na Itália e Alemanha. Actualmente, é piloto de testes da fábrica de pneus Bridgestone.



Morreram neste dia

 
- Papa Sérgio IV - (Pietro Buccaporci). Papa da Igreja Cristã Romana (1009-1012) nascido em Roma, eleito em de julho (1009) como sucessor de João XVIII (1003-1009) após a renúncia ao pontificado deste, que embora tenha sido eleito com o apoio da família dos Crescêncios, poderosa elite de políticos de Roma, não se submeteu aos seus interesses. Filho de sapateiro de Roma, seguiu a carreira eclesiástica e rapidamente subiu na hierarquia da Igreja e tornou-se bispo de Albano (1004). Consagrado no trono de São Pedro, manteve boas relações com os imperadores do Oriente e do Ocidente, mas seus anos de pontificado foram ofuscados pela política opressora de Crescêncio, prefeito de Roma. Tentou, sem conseguir, estabelecer um pouco de ordem moral entre os bispos e abades, procurando moralizar o clero, e dedicou grande parte de seu tempo tentando ajudar os pobres. Convenceu os príncipes italianos a se aliarem contra os sarracenos para salvar o Santo Sepulcro. No campo estritamente católico, reconheceu o Milagre Eucarístico de Ivorra, Cataluña, España, (1010) e autorizou o culto e a veneração das prodigiosas relíquias. Papa de número 143 salvou o Santo Sepulcro da destruição e faleceu em 12 de maio (1012), em Roma, e foi sucedido por Benedito VIII (1012-1024). Foi enterrado dentro da Basílica de Latrão e, às vezes, é venerado como santo pelos beneditinos.


- Santa Joana de Portugal (6 de Fevereiro de 1415 — 12 de Maio de 1490). Também chamada Santa Joana Princesa,  da Casa de Avis, filha do rei D. Afonso V e de sua primeira mulher, a rainha D. Isabel. Chegou a ser jurada Princesa Herdeira da Coroa de Portugal, título que manteve até ao nascimento do seu irmão, o futuro rei  D. João II. Foi regente do reino em 1471, por altura da expedição de D. Afonso V a Arzila. Foi também uma grande apoiante do seu irmão, o rei D. João II. É reconhecida pela Igreja Católica apenas como Beata, tendo sido beatificada em 1693 pelo Papa Inocêncio XII, sendo a sua festa a 12 de Maio. E o Papa Paulo VI, a 5 de Janeiro de 1965, declarou-a especial protectora da cidade de Aveiro. Após recusar veementemente várias propostas de casamento, Joana juntou-se ao convento dominicano de Jesus, em Aveiro em 1475. Seu irmão, até então, foi dado um herdeiro, para que a linha da família não estivesse mais em perigo de extinção. Ainda assim, ela foi obrigada várias vezes para deixar o convento e voltar à corte. Ela recusou uma proposta de casamento de Carlos VIII de França, 18 anos mais novo que ela. Em 1485, ela recebeu outra oferta, do recém-viúvo Ricardo III de Inglaterra, que era apenas oito meses mais novo. Este era para ser parte de uma aliança de casal conjugal, com sua sobrinha Isabel de Iorque se casar com seu primo, o futuro D. Manuel I. No entanto, sua morte em combate, do qual Joana supostamente teve um sonho profético, suspendeu esses planos. Joana nunca chegou a professar votos de freira dominicana por ser princesa real e potencial herdeira do trono. No entanto viveu a maior parte da sua vida no Convento de Jesus de Aveiro, desde 1475 até à sua morte, seguindo em tudo a regra de vida e estilo das monjas. 


- Edme Mariotte (Dijon, Bourgogne, ca 1620 — Paris, 12 de Maio de 1684) foi um cientista e abade francês que se destacou principalmente no campo da Física e também publicou estudos sobre Fisiologia vegetal. Mariotte foi o iniciador da Física experimental na Europa. Membro activo da Académie des Sciences, quase desde a sua fundação em 1666 até a sua morte, Edme Mariotte dedicou-se à mecânica dos sólidos, óptica, hidrodinâmica, mecânica dos fluidos e previsão do tempo.  O seu nome está associado ao de Boyle no estudo dos gases e da lei que tem o seu nome. Mariotte mostrou que, a temperatura constante, os volumes ocupados por uma mesma massa de gás ideal são inversamente proporcionais às pressões que suporta. É a Boyle que, em 1661, se deve o primeiro estudo quantitativo em amostras de gás a pressões superiores à pressão atmosférica. Alguns anos depois, Mariotte repetiu as experiências de Boyle e alargou-as para pressões inferiores à pressão atmosférica. Daí a lei que estuda esta propriedade dos gases ser conhecida por lei de Boyle-Mariotte.Mariotte desenvolveu e publicou também outros trabalhos importantes nas áreas de mecânica, capilaridade, estática e dinâmica dos fluidos. 


Irena Sendler, polaca activista, defensora dos Direitos Humanos, a quem chamaram “o anjo do Gueto de Varsóvia” e a “mãe das crianças do Holocausto”. Ajudou a salvar cerca de 2500 crianças da morte, na II Guerra Mundial. Colocou a sua própria vida em risco, para transportar alimentos, roupas e medicamentos a pessoas que se encontravam barricadas no Gueto, depois da invasão da Alemanha Nazi, em 1939. Assistente Social em Varsóvia, Irena Sendler trabalhava com enfermeiras e organizava espaços de refeição comunitários da cidade polaca. Em 1942, quando os nazis criaram o Gueto de Varsóvia, Irena pôde testemunhar as condições sub-humanas dos residentes no local, para salvar crianças da morte. O receio que os alemães tinham em contrair epidemias abriu a Irena Sendler uma janela para criar uma equipa de controlo de doenças como o tifo, mas com o real propósito de ajudar as crianças. Propôs às famílias levar os filhos para fora do gueto. Muitas mães negaram-se a entregar as crianças por medo. E quando Irena regressava para tentar convencê-las, já não as encontrava, porque tinham sido levadas para os campos de execução. Ao longo de um ano e meio, até à evacuação do gueto, no verão de 1942, Irena resgatou cerca de 2500 crianças, por diversas vias. Recolheu-as em ambulâncias como vítimas de tifo, escondidas em sacos, cestos de lixo, caixas de ferramentas, carregamentos de mercadorias, sacos de batatas e até caixões. Irena Sendler morreu a 12 de maio de 2008, com 98 anos.