FELIZ ANO NOVO, AMIGOS!
31/12/2011
Interditar a educação às mulheres
Impedir a educação das mulheres, para melhor as subjugar, fechando-lhes as escolas e não as deixando sequer aprender a ler, é uma norma nos países fundamentalistas islâmicos. A Hoshyar Foundation foi criada para combater a iliteracia. Para ajudar basta passar o vídeo e partilhá-lo com os amigos.
25/12/2011
11111 - Resultado do Sorteio
A Capicua 11111 chegou às 19.55.51, do dia 25 de Dezembro de 2011, Dia de Natal. Conheçam os felizes contemplados e os seus comentários. Agradeço a todos os que participaram neste passatempo e mostraram curiosidade pelo meu trabalho,. Fiquei deliciada com os vossos comentários. Bem hajam.
Para ver em 11111 - Resultado do Sorteio.
Para ver em 11111 - Resultado do Sorteio.
Ainda o Sorteio
Feliz Natal! Feliz Natal! Feliz Natal! Tenho pena de não ter chegado à Capicua dos 111111 visitantes ontem - ainda faltam 33 -, mas entre hoje e amanhã já devo fazer o sorteio e oferecer os dois livros. Ainda estão a tempo de concorrer com o vosso comentário e escolha da obra. Aqui: http://deanabarroqueiro.blogspot.com/2011/12/quase-11111-visitantes-sorteio-de-livro.html
24/12/2011
Bom Natal e melhor Ano Novo
Feliz Natal e um Ano de 2012 mais luminoso e sereno, para todos os meus amigos, virtuais e reais, antigos e recentes, que têm passado por este blogue e me têm acarinhado com tanta amizade. Quero-vos todos felizes, nem que seja por pequenas coisas, embora desejando que vos aconteçam grandes coisas.
Foto "Árvore de Livros" retirada da Internet
23/12/2011
Faltam 111 para os 11111 do Sorteio
Faltam 111 visitas para a capicua 11111, do sorteio dos livros! Toca a visitar a Página antes do Natal! Em Deana Barroqueiro
22/12/2011
A Solução Final
Os nossos governantes reconhecem a sua incompetência para resolver as dificuldades do país, pois não vêem outra solução que não seja mandar os jovens emigrarem para a África e o Brasil; ou promover o desemprego, sacar os subsídios e as reformas miseráveis aos que trabalham para o Estado; aumentar os custos da saúde, diminuir as ajudas às famílias e subir os impostos (faltando a todos os compromissos que tinham assumido com o seu eleitorado - e o "outro" é que era mentiroso?) e, depois de tudos isto, ameaçam ainda com mais medidas de austeridade.
Em vez de nos condenarem a uma espécie de morte lenta em campo de concentração, talvez seja melhor pensarem numa "Solução Final" (já outros o fizeram ao longo da História) e dar um rápido sumiço aos que estão a mais na República Portuguesa - a começar pelo meu grupo etário, o dos reformados, que tanto ensombra e desagrada aos jovens governantes; os doentes crónicos e deficientes, os que não querem trabalhar e todos aqueles que querem trabalhar mas não acham onde. Os que já são velhos para que os empreguem e, ao mesmo tempo, demasiado novos para se reformarem.
Mas tenham cuidado em não se desembaraçarem aqueles "velhos" que cuidam dos pais idosos e também dos filhos de 20,30 e até de 40 anos que não acham emprego. É que estes até podem fazer falta...
A Troika e a Sra. Angela Merkel e uma entidade abstracta Toda-Poderosa chamada Mercado decidiram que este país é uma espécie de quinta arruínada (apesar do seu historial de muitos séculos), um lixo que, com a sua pobreza, a preguiça e os gastos desmedidos dos seus habitantes, polui e sobrecarrega a trabalhadora, produtiva e rica Europa do Norte e do Centro. Então, embora sem legitimidade para o fazerem, depois de ajudarem a empenhar a dita "quintarola" com juros de agiotas e negócios ruinosos destinados a afundarem-na, servem-se agora dos seus governantes subservientes, medíocres e incompetentes, como seus capatazes, os quais, sob as suas ordens, estalam os chicotes nos lombos da população.
De colonizadores passámos a colonizados, voltámos a ser os índios e os cafres marginais para uma Europa arrogante, governada por políticos igualmente medíocres, incapazes de concertarem uma soluçao para o seu descalabro. Já ganhávamos menos, tínhamos pior poder de compra e menos oportunidades de um futuro risonho do que todos os países da Europa rica, a começar pela nossa vizinha Espanha. Porém, neste momento, para eles já não somos sequer uma nação independente, somos pobres de pedir, lixo de que gostariam de se livrar. E os nossos governantes aceitam este tratamento, abanando a cauda e lambendo a mão que os maltrata. E são mais troikistas do que a Troika, no esmagamrento dos seus compatriotas, decerto para ficarem bem na fotorafia, ao lado dos "poderosos" credores. Mas, façam o que fizerem, continuamos a ser lixo e a estar no fim dos rankings.
Decerto que se cometeram erros, nesta terra, se desperdiçou muito dinheiro, se entrou num regime de esquemas e golpaças, mas o exemplo vinha de cima, de quem nos governava, da corrupção camuflada ou às claras, das várias clientelas políticas que nos governaram alternadamente ou associadas, e se governavam em vez de governarem o país.
Assim, para endireitar as Finanças que os mesmos, sempre os mesmos, ajudaram a entortar, há que poupar dinheiro a qualquer custo. Em vez de o fazerem com programas pensados para serem sustentáveis a longo prazo e relançarem a economia, sem descurarem a justiça social, optam pela solução mais fácil e primária: o saque aos ordenados, às pensões, às ajudas dos custos de saúde e da família daqueles que descontaram toda a vida para essas reformas, para a doença, para a educação dos filhos e que pagam sempre todas as crises.
Desemprego e perda de direitos - não de privilégios, que esses não devem existir -, empobrecimento da população, fazendo dos pobres miseráveiis e da classe média os novos pobres, convertendo os trabalhadores em escravos do patronato, amansados pelo medo do chicote e de se verem na rua, será essa a solução para recuperar a economia do país? Ou para haver uma minoria de gente cada vez mais rica à custa da miséria do resto da população?
Em vez de nos condenarem a uma espécie de morte lenta em campo de concentração, talvez seja melhor pensarem numa "Solução Final" (já outros o fizeram ao longo da História) e dar um rápido sumiço aos que estão a mais na República Portuguesa - a começar pelo meu grupo etário, o dos reformados, que tanto ensombra e desagrada aos jovens governantes; os doentes crónicos e deficientes, os que não querem trabalhar e todos aqueles que querem trabalhar mas não acham onde. Os que já são velhos para que os empreguem e, ao mesmo tempo, demasiado novos para se reformarem.
Mas tenham cuidado em não se desembaraçarem aqueles "velhos" que cuidam dos pais idosos e também dos filhos de 20,30 e até de 40 anos que não acham emprego. É que estes até podem fazer falta...
A Troika e a Sra. Angela Merkel e uma entidade abstracta Toda-Poderosa chamada Mercado decidiram que este país é uma espécie de quinta arruínada (apesar do seu historial de muitos séculos), um lixo que, com a sua pobreza, a preguiça e os gastos desmedidos dos seus habitantes, polui e sobrecarrega a trabalhadora, produtiva e rica Europa do Norte e do Centro. Então, embora sem legitimidade para o fazerem, depois de ajudarem a empenhar a dita "quintarola" com juros de agiotas e negócios ruinosos destinados a afundarem-na, servem-se agora dos seus governantes subservientes, medíocres e incompetentes, como seus capatazes, os quais, sob as suas ordens, estalam os chicotes nos lombos da população.
De colonizadores passámos a colonizados, voltámos a ser os índios e os cafres marginais para uma Europa arrogante, governada por políticos igualmente medíocres, incapazes de concertarem uma soluçao para o seu descalabro. Já ganhávamos menos, tínhamos pior poder de compra e menos oportunidades de um futuro risonho do que todos os países da Europa rica, a começar pela nossa vizinha Espanha. Porém, neste momento, para eles já não somos sequer uma nação independente, somos pobres de pedir, lixo de que gostariam de se livrar. E os nossos governantes aceitam este tratamento, abanando a cauda e lambendo a mão que os maltrata. E são mais troikistas do que a Troika, no esmagamrento dos seus compatriotas, decerto para ficarem bem na fotorafia, ao lado dos "poderosos" credores. Mas, façam o que fizerem, continuamos a ser lixo e a estar no fim dos rankings.
Decerto que se cometeram erros, nesta terra, se desperdiçou muito dinheiro, se entrou num regime de esquemas e golpaças, mas o exemplo vinha de cima, de quem nos governava, da corrupção camuflada ou às claras, das várias clientelas políticas que nos governaram alternadamente ou associadas, e se governavam em vez de governarem o país.
Assim, para endireitar as Finanças que os mesmos, sempre os mesmos, ajudaram a entortar, há que poupar dinheiro a qualquer custo. Em vez de o fazerem com programas pensados para serem sustentáveis a longo prazo e relançarem a economia, sem descurarem a justiça social, optam pela solução mais fácil e primária: o saque aos ordenados, às pensões, às ajudas dos custos de saúde e da família daqueles que descontaram toda a vida para essas reformas, para a doença, para a educação dos filhos e que pagam sempre todas as crises.
Desemprego e perda de direitos - não de privilégios, que esses não devem existir -, empobrecimento da população, fazendo dos pobres miseráveiis e da classe média os novos pobres, convertendo os trabalhadores em escravos do patronato, amansados pelo medo do chicote e de se verem na rua, será essa a solução para recuperar a economia do país? Ou para haver uma minoria de gente cada vez mais rica à custa da miséria do resto da população?
19/12/2011
O Acordo Tortográfico
O Acordo Tortográfico
por Miguel Esteves Cardoso, 1986
(É longo mas vale a pena ler)
Como os filólogos da República da Guiné-Bissau não puderam estar presentes na recente reunião para o Novo Acordo Ortográfico, estamos todos à espera da sua ratificação para saber como é que nós, os Portugueses, vamos escrever a nossa própria língua. E esta? De qualquer modo, os grandes peritos de São Tomé e Príncipe, de Angola, do Brasil e dos outros países de «expressão oficial portuguesa» já se pronunciaram. A República da Guiné-Bissau, porém, também terá a sua palavra a dizer. Muito provavelmente, uma palavra escrita à maneira deles; mas não faz mal. Nas palavras de Fernando Cristóvão, 1986 é o ano que marca a nascença da lusofonia. A grandiosa lusofonia está, obviamente, acima da mera língua portuguesa.
A lusofonia é uma espécie de estereofonia, só que é melhor. A estereofonia funciona com dois altifalantes, enquanto a lusofonia funciona com mais de cem milhões. Para mais, os falantes da lusofonia têm a vantagem de ser feitos na África e na América do Sul, o que lhes confere uma sonoridade nova e exótica. Para instalar uma aparelhagem lusofónica devidamente apetrechada, são necessários complicados componentes tupis, quimhomguenses, umbandinos e macuas. Enfim, coisas que não se fabricam na nossa terra. A partir de 1986, todos os povos a quem uma vez chegou a língua portuguesa podem contar com um lusofone em casa. Um lusofone é um aparelho que permite a qualquer indígena falar e escrever perfeitamente esta nova e excitante língua, que poderá passar a chamar-se o brutoguês.
Para haver lusofonia, nada pode ser como dantes. Os Lusíadas passarão a conhecer-se por Os Lusofoníadas. Se dantes havia a língua portuguesa e a sua particular ortográfica, agora passa a haver a língua brutoguesa e a sua ainda mais particular tortografia. A tortografia, conforme se estabeleceu no Acordo Lusofónico de 1986, consiste em escrever tudo torto. As bases da tortografia assentam numa visão bruta da fonética. Por outras palavras, se a lusofonia é uma cacofonia de expressão oficial brutoguesa, a tortografia consiste fundamentalmente no conceito da cacografia. Dantes, cada país exercia o direito inalienável de escrever a língua portuguesa como queria. As variações ortográficas tinham graça e ajudavam a estabelecer a identidade cultural de cada país. Agora, com o Acordo Tortográfico, a diferença está em serem os Portugueses a escreverem como todos os outros países querem. Como todos os países passam a escrever como todos querem, nenhum país pode escrever como ele, sozinho, quer.
As ortografias tupis e crioulas, macumhenses e fanchôlas passarão a escrever-se direito por letras tortas. O Prontuário passa a escrever-se «Prontuario», rimando com «desvario» e «CUF-Rio». O Abecedário passa a escrever-se «Abecedario», em homenagem a Dario, grande Imperador da Pérsia, que, por sua vez, se vai escrever «Persia», para rimar com «aprecia», já que qualquer persa aprecia uma homenagem, mesmo que seja só uma simples omenagem. Já dizia acentuadamente Fernando Pessoa que «a minha pátria é a língua portuguesa». Agora passa a dizer desacentuadamente «a minha patria é a lingua portuguesa», em que «patria» deixa de ser anomalia e «lingua» é mesmo assim, nua e crua.
Será possível imaginar os ilustres filólogos de Cabo Verde a discutir minúcias de etimologia grega com os seus congéneres de Moçambique? Imagine-se o seguinte texto, em que as palavras sublinhadas serão obrigatoriamente (para não falar nas grafias facultativas) escritas pelos Portugueses, caso o Acordo seja aprovado: «A adoção exata deste acordo agora batizado é um ato otimo de coonestação afrolusobrasileiria, com a ajuda entreistorica dos diretores linguisticos sãotomenses e espiritossantenses. Alguns atores e contraalmirantes malumorados, que não sabem distinguir uma reta de uma semirreta, dizem que as bases adotadas são antiistoricas, contraarmonicas e ultraumanas, ou, pelo menos, extraumanas.
«No entanto, qualquer superomem aceita sem magoa que o nosso espirito hiperumano, parelenico e interelenico é de grande retidão e traduz uma arquiirmandade antiimperialista. Se a eliminação dos acentos parece arquiiperbolica e ultraoceanica, ameaçando a prosodia da poesia portuguesa e dificultando a aprendizagem da lingua, valha-nos santo Antonio, mas sem mais maiúscula.» A escrever «O mano, que é contraalmirante, não se sabe mais nada, mas não e sobreumano»? O que é que deu nos gramáticos de além-mar (ou escrever-se-á alemar?)? A tortografia será uma doença tropical assim tão contagiosa?
Os Portugueses, no fundo, assinaram um Pacto Ortográfico que soube a Pato. Ninguém imagina os Espanhóis, os Franceses ou os Ingleses a lançarem-se em acordos tortográficos, a torto e a direito, como os Portugueses. Cada país – seja Timor, seja o Brasil, seja Portugal – tem o direito e o dever de deixar desenvolver um idioma próprio, Portugal já tem uma língua e uma ortografia próprias. Há já bastante tempo. O Brasil, por sua vez, tem conseguido criar um idioma de base portuguesa que é riquíssimo e que se acrescenta ao nosso. Os países africanos que foram colónias nossas avançam pelo mesmo caminho. Tentar «uniformizar» a ortografia, em culturas tão diversas, por decretos aleatórios que ousam passar por cima dos misteriosos mecanismos da língua, traduz um insuportável colonialismo às avessas, um imperialismo envergonhado e bajulador que não dignifica nenhuma das várias pátrias envolvidas. É uma subtracção totalitária.
A ortografia brasileira tem a sua razão de ser, e a sua identidade própria. Quando lemos um livro brasileiro, desde um «Pato Donald» ao Guimarães Rosa, essas variações são perfeitamente compreensíveis. Até achamos graça, como os Brasileiros acham graça à nossa. Tentar «uniformizar» artificialmente a ortografia, para além das bases mínimas da Convenção de 1945, é da mesma ordem de estupidez que pretender que todos aqueles que falam português falem com a pronúncia de Celorico ou de Salvador da Bahia. É ridículo, é anticultural e é humilhante para todos nós. Se não tivessem já gozado, era caso para mandá-los gozar com o Camões.
Imaginem-se os biliões de cruzeiros, escudos, meticais, patacas e outras moedas que vai custar a revisão ortográfica de todos os livros existentes. Imagine-se o distanciamento escusado que se vai causar junto das gerações futuras, quando tentarem ler escorreitamente os livros do nosso tempo. Sobretudo, imagine-se a desautorização e a relativização que o acordo implica. Amanhã, uma criança há-de escrever esperanssa e quando for chamada à atenção, dirá «Tanto faz, que estão sempre a mudar, e qualquer dia desaparecem os cês cedilhados». Ou responderá, muito simplesmente: «Pai, mas é assim que se escreve em Cabo Verde!»
A língua portuguesa nasceu do latim – toda a gente sabe. Um dia, a língua brasileira, e a língua são-tomense, e a língua angolana serão também línguas novas e fresquinhas que nasceram da língua portuguesa. Ninguém há-de respeitar menos a língua por causa disso. (Nós também não desrespeitamos o latim.) As línguas são indissociáveis das culturas e das histórias nacionais, e elas são diferentes em todos os países que hoje falam português à maneira deles. A maneira deles é a maneira deles, e a nossa é a nossa. A única diferença é que Portugal já há muito achou a sua própria maneira, tanto mais que a pôde ensinar a outros povos, e é um ultraje e um desrespeito pretender que passemos a escrever como os Moçambicanos ou como os Brasileiros. Eles são países novinhos. Nós somos velhinhos. E não faz sentido ensinar os velhinhos a dizer gugudadá, só para que possam «falar a mesma língua» que as criancinhas.
Sem império, Portugal tem ainda a dignidade de ter sido Império. Mas há um feitio mesquinho que se encontra em muitos portuguesinhos de meia-tigela, que consiste em ter medinho que as ex-colónias se esqueçam de nós. Estes acordos absurdos são sempre «ideia» dos Portugueses, armados em donos de uma língua. A verdadeira dignidade não é essa – é soltar a língua portuguesa pelo mundo fora, já que a sua flexibilidade é uma das suas maiores riquezas. Aquilo que já aconteceu – haver um português brasileiro, um português angolano, um português indiano – é prova gloriosa disso. Mas quando os Portugueses desejam meter-se na vida linguística dos outros, é natural que os outros também se metam na nossa. Os próprios participantes deste último Acordo parecem ter perdido completamente a cabeça, aceitando normas ortográficas disparatadas para a língua portuguesa de Portugal. Sem ingerências da nossa parte, seriam inaceitáveis as ingerências dos outros. O Acordo agora proposto ao Governo – que o Governo deveria ler muito cuidadosamente, antes de consigná-lo, entre saudáveis gargalhadas, ao caixote de lixo da história – é uma mistura diabólica e patética de extremo relaxamento ortográfico («Tudo vale, seja na Guiné, seja em Loulé») e de inadmissível sobranceria cultural («Tudo vale, mas nós é que temos de dar o aval»). Faz lembrar aqueles miúdos que dizem «Eu faço o que vocês disserem, desde que eu possa ser o chefe».
Dizem que é «mais conveniente». Mais conveniente ainda era falarmos todos inglês, que dá muito mais jeito. Ou esperanto. Dizem que a informática não tem acentos. É mentira. Basta um esforçozinho de nada, como já provaram os Franceses e já vão provando alguns programadores portugueses. Dizem que é mais racional. Mas não é racional andar a brincar com coisas sérias. A nossa língua e a nossa ortografia são das poucas coisas realmente sérias que Portugal ainda tem. É irracional querer misturar a política da língua com a língua da política.
O que vale é que, neste mesmo momento, muitos Portugueses – escritores, jornalistas e outros utentes da nossa língua – estão a organizar-se para combater esta inestética monstruosidade. Que graça tinha se se fizesse um Acordo Ortográfico e nenhum português, brasileiro ou cabo-verdiano o obedecesse. Isso sim, seria um acordo inteligente. Concordar em discordar é a verdadeira prova de civilização.
O Prontuário Ortográfico e Guia da Língua Portuguesa é uma pequena instituição nobre dos nossos dias, hoje ameaçada de perder três acentos de uma só penada pseudo-legislativa. Por trás das indicações úteis do Prontuário estão os labores recentes de grandes heróis nacionais como o Professor Rebelo Gonçalves e o Professor Gonçalves Viana. Os dois mais importantes livros do primeiro (o Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa e o Vocabulário da Língua Portuguesa), bem assim como as obras anteriores do segundo (a Ortografia Nacional e o Vocabulário Ortográfico e Remissivo) são peças fundamentais de qualquer biblioteca.
Dos dois autores do Prontuário, Magnus Bergström e Neves Reis, é o primeiro o mais misterioso. Circulam a respeito dele lendas importantes. Para uns, será um sábio islandês, isolado nalguma remota ilha polar, estudando afoitamente o emprego do hífen e as razões que levaram os gramáticos portugueses a abolir o trema. Para outros, Magnus Bergström é o pseudónimo de algum ilustre estudioso português, ansioso por não ver o seu nome académico associado a um mero prontuário.
Seja como for, o Prontuário editado pela Editorial Notícias tem conseguido levar a melhor sobre os rivais, num campo onde os Portugueses sempre foram bons e aplicados. Quando aparecer, o Prontuário Tortográfico e Guia do Linguajar Brutoguês, o nosso Prontuário acentuadamente nosso há-de lhe limpar sumariamente o sebo.
(Miguel Esteves Cardoso)
Subscrevo todo este texto. E também não dispenso o Prontuário de Magnus Bergstrom e Neves Reis, que sempre me tirou qualquer dúvida de ortografia.
Espero não estar a violar os direitos de autor por transcrever o artigo que me enviaram por e-mail. Se o fiz, peço desculpa.
por Miguel Esteves Cardoso, 1986
(É longo mas vale a pena ler)
Como os filólogos da República da Guiné-Bissau não puderam estar presentes na recente reunião para o Novo Acordo Ortográfico, estamos todos à espera da sua ratificação para saber como é que nós, os Portugueses, vamos escrever a nossa própria língua. E esta? De qualquer modo, os grandes peritos de São Tomé e Príncipe, de Angola, do Brasil e dos outros países de «expressão oficial portuguesa» já se pronunciaram. A República da Guiné-Bissau, porém, também terá a sua palavra a dizer. Muito provavelmente, uma palavra escrita à maneira deles; mas não faz mal. Nas palavras de Fernando Cristóvão, 1986 é o ano que marca a nascença da lusofonia. A grandiosa lusofonia está, obviamente, acima da mera língua portuguesa.
A lusofonia é uma espécie de estereofonia, só que é melhor. A estereofonia funciona com dois altifalantes, enquanto a lusofonia funciona com mais de cem milhões. Para mais, os falantes da lusofonia têm a vantagem de ser feitos na África e na América do Sul, o que lhes confere uma sonoridade nova e exótica. Para instalar uma aparelhagem lusofónica devidamente apetrechada, são necessários complicados componentes tupis, quimhomguenses, umbandinos e macuas. Enfim, coisas que não se fabricam na nossa terra. A partir de 1986, todos os povos a quem uma vez chegou a língua portuguesa podem contar com um lusofone em casa. Um lusofone é um aparelho que permite a qualquer indígena falar e escrever perfeitamente esta nova e excitante língua, que poderá passar a chamar-se o brutoguês.
Para haver lusofonia, nada pode ser como dantes. Os Lusíadas passarão a conhecer-se por Os Lusofoníadas. Se dantes havia a língua portuguesa e a sua particular ortográfica, agora passa a haver a língua brutoguesa e a sua ainda mais particular tortografia. A tortografia, conforme se estabeleceu no Acordo Lusofónico de 1986, consiste em escrever tudo torto. As bases da tortografia assentam numa visão bruta da fonética. Por outras palavras, se a lusofonia é uma cacofonia de expressão oficial brutoguesa, a tortografia consiste fundamentalmente no conceito da cacografia. Dantes, cada país exercia o direito inalienável de escrever a língua portuguesa como queria. As variações ortográficas tinham graça e ajudavam a estabelecer a identidade cultural de cada país. Agora, com o Acordo Tortográfico, a diferença está em serem os Portugueses a escreverem como todos os outros países querem. Como todos os países passam a escrever como todos querem, nenhum país pode escrever como ele, sozinho, quer.
As ortografias tupis e crioulas, macumhenses e fanchôlas passarão a escrever-se direito por letras tortas. O Prontuário passa a escrever-se «Prontuario», rimando com «desvario» e «CUF-Rio». O Abecedário passa a escrever-se «Abecedario», em homenagem a Dario, grande Imperador da Pérsia, que, por sua vez, se vai escrever «Persia», para rimar com «aprecia», já que qualquer persa aprecia uma homenagem, mesmo que seja só uma simples omenagem. Já dizia acentuadamente Fernando Pessoa que «a minha pátria é a língua portuguesa». Agora passa a dizer desacentuadamente «a minha patria é a lingua portuguesa», em que «patria» deixa de ser anomalia e «lingua» é mesmo assim, nua e crua.
Será possível imaginar os ilustres filólogos de Cabo Verde a discutir minúcias de etimologia grega com os seus congéneres de Moçambique? Imagine-se o seguinte texto, em que as palavras sublinhadas serão obrigatoriamente (para não falar nas grafias facultativas) escritas pelos Portugueses, caso o Acordo seja aprovado: «A adoção exata deste acordo agora batizado é um ato otimo de coonestação afrolusobrasileiria, com a ajuda entreistorica dos diretores linguisticos sãotomenses e espiritossantenses. Alguns atores e contraalmirantes malumorados, que não sabem distinguir uma reta de uma semirreta, dizem que as bases adotadas são antiistoricas, contraarmonicas e ultraumanas, ou, pelo menos, extraumanas.
«No entanto, qualquer superomem aceita sem magoa que o nosso espirito hiperumano, parelenico e interelenico é de grande retidão e traduz uma arquiirmandade antiimperialista. Se a eliminação dos acentos parece arquiiperbolica e ultraoceanica, ameaçando a prosodia da poesia portuguesa e dificultando a aprendizagem da lingua, valha-nos santo Antonio, mas sem mais maiúscula.» A escrever «O mano, que é contraalmirante, não se sabe mais nada, mas não e sobreumano»? O que é que deu nos gramáticos de além-mar (ou escrever-se-á alemar?)? A tortografia será uma doença tropical assim tão contagiosa?
Os Portugueses, no fundo, assinaram um Pacto Ortográfico que soube a Pato. Ninguém imagina os Espanhóis, os Franceses ou os Ingleses a lançarem-se em acordos tortográficos, a torto e a direito, como os Portugueses. Cada país – seja Timor, seja o Brasil, seja Portugal – tem o direito e o dever de deixar desenvolver um idioma próprio, Portugal já tem uma língua e uma ortografia próprias. Há já bastante tempo. O Brasil, por sua vez, tem conseguido criar um idioma de base portuguesa que é riquíssimo e que se acrescenta ao nosso. Os países africanos que foram colónias nossas avançam pelo mesmo caminho. Tentar «uniformizar» a ortografia, em culturas tão diversas, por decretos aleatórios que ousam passar por cima dos misteriosos mecanismos da língua, traduz um insuportável colonialismo às avessas, um imperialismo envergonhado e bajulador que não dignifica nenhuma das várias pátrias envolvidas. É uma subtracção totalitária.
A ortografia brasileira tem a sua razão de ser, e a sua identidade própria. Quando lemos um livro brasileiro, desde um «Pato Donald» ao Guimarães Rosa, essas variações são perfeitamente compreensíveis. Até achamos graça, como os Brasileiros acham graça à nossa. Tentar «uniformizar» artificialmente a ortografia, para além das bases mínimas da Convenção de 1945, é da mesma ordem de estupidez que pretender que todos aqueles que falam português falem com a pronúncia de Celorico ou de Salvador da Bahia. É ridículo, é anticultural e é humilhante para todos nós. Se não tivessem já gozado, era caso para mandá-los gozar com o Camões.
Imaginem-se os biliões de cruzeiros, escudos, meticais, patacas e outras moedas que vai custar a revisão ortográfica de todos os livros existentes. Imagine-se o distanciamento escusado que se vai causar junto das gerações futuras, quando tentarem ler escorreitamente os livros do nosso tempo. Sobretudo, imagine-se a desautorização e a relativização que o acordo implica. Amanhã, uma criança há-de escrever esperanssa e quando for chamada à atenção, dirá «Tanto faz, que estão sempre a mudar, e qualquer dia desaparecem os cês cedilhados». Ou responderá, muito simplesmente: «Pai, mas é assim que se escreve em Cabo Verde!»
A língua portuguesa nasceu do latim – toda a gente sabe. Um dia, a língua brasileira, e a língua são-tomense, e a língua angolana serão também línguas novas e fresquinhas que nasceram da língua portuguesa. Ninguém há-de respeitar menos a língua por causa disso. (Nós também não desrespeitamos o latim.) As línguas são indissociáveis das culturas e das histórias nacionais, e elas são diferentes em todos os países que hoje falam português à maneira deles. A maneira deles é a maneira deles, e a nossa é a nossa. A única diferença é que Portugal já há muito achou a sua própria maneira, tanto mais que a pôde ensinar a outros povos, e é um ultraje e um desrespeito pretender que passemos a escrever como os Moçambicanos ou como os Brasileiros. Eles são países novinhos. Nós somos velhinhos. E não faz sentido ensinar os velhinhos a dizer gugudadá, só para que possam «falar a mesma língua» que as criancinhas.
Sem império, Portugal tem ainda a dignidade de ter sido Império. Mas há um feitio mesquinho que se encontra em muitos portuguesinhos de meia-tigela, que consiste em ter medinho que as ex-colónias se esqueçam de nós. Estes acordos absurdos são sempre «ideia» dos Portugueses, armados em donos de uma língua. A verdadeira dignidade não é essa – é soltar a língua portuguesa pelo mundo fora, já que a sua flexibilidade é uma das suas maiores riquezas. Aquilo que já aconteceu – haver um português brasileiro, um português angolano, um português indiano – é prova gloriosa disso. Mas quando os Portugueses desejam meter-se na vida linguística dos outros, é natural que os outros também se metam na nossa. Os próprios participantes deste último Acordo parecem ter perdido completamente a cabeça, aceitando normas ortográficas disparatadas para a língua portuguesa de Portugal. Sem ingerências da nossa parte, seriam inaceitáveis as ingerências dos outros. O Acordo agora proposto ao Governo – que o Governo deveria ler muito cuidadosamente, antes de consigná-lo, entre saudáveis gargalhadas, ao caixote de lixo da história – é uma mistura diabólica e patética de extremo relaxamento ortográfico («Tudo vale, seja na Guiné, seja em Loulé») e de inadmissível sobranceria cultural («Tudo vale, mas nós é que temos de dar o aval»). Faz lembrar aqueles miúdos que dizem «Eu faço o que vocês disserem, desde que eu possa ser o chefe».
Dizem que é «mais conveniente». Mais conveniente ainda era falarmos todos inglês, que dá muito mais jeito. Ou esperanto. Dizem que a informática não tem acentos. É mentira. Basta um esforçozinho de nada, como já provaram os Franceses e já vão provando alguns programadores portugueses. Dizem que é mais racional. Mas não é racional andar a brincar com coisas sérias. A nossa língua e a nossa ortografia são das poucas coisas realmente sérias que Portugal ainda tem. É irracional querer misturar a política da língua com a língua da política.
O que vale é que, neste mesmo momento, muitos Portugueses – escritores, jornalistas e outros utentes da nossa língua – estão a organizar-se para combater esta inestética monstruosidade. Que graça tinha se se fizesse um Acordo Ortográfico e nenhum português, brasileiro ou cabo-verdiano o obedecesse. Isso sim, seria um acordo inteligente. Concordar em discordar é a verdadeira prova de civilização.
O Prontuário Ortográfico e Guia da Língua Portuguesa é uma pequena instituição nobre dos nossos dias, hoje ameaçada de perder três acentos de uma só penada pseudo-legislativa. Por trás das indicações úteis do Prontuário estão os labores recentes de grandes heróis nacionais como o Professor Rebelo Gonçalves e o Professor Gonçalves Viana. Os dois mais importantes livros do primeiro (o Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa e o Vocabulário da Língua Portuguesa), bem assim como as obras anteriores do segundo (a Ortografia Nacional e o Vocabulário Ortográfico e Remissivo) são peças fundamentais de qualquer biblioteca.
Dos dois autores do Prontuário, Magnus Bergström e Neves Reis, é o primeiro o mais misterioso. Circulam a respeito dele lendas importantes. Para uns, será um sábio islandês, isolado nalguma remota ilha polar, estudando afoitamente o emprego do hífen e as razões que levaram os gramáticos portugueses a abolir o trema. Para outros, Magnus Bergström é o pseudónimo de algum ilustre estudioso português, ansioso por não ver o seu nome académico associado a um mero prontuário.
Seja como for, o Prontuário editado pela Editorial Notícias tem conseguido levar a melhor sobre os rivais, num campo onde os Portugueses sempre foram bons e aplicados. Quando aparecer, o Prontuário Tortográfico e Guia do Linguajar Brutoguês, o nosso Prontuário acentuadamente nosso há-de lhe limpar sumariamente o sebo.
(Miguel Esteves Cardoso)
Subscrevo todo este texto. E também não dispenso o Prontuário de Magnus Bergstrom e Neves Reis, que sempre me tirou qualquer dúvida de ortografia.
Espero não estar a violar os direitos de autor por transcrever o artigo que me enviaram por e-mail. Se o fiz, peço desculpa.
17/12/2011
Cesaria Evora - Sobras di distino
Despeço-me com saudade de Cesária de Évora, sem vontade de a deixar partir. Ficam-nos as Sobras do Destino, ingrato, e um poema que não retrata apenas Cabo Verde, mas também o nosso futuro.
16/12/2011
Capicua dos 11111 visitantes: Sorteio
Faltam 400 visitantes para a Capicua 11111 da minha Página Deana Barroqueiro. Gostava de sortear os livros antes do Natal. Onde andam os bons leitores que gostam de surpresas, desafios e sorteios? Já há uma trintena de participações, mas,terão de ser em maior número para haver mais de um contemplado. Toca a despachar o contador em: Quase 11111 Visitantes: Sorteio de Livros
11/12/2011
Sorteio de Livro(s)
Caros Amigos Leitores
O número de visitantes aproxima-se a passos largos da mágica capicua 11111 e eu gostaria de a atingir ou mesmo ultrapassar este mês de Dezembro, pelo Natal ou no fim do ano de 2011. Já que não posso apresentar uma nova obra, gostaria de sortear entre os amigos que visitarem a Página Deana Barroqueiro, um (ou dois, se o número de comentários o justificar) dos meus livros, como oferta pessoal, à escolha do contemplado (tal como fiz para este blogue).
Para se habilitarem ao sorteio, terão de visitar a página para escolher o livro que desejariam ter e postar um comentário com a indicação do título e a razão da vossa escolha, aqui: Quase 11111 visitantes: Sorteio de livro.
03/12/2011
Livros "Made by" Escritores Portugueses
Queridos amigos leitores
Sou defensora acérrima de que se deve comprar produtos portugueses, para ajudar a nossa economia, produtos de qualidade, claro, porque os temos muitas vezes melhores do que os importados; faço-o em relação à comida, à roupa, à louça e a tudo o mais de que necessite, incluindo... livros.
Não há melhor prenda para dar no Natal do que um livro!
E porque não um livro de um autor português?
Em vez de traduções de autores estrangeiros, porque não oferecer obras "made by" escritores portugueses, de igual ou superior qualidade?
Temos escritores brilhantes, de várias gerações, com estilos e em géneros tão diferentes que a escolha é infinita e facilmente encontrarão um livro capaz de agradar ao destinatário da vossa prenda. Sabem que é verdade o que digo, embora possam pensar que "estou a puxar a brasa à minha sardinha" e, de certo modo, têm razão.
Portugal é um país com gente talentosa e cheia de imaginação. Há obras e autores para todos os gostos e idades; e para todos os preços e bolsas, podem encontrá-los mais baratos do que muitas das bugigangas que se compram... por não sabermos o que
comprar. E, sem dúvida, que os autores nacionais agradecem.
Um livro é uma prenda mais pessoal, mais nobre e amiga, usa as palavras para comunicar connosco, quase sempre nos ensina algo - outro modo de ser ou de vida -, resiste à passagem do tempo, pode ser usada por outros e até passar de geração em
geração, como um património.
Desejo-vos um Bom Natal, apesar dos cortes (eu e o meu marido somos ambos"cortados") e da austeridade... que não é para todos.
Um carinhoso abraço para todos
Deana Barroqueiro
Sou defensora acérrima de que se deve comprar produtos portugueses, para ajudar a nossa economia, produtos de qualidade, claro, porque os temos muitas vezes melhores do que os importados; faço-o em relação à comida, à roupa, à louça e a tudo o mais de que necessite, incluindo... livros.
Não há melhor prenda para dar no Natal do que um livro!
E porque não um livro de um autor português?
Em vez de traduções de autores estrangeiros, porque não oferecer obras "made by" escritores portugueses, de igual ou superior qualidade?
Temos escritores brilhantes, de várias gerações, com estilos e em géneros tão diferentes que a escolha é infinita e facilmente encontrarão um livro capaz de agradar ao destinatário da vossa prenda. Sabem que é verdade o que digo, embora possam pensar que "estou a puxar a brasa à minha sardinha" e, de certo modo, têm razão.
Portugal é um país com gente talentosa e cheia de imaginação. Há obras e autores para todos os gostos e idades; e para todos os preços e bolsas, podem encontrá-los mais baratos do que muitas das bugigangas que se compram... por não sabermos o que
comprar. E, sem dúvida, que os autores nacionais agradecem.
Um livro é uma prenda mais pessoal, mais nobre e amiga, usa as palavras para comunicar connosco, quase sempre nos ensina algo - outro modo de ser ou de vida -, resiste à passagem do tempo, pode ser usada por outros e até passar de geração em
geração, como um património.
Desejo-vos um Bom Natal, apesar dos cortes (eu e o meu marido somos ambos"cortados") e da austeridade... que não é para todos.
Um carinhoso abraço para todos
Deana Barroqueiro
27/11/2011
Mercado de Natal no Campo Pequeno
MERCADO DE NATAL DO CAMPO PEQUENO - PRODUTOS PORTUGUESES
No início de Dezembro vai realizar-se na arena do Campo Pequeno uma mostra variada e de qualidade de produtos e ofícios portugueses, com entrada livre, onde se poderão adquirir artigos portugueses a preços bastante apelativos, em áreas tão diversas como o Vintage, Gourmet, Crafts, Biológico, Design, Artes Plásticas, Plantas, Nostalgia, Decoração, Cerâmica, Joalharia, Moda, Coleccionismo, Livros e Instituições de Solidariedade Social.
Filosofia:
Recriar o espírito dos mercados de outros tempos, onde se pode encontrar um pouco de tudo. Artigos devem ser portugueses ou maioritariamente manufacturados em Portugal, tradicionais ou contemporâneos e preferencialmente de autor. Artigos de qualidade a preços mais acessíveis.
Objectivos do Mercado de Natal:
Expositores:
Contribuir para a divulgação, estimulo e sustentabilidade de ofícios, artesãos e micro actividades produtivas nacionais, que pela sua reduzida dimensão têm muita dificuldade em dar-se a conhecer ao grande público de modo a poder apresentar e escoar as suas produções. Muitas destas actividades são construídas com admirável persistência, paixão, engenho e criatividade, nas mais variadas vertentes produtivas ou culturais, constituindo notáveis exemplos de inovação e criatividade nacionais.
Instituições de solidariedade sociaL:
Aproximar do grande público estas instituições (Unicef, Médicos do Mundo, entre outras) que neste período difícil que o país atravessa lutam diariamente com tantas dificuldades, permitindo às mesmas uma participação gratuita para divulgação e angariação de apoios e receitas extraordinárias.
Público:
Sensibilização para a aquisição de artigos portugueses, estimulando actividades da micro economia nacional, a preços bastante mais justos e vantajosos, com o estímulo adicional de a entrada ser livre.
Data: 2, 3, 4 e 5 de Dezembro de 2011 (6.ª a 2.ª F., inclusive)
Horário: 11:00 às 21:00 h
Local: Arena do Campo Pequeno + corredor interno da Praça
( piso da arena alcatifado, espaço coberto )
Expositores previstos: 100 a 120
Temas: Crafts, Biológico, Vintage, Design, Gourmet, Artes Plásticas, Plantas, Cerâmica, Nostalgia, Decoração, Joalharia, Moda, Coleccionismo, Livros e Solidariedade Social.
Entrada Livre
Para mais informação:
Luciana Megre: 96 - 614.17.84
Anabela Oliveira: 96 - 258.99.81
email: mercadocampopequeno@gmail.com
21/11/2011
Uma bela história de vida
Jerónimo de Sousa diz que veio para a política para servir e não para se servir dela. Vive com o seu ordenado de oficial metalúrgico e vale pela sua seriedade e pela sua palavra. Vale a pena ouvir a sua experiência de vida duríssima na infância, na fábrica, na guerra colonial, na política, que fez dele o homem que hoje é e não o deixa esquecer dos que vivem sacrificados, explorados e esquecidos pelos seus governantes.
La femme grillagée - A mulher encarcerada
Pierre Perret dedicou esta canção a todas as mulheres do mundo, a qual foi censurada. Segue aqui a minha tradução (quase literal) do poema.
A mulher em grades
Escutem a minha doce canção,
que Verlaine saberia fazer melhor,
ela deve ser discreta e leve,
um arrepio d’água sobre musgo.
É o lamento da esposa,
da mulher por trás da sua grade (rede, prisão)),
fazem-na viver na Idade Média.
Que a vergonha os manche (enlameie)
Quando uma mulher está por trás de grades,
Todas as mulheres são ultrajadas
Os homens lançaram-nas na obscuridade…
Ela nunca toma a palavra
Em público, não é o seu papel.
Ela é assustadiça, ela é submissa,
Nem pensar em beijá-la.
Ensinaram-na a submeter-se,
A não contrariar o seu senhor,
Ela só tem direito a alguns murmúrios,
De olhos baixos, postos na costura.
Refrão
Ela respeita a lei divina,
Que diz pela boca do homem,
Que o seu lugar é na cozinha,
E que ela é a sua besta de carga.
Nada de armar em sábia,
É melhor que seja ignorante.
O esposo diz que os seus estudos
São contrários aos seus deveres servis.
Refrão
A burqa austera até aos pés,
É o garante da sua decência,
Ela impede a concupiscência
Dos homens a quem poderia agradar.
Um olhar julgado impudico
Seria mortal para a cativa,
Ela poderia acabar queimada viva,
lapidada na praça pública.
Refrão
Mulheres, soltai as amarras,
Recusai esses costumes bárbaros.
Dizei não ao maniqueísmo,
Ao regresso ao obscurantismo.
Deitai fora esse triste moucharrabieh,
nascido de hábitos esclavagistas,
e em vez de usarem esse véu (voile),
parti, soltai as velas (voiles)
20/11/2011
Cusco e caminhos incas do Peru
Do Tratado dos Descobrimentos, de António Galvão, Século XVI: "No ano da era de 1525 foi Diego de Almagro da cidade de Cusco para as províncias de Ariquipa e Chile, que estão dali para cima da parte do Sul, até 30 graus de altura. E, neste ...caminho, por ser comprido, descobriram muita terra, passaram muita fome, frio, trabalho, grandes neves e geadas, que há tantas naquelas partes, que dizem que os rios não correm senão depois do sol fora e alto dia, que as derrete, pela qual causa lhe morreram muitos cavalos e homens enregelados".
As minhas andanças pelo maravilhoso Peru, para ver Aqui
19/11/2011
Um livro para a visitante 11.111
Caríssimos amigos
Como o meu desafio para o prémio do Visitante 11.111 foi feito muito em cima do acontecimento, não tive comentários neste post e ninguém se apresentou como o Nº da Sorte. Mas, decidi "premiar" a simpatia de um dos amigos que se manifestaram no Facebook. Do sorteio dos papelinhos com os nomes, saiu o de Margarida Duarte, que não conheço pessoalmente, mas gostaria de conhecer.
Portanto, Margarida, se quiser receber um dos meus romances à sua escolha, pode combinar um encontro comigo, para eu lho entregar pessoalmente ou pode dar-me o seu endereço e eu envio-lho por correio.
Parabéns, querida amiga, e muito obrigada aos restantes amigos pelo carinho.
Deana Barroqueiro
18/11/2011
Quase 11.111 visitantes e um livro a sortear
PRÉMIO
Caros amigos, o blogue Deana Barroqueiro Conversa com os Leitores está prestes a atingir a mágica capicua de 11.111 visitas. Estou espantada e gratíssima a todos os que têm passado por aqui e conversado comigo. Gostaria de retribuir simbolicamente o carinho que me têm dado e, como não conseguirei saber quem será o visitante nº 11.111 para o presentear com um dos meus livros à sua escolha, oferecê-lo-ei àquele que escrever neste post o comentário mais interessante ou original, até à 24 horas do dia em que esse número for atingido (e ultrapassado. O livro será entregue por mim, se for fisicamente possível, ou enviado para casa do premiado.
Cá os espero, com muito carinho.
Apressem-se porque o número 11.111 está quase a ser atingido!
Caros amigos, o blogue Deana Barroqueiro Conversa com os Leitores está prestes a atingir a mágica capicua de 11.111 visitas. Estou espantada e gratíssima a todos os que têm passado por aqui e conversado comigo. Gostaria de retribuir simbolicamente o carinho que me têm dado e, como não conseguirei saber quem será o visitante nº 11.111 para o presentear com um dos meus livros à sua escolha, oferecê-lo-ei àquele que escrever neste post o comentário mais interessante ou original, até à 24 horas do dia em que esse número for atingido (e ultrapassado. O livro será entregue por mim, se for fisicamente possível, ou enviado para casa do premiado.
Cá os espero, com muito carinho.
Apressem-se porque o número 11.111 está quase a ser atingido!
Pigeon Impossible
Para se divertirem, nestes tempos de crise, vejam este James Bond insólito, numa animação fabulosa, que me enviou o meu amigo Luís Pinto. Será que um agente destes nos podia salvar da Troika e dos nossos Governantes?
17/11/2011
Gerald Celente: Acabemos com esta farsa de demoracia
Alguns dos auto-denominados líderes europeus têm proposto afastar a Grécia da Zona Euro (e outros membros economicamente mais fracos). Muitos dizem que esta é uma tentativa desesperada para ajudar a salvar a moeda em colapso e outros tantos acreditam que a Grécia é o bode expiatório para um problema muito maior.
Gerald Celente, editor do The Trends Journal, dá-nos a sua opinião acerca deste tema, sem papas na língua, mostrando como os cidadãos, em vez de serem servidos pelos políticos que elegeram, se tornaram vítimas e peões nos jogos do poder, onde muito poucos enriquecem à custa de muitos.
Vale mesmo a pena ver e ouvir atentamente até ao fim e meditar neste conceito de Democracia, corrompido, desprovido de ideologia e de ética, defendido pelos nossos (e os globais) governantes.
Gerald Celente, editor do The Trends Journal, dá-nos a sua opinião acerca deste tema, sem papas na língua, mostrando como os cidadãos, em vez de serem servidos pelos políticos que elegeram, se tornaram vítimas e peões nos jogos do poder, onde muito poucos enriquecem à custa de muitos.
Vale mesmo a pena ver e ouvir atentamente até ao fim e meditar neste conceito de Democracia, corrompido, desprovido de ideologia e de ética, defendido pelos nossos (e os globais) governantes.
07/11/2011
O Irão, o cinema e a repressão das mulheres
A repressão dos regimes muçulmanos é esmagadora e impeditiva de toda e qualquer manifestação de arte. Para criarem as suas obras, os artistas têm de se refugiar no Ocidente ou recorrer a ardis para as darem a conhecer ao mundo, arriscando-se muitas vezes a longos anos de prisão, como podeis ver nestes excertos de um artigo sobre o realizador Jafar Panahi, que está a passar nos nossos cinemas.
Para ver no meu blogue Romance da Bíblia.
06/11/2011
Frases para despertar os distraídos
Palavras da filósofa russo-americana Ayn Rand:
“Quando perceberes que, para produzir, precisas obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovares que o dinheiro flui para quem negoceia não com bens, mas com favores; quando perceberes que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho e que as leis não nos protegem deles mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de ti; quando perceberes que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderás afirmar, sem temor de errar, que a tua sociedade está condenada”.
Enviado por Fernando Bentes
29/10/2011
Sou uma sexalescente realizada!
Queridos Amigos:
Tenho 66 anos e, neste conturbado e maravilhoso Século XXI em que adoro viver, conheci hoje a palavra que classifica deliciosamente o grupo etário a que eu e o meu marido pertencemos: Os Sexalescentes.
Se sofrer um acidente na rua e a notícia sair nos jornais, prefiro mil vezes que o jornalista, em vez de dizer como de costume, "uma sexagenária" (quase sempre sem nome) foi atropelada", me refira como "uma sexalescente" mesmo anónima. É mais fresco e tem mais graça.
Vem isto a propósito de um texto que me enviaram, cujo autor desconheço mas que presumo ser uma sexalescente, com que me identifico muito, e estou segura de que o mesmo acontecerá com muitos dos meus Amigos/Leitores, que pertencem a este grupo aqui tão bem caracterizado.
Também eu, ao reformar-me, pude dedicar-me a tempo inteiro à minha escrita e realizar-me em plenitude (como professora, enquanto foi possível exercer a profissão com dignidade, também me senti concretizada, embora sem essa centelha milagrosa de absoluto que me dá a escrita).
Aqui fica o texto que me enviou de Macau o meu querido amigo sexalescente, escritor e crítico, Eduardo Ribeiro:
Os Sexalescentes
Se estivermos atentos, podemos notar que está a aparecer uma nova franja social: a das pessoas que andam à volta dos sessenta anos de idade, os sexalescentes: é a geração que rejeita a palavra "sexagenário", porque simplesmente não está nos
seus planos deixar-se envelhecer.
Trata-se de uma verdadeira novidade demográfica - parecida com a que, em meados do século XX, se deu com a consciência da idade da adolescência, que deu identidade a uma massa de jovens oprimidos em corpos desenvolvidos, que até então não sabiam onde meter-se nem como vestir-se.
Este novo grupo humano que hoje ronda os sessenta teve uma vida razoavelmente satisfatória. São homens e mulheres independentes que trabalham há muitos anos e que conseguiram mudar o significado tétrico que tantos autores deram durante décadas ao conceito de trabalho. Que procuraram e encontraram há muito a actividade de que mais
gostavam e que com ela ganharam a vida. Talvez seja por isso que se sentem
realizados...
Alguns nem sonham em reformar-se. E os que já se reformaram gozam plenamente cada dia sem medo do ócio ou da solidão, crescem por dentro quer num, quer na outra.
Disfrutam a situação, porque depois de anos de trabalho, criação dos filhos,
preocupações, falhanços e sucessos, sabe bem olhar para o mar sem pensar em mais nada, ou seguir o voo de um pássaro da janela de um 5.º andar...
Neste universo de pessoas saudáveis, curiosas e activas, a mulher tem um papel
destacado. Traz décadas de experiência de fazer a sua vontade, quando as suas mães só podiam obedecer, e de ocupar lugares na sociedade que as suas mães nem tinham sonhado ocupar.
Esta mulher sexalescente sobreviveu à bebedeira de poder que lhe deu o feminismo dos anos 60. Naqueles momentos da sua juventude em que eram tantas as mudanças, parou e reflectiu sobre o que na realidade queria.
Algumas optaram por viver sozinhas, outras fizeram carreiras que sempre tinham sido exclusivamente para homens, outras escolheram ter filhos, outras não, foram jornalistas, atletas, juízas, médicas, diplomatas... Mas cada uma fez o que quis: reconheçamos que não foi fácil, e no entanto continuam a fazê-lo todos os dias.
Algumas coisas podem dar-se por adquiridas. Por exemplo, não são pessoas que estejam paradas no tempo: a geração dos "sessenta", homens e mulheres, lida com o computador como se o tivesse feito toda a vida. Escrevem aos filhos que estão longe (e vêem-se), e até se esquecem do velho telefone para contactar os amigos mandam e-mails com as suas notícias, ideias e vivências. De uma maneira geral estão satisfeitos com o seu estado civil e quando não estão, não se conformam e procuram mudá-lo. Raramente se desfazem em prantos sentimentais.
Ao contrário dos jovens, os sexalescentes conhecem e pesam todos os riscos. Ninguém se põe a chorar quando perde: apenas reflete, toma nota, e parte para outra...
Os maiores partilham a devoção pela juventude e as suas formas superlativas, quase insolentes de beleza ; mas não se sentem em retirada. Competem de outra forma, cultivam o seu próprio estilo...
Os homens não invejam a aparência das jovens estrelas do desporto, ou dos que ostentam um fato Armani, nem as mulheres sonham em ter as formas perfeitas de um modelo. Em vez disso, conhecem a importância de um olhar cúmplice, de uma frase inteligente ou de um sorriso iluminado pela experiência.
Hoje, as pessoas na década dos sessenta, como tem sido seu costume ao longo da sua vida, estão a estrear uma idade que não tem nome. Antes seriam velhos e agora já não o são. Hoje estão de boa saúde, física e mental, recordam a juventude mas sem nostalgias parvas, porque a juventude ela própria também está cheia de nostalgias e de problemas. Celebram o sol em cada manhã e sorriem para si próprios...
Talvez por alguma secreta razão que só sabem e saberão os que chegam aos 60 no
século XXI ...
19/10/2011
D. JANUARIO TORGAL FERREIRA E O ORÇAMENTO 2012 (14.10.2011)
É bom ver a Igreja tomar frontalmente posição contra a prepotência dos governantes que sacrificam sempre os que trabalharam e pagaram os seus impostos.
29/09/2011
Cartão Vermelho para o Ministro Nuno Crato
Cartão Vermelho para o Sr. Ministro da Educação Nuno Crato, no triste caso de negar o prémio prometido aos melhores alunos das nossas escolas. Falar constantemente de que se deve premiar a excelência e dar incentivos aos bons alunos e, de seguida, cometer um acto tão deselegante, apenas para poupar uns euros, canalizando o dinheiro dos prémios para os projectos das escolas, é uma política mesquinha e desastrosa.
Sobretudo para com jovens a quem devia dar o exemplo de Ética e boas práticas. Continuar a desprezar e humilhar os professores e os alunos das nossas escolas não trará seguramente bons resultados ao Ensino.
Cheguei a pensar que este Ministro faria a diferença, mas já tomou muitas atitudes que me desfizeram as ilusões. Lamento.
Uma entrevista na RDP Internacional
A RDP Internacional acaba de transmitir uma entrevista que Isabel Flora me fez há algum tempo, mais precisamente antes da publicação dos meus dois últimos romances, para o seu programa Ilustres Desconhecidos. Embora seja agora menos desconhecida do que então, como os temas ainda se mantêm actuais, aqui vos deixo o link e o podcast em MP3 da nossa conversa... caso tenham vontade e paciência para me ouvirem:
1553512_98097-1109291618.mp3
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Renovo as minhas saudações e envio um abraço fraterno para todos os meus amigos espalhados pelo mundo.
26/09/2011
O que dizem os Leitores ...
... sobre "O Espião de D. João II"
"Boa tarde. É com muito prazer, que mais uma vez lhe escrevo, esperando que se encontre bem.
Começo por lhe agradecer as palavras amáveis que me enviou, em resposta à minha mensagem anterior. Gostei do cuidado ético que demonstrou, que considero de grande importância. Admiro-a ainda mais por isso.
Esta minha mensagem tem como finalidade, dar-lhe a conhecer as minhas impressões a propósito do seu livro "O espião de D. João II", que acabei de ler.
Fiquei fascinada com a vivacidade da escrita, e em particular, com as qualidades de Pêro da Covilhã, que para além de ser um mestre na arte do disfarçe, é também de uma grande habilidade no manejo de diversas armas características dos povos e culturas com as quais se cruzou, ao longo da sua viagem. A juntar a tudo isto, temos ainda a facilidade demonstrada pelo nosso herói, na aprendizagem de línguas, tão diferentes umas das outras.
Para mim, um livro é como um amigo, um companheiro com quem podemos aprender e passar momentos agradáveis. Foi precisamente o que me aconteceu com este verdadeiro James Bond e Indiana Jones, transposto para outra época. Além de aprender e ficar a conhecer outros costumes, tradições e rituais, também me diverti com as aventuras vividas por Pêro da Covilhã.
Muitos parabéns por este livro verdadeiramente notável. Li-o num ápice, pois desde o início, fiquei "agarrada" à narrativa, e sempre com vontade de saber o que ía acontecer a seguir.
Fico à espera do seu próximo livro, desejando-lhe muita saúde e felicidades para a sua vida pessoal e profissional.
Com amizade, da sua admiradora,
Maria de Jesus".
"A Fátima enviou a mensagem "O teu livrinho é viciante".
Pois é. Por isso é que eu não largava o espião. E tive pena que o livro acabasse. Sem menosprezar a riqueza narrativa e o cuidado linguístico, atento à época e à origem beirã de Pêro da Covilhã, o que mais me impressionou neste livro, foi o rigor da pesquisa que se adivinha por detrás da escrita, enriquecendo uma aventura já por si fascinante.
PUBLICADA POR CARLOS C
http://permanentereencontro.blogspot.com/
Bem hajam, queridos leitores!
"Boa tarde. É com muito prazer, que mais uma vez lhe escrevo, esperando que se encontre bem.
Começo por lhe agradecer as palavras amáveis que me enviou, em resposta à minha mensagem anterior. Gostei do cuidado ético que demonstrou, que considero de grande importância. Admiro-a ainda mais por isso.
Esta minha mensagem tem como finalidade, dar-lhe a conhecer as minhas impressões a propósito do seu livro "O espião de D. João II", que acabei de ler.
Fiquei fascinada com a vivacidade da escrita, e em particular, com as qualidades de Pêro da Covilhã, que para além de ser um mestre na arte do disfarçe, é também de uma grande habilidade no manejo de diversas armas características dos povos e culturas com as quais se cruzou, ao longo da sua viagem. A juntar a tudo isto, temos ainda a facilidade demonstrada pelo nosso herói, na aprendizagem de línguas, tão diferentes umas das outras.
Para mim, um livro é como um amigo, um companheiro com quem podemos aprender e passar momentos agradáveis. Foi precisamente o que me aconteceu com este verdadeiro James Bond e Indiana Jones, transposto para outra época. Além de aprender e ficar a conhecer outros costumes, tradições e rituais, também me diverti com as aventuras vividas por Pêro da Covilhã.
Muitos parabéns por este livro verdadeiramente notável. Li-o num ápice, pois desde o início, fiquei "agarrada" à narrativa, e sempre com vontade de saber o que ía acontecer a seguir.
Fico à espera do seu próximo livro, desejando-lhe muita saúde e felicidades para a sua vida pessoal e profissional.
Com amizade, da sua admiradora,
Maria de Jesus".
"A Fátima enviou a mensagem "O teu livrinho é viciante".
Pois é. Por isso é que eu não largava o espião. E tive pena que o livro acabasse. Sem menosprezar a riqueza narrativa e o cuidado linguístico, atento à época e à origem beirã de Pêro da Covilhã, o que mais me impressionou neste livro, foi o rigor da pesquisa que se adivinha por detrás da escrita, enriquecendo uma aventura já por si fascinante.
PUBLICADA POR CARLOS C
http://permanentereencontro.blogspot.com/
Bem hajam, queridos leitores!
23/09/2011
Chimamanda Adichie: O perigo da história única
De novo pela mão da imparável Alice Vieira, esta história de vida de uma mulher e escritora Nigeriana. Leva tempo a ver, mas, por favor, não deixem de ver até ao fim.
22/09/2011
Reabertura do Jardim do Japão
A Embaixada do Japão apresenta os seus melhores cumprimentos e tem o prazer de informar que irá decorrer a Reabertura do Jardim do Japão, em Lisboa, no próximo dia 1 de Outubro, Sábado, às 12h00, contando com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. António Costa, do Embaixador do Japão, Sr. Nobutaka Shinomiya e da Presidente da Associação de Amizade Portugal-Japão, Engº Luísa Lino. Este evento será assinalado com a Festa do Japão em Lisboa, a decorrer no mesmo local, das 13h00 às 21h00.
OBJECTIVO DO EVENTO
Destinado a celebrar a amizade e cultura entre o Japão e Portugal no espaço existente do jardim, sito entre o Museu de Arte Popular e o Hotel Altis Belém. O evento é composto por dois momentos específicos. O primeiro, com início às 12h00 e conclusão pelas 12h30, destina-se à reabertura do Jardim do Japão com os representantes das entidades organizadoras e convidados e o segundo momento tem início pelas 13h00 com as actividades culturais nas tendas e palco até às 21h00, com a seguinte programação:
Tenda 1 < Embaixada do Japão
13h00-14h00 < Demonstração de caligrafia (pelo staff da Embaixada)
14h00-15h00 < Demonstração de Ikebana (arte floral japonesa) (demonstração pela Ikebana International)
15h30-16h00 < Poesia Haiku (pela Prof.ª Leonilda Alfarrobinha)
16h00-17h00 < Orikata/Furoshiki (técnicas de embrulho, pela Fundação Oriente)
17h00-18h00 < Sessão de autógrafos com o Rui Zink (pela Associação Luso-Nipónica)
18h00-19h00 < Demonstração de Origami (Prof.ª Fátima Granadeiro)
19h00-20h00 < Demonstração de Ikebana (Fundação MOA)
Tenda 2 < Câmara Municipal de Aveiro
Mostra de Bonsais e de artigos relacionados com a geminação entre esta Câmara e a cidade de Oita no Japão.
Tenda 3 < Associação Wenceslau de Moraes e Club Bonsai de Sintra
Mostra dos livros escritos por Moraes. O Club Bonsai de Sintra fará uma exposição de Bonsais.
Tendas 4, 5 e 6 < gastronomia japonesa
Mostra e venda de gastronomia japonesa (Oden, Futomaki, Onigiri, Chirashi sushi, Edamame, Dorayaki, Tonjiru, Dango, Yakitori, caril japonês, Takoyaki e bebidas).
Tenda 7 < Castella do Paulo e exposição de Gunpla
Exposição, demonstração em vídeo e venda de pão-de-ló japonês “Castella” que foi levado pelos portugueses para o Japão no século XVI. Há também uma exposição de maquetas do Gundam pela NCreatures.
Tenda 8 < NCreatures
Exposição de bonecos de animação com possibilidade de venda.
Tendas 9 e 10 < Empresas japonesas
Exposição de automóveis eléctricos e motas de empresas japonesas.
ACTIVIDADES NO PALCO
14h00-15h00 < Demonstração de Yukata (Embaixada do Japão)
15h00-16h20 < Demonstração de Artes Marciais (Associação de Amizade Portugal-Japão)
16h20-16h30 < Dança Butoh (Maria Lima)
16h30-17h00 < Lançamento do livro de Rui Zink (Associação Luso Nipónica)
17h00-18h00 < Eurocosplay (Associação Luso Nipónica)
18h00-19h00 < Concurso Nihon maru batsu (Embaixada do Japão, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian)
19h00-19h30 < Música japonesa e fado (Embaixada do Japão)
19h30-20h00 < Concerto de Hana Kogure (Associação Luso Nipónica)
ORGANIZAÇÃO
Embaixada do Japão, Câmara Municipal de Lisboa e Associação de Amizade Portugal-Japão, em colaboração com a JapanNet.
A Embaixada do Japão agradece toda a divulgação que possa ser feita a este evento e CONTA COM A SUA PARTICIPAÇÃO!!
Com os melhores cumprimentos.
Sector de Informação e Assuntos Culturais | Embaixada do Japão
Av. da Liberdade, nº 245 / 6º
1269-033 LISBOA
Tel: 21 311 05 60 / Fax: 21 354 39 75
E-mail: cultural@embjapao.pt
Homepage: http://www.pt.emb-japan.go.jp/
OBJECTIVO DO EVENTO
Destinado a celebrar a amizade e cultura entre o Japão e Portugal no espaço existente do jardim, sito entre o Museu de Arte Popular e o Hotel Altis Belém. O evento é composto por dois momentos específicos. O primeiro, com início às 12h00 e conclusão pelas 12h30, destina-se à reabertura do Jardim do Japão com os representantes das entidades organizadoras e convidados e o segundo momento tem início pelas 13h00 com as actividades culturais nas tendas e palco até às 21h00, com a seguinte programação:
Tenda 1 < Embaixada do Japão
13h00-14h00 < Demonstração de caligrafia (pelo staff da Embaixada)
14h00-15h00 < Demonstração de Ikebana (arte floral japonesa) (demonstração pela Ikebana International)
15h30-16h00 < Poesia Haiku (pela Prof.ª Leonilda Alfarrobinha)
16h00-17h00 < Orikata/Furoshiki (técnicas de embrulho, pela Fundação Oriente)
17h00-18h00 < Sessão de autógrafos com o Rui Zink (pela Associação Luso-Nipónica)
18h00-19h00 < Demonstração de Origami (Prof.ª Fátima Granadeiro)
19h00-20h00 < Demonstração de Ikebana (Fundação MOA)
Tenda 2 < Câmara Municipal de Aveiro
Mostra de Bonsais e de artigos relacionados com a geminação entre esta Câmara e a cidade de Oita no Japão.
Tenda 3 < Associação Wenceslau de Moraes e Club Bonsai de Sintra
Mostra dos livros escritos por Moraes. O Club Bonsai de Sintra fará uma exposição de Bonsais.
Tendas 4, 5 e 6 < gastronomia japonesa
Mostra e venda de gastronomia japonesa (Oden, Futomaki, Onigiri, Chirashi sushi, Edamame, Dorayaki, Tonjiru, Dango, Yakitori, caril japonês, Takoyaki e bebidas).
Tenda 7 < Castella do Paulo e exposição de Gunpla
Exposição, demonstração em vídeo e venda de pão-de-ló japonês “Castella” que foi levado pelos portugueses para o Japão no século XVI. Há também uma exposição de maquetas do Gundam pela NCreatures.
Tenda 8 < NCreatures
Exposição de bonecos de animação com possibilidade de venda.
Tendas 9 e 10 < Empresas japonesas
Exposição de automóveis eléctricos e motas de empresas japonesas.
ACTIVIDADES NO PALCO
14h00-15h00 < Demonstração de Yukata (Embaixada do Japão)
15h00-16h20 < Demonstração de Artes Marciais (Associação de Amizade Portugal-Japão)
16h20-16h30 < Dança Butoh (Maria Lima)
16h30-17h00 < Lançamento do livro de Rui Zink (Associação Luso Nipónica)
17h00-18h00 < Eurocosplay (Associação Luso Nipónica)
18h00-19h00 < Concurso Nihon maru batsu (Embaixada do Japão, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian)
19h00-19h30 < Música japonesa e fado (Embaixada do Japão)
19h30-20h00 < Concerto de Hana Kogure (Associação Luso Nipónica)
ORGANIZAÇÃO
Embaixada do Japão, Câmara Municipal de Lisboa e Associação de Amizade Portugal-Japão, em colaboração com a JapanNet.
A Embaixada do Japão agradece toda a divulgação que possa ser feita a este evento e CONTA COM A SUA PARTICIPAÇÃO!!
Com os melhores cumprimentos.
Sector de Informação e Assuntos Culturais | Embaixada do Japão
Av. da Liberdade, nº 245 / 6º
1269-033 LISBOA
Tel: 21 311 05 60 / Fax: 21 354 39 75
E-mail: cultural@embjapao.pt
Homepage: http://www.pt.emb-japan.go.jp/
21/09/2011
O Peru e a herança inca
No Peru, as comunidades indígenas ainda conservam as suas tradições e os seus conhecimentos de há milénios, sobretudo as mulheres com a tecelagem e a troca dos produtos dos seus animais e da terra, nos mercados das vilas e aldeias. Um slideshow de Pisac e Ollantaytambo para ver no blogue O Romance da Bíblia
Machu Picchu: um sonho
Desde adolescente, há mais de 50 anos, que o meu sonho era visitar Machu Picchu, lugar que fazia parte do meu imaginário, pelo mistério do seu povo e da sua civilização. Concretizei esse sonho agora, aos 66 anos de idade, com dificuldade. A altitude de mais de 4500 metros, no início da viagem, em que visitámos o Cañon de Colca, ia dando cabo de mim, mas preparou-me para Machu Picchu que percorri já sem problemas, maravilhada com o esplendor do lugar e a sua magia. Visitem-no se puderem. Entretanto acompanhem-me neste meu percurso em que pensei em vós:
28/08/2011
Pousada de S. Bento - Caniçada
Situada em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês, nas proximidades da Caniçada, segundo nos diz o folheto da dita estalagem, teve origem numa casa particular que sofreu adaptações nos anos 60 e foi remodelada em 1990(muitíssimo bem, acrescento eu, que pude disfrutar desde vários ângulos, alturas e recantos a mais esplendorosa paisagem que possam imaginar. Vista do alto, a barragem da Caniçada, enquadrada por cordões de montanhas, de diferentes alturas, formações e cores, é um deslumbramento para os olhos.
Dali se pode partir para a exploração das matas (Albergaria) de vegetação ibérica sprotegida, procurar a nascente do rio Gerês, percorrer uma estrada romana, seguindo os seus marcos miliários e as suas pontes escondidas; repousar por fim os olhos magoados de tanto ver no azul das albufeiras que nos compensam da aspereza colossal do corpo de cimento que as contem. Barragens há muitas, de vários tamanhos e formas, quer do lado da serra da Cabreira, quer do Gerês...
Descobrir igrejas e santuários (S. Bento da Porta Aberta, belo nome, a sossegar-nos!), espinheiros e casas de pedra, árvores com raízes milenares que parecem saídas de um parque jurássico... Algum património cuidado com amor, outro deixado ao abandono e ao desleixo, apesar da seta castanha da autarquia que indica o local de interesse turístico.
Aldeias aconchegadas em presépios de rochas de fogo negro. E os colossais pedregulhos à beira das estradas, com formas de gente e de bicho, dispostos em maravilhoso equilíbrio, como sentinelas mágicas a velar pelos viajantes.
Vale a pena lá ir e ficar um pouco
Pousadas de Portugal
Para me arrancar ao computador e à obsessão do Fernão Mendes Pinto, o meu marido resolveu retomar uma antiga prática nossa em tempo de férias, de passar alguns dias em diferentes Pousadas de Portugal, lugares privilegiados para conhecermos melhor o nosso belíssimo país, não só as paisagens, mas também a História do lugar, as pessoas e a gastronomia da região.
Em todas tenho encontrado qualidade, conforto e bom gosto no aproveitamento das características do espaço, seja histórico, seja de paisagem natural, com um serviço cuidado e eficiente assegurado por funcionários simpatiquíssimos que nos fazem sentir acarinhados e bem-vindos.
Passei os meus anos na Pousada do Castelo de Palmela, numa suite espectacular, jantei uma magnífica empada de perdiz e, nessa noite, ao chegar ao quarto, tinha uma simpática oferta de champanhe, doces e fruta para comemorar! Que mais se podia pedir?
Ofereci-lhes o meu romance O Navegador da Passagem, que tem personagens ligadas aos Castelo de Palmela e à Ordem de Santiago, como D. Jorge, o filho bastardo de D. João II.
O complexo do Castelo, da Igreja e do convento (ocupado pela pousada) é digno de visita demorada e dele se disfruta uma espantosa vista.
Um passeio de barco pelo Sado para ver as suas margens, praias e os golfinhos é outro dos atractivos e não devem perdê-lo, se a oportunidade se vos apresentar.
Vale a pena visitar as escavações romanas de Tróia, agora preparadas para receber visitantes, mesmo com dificuldades motoras.
30/07/2011
Ex-assassino económico John Perkins
Espero que consigam ver esta primeira parte de um espantoso documentário; depois, se quiserem mais, têm no youtube as restantes partes. É de arrepiar, se de facto as coisas se passam assim.
(Alemanha, 2008, 108min. - Direção: Erwin Wagenhofer)
Documentário de altíssimo nível, essencial para se entender o mundo em que vivemos pela ótica financeira internacional. Dos mesmos criadores do documentário "We Feed the World".
(Alemanha, 2008, 108min. - Direção: Erwin Wagenhofer)
Documentário de altíssimo nível, essencial para se entender o mundo em que vivemos pela ótica financeira internacional. Dos mesmos criadores do documentário "We Feed the World".
28/07/2011
A Presidenta foi estudanta?!
Através da escritora Alice Vieira, chegou-me este texto cuja leitura vos proponho, pois o seu autor (que desconheço) "põe os pontos nos iis" sobre esta questão de um erro que se pretende fazer passar por uma forma correcta do nosso maltratado Português.
Refere Alice Vieira: "Pilar del Rio costuma explicar que dantes não havia mulheres presidentes e por isso é que não existia a palavra presidenta... Daí que ela diga insistentemente que é Presidenta da Fundação José Saramago e se refira a Assunção Esteves como Presidenta da Assembleia da República".
Pilar del Rio é espanhola, digo eu, não tem obrigação de conhecer as regras gramaticais da Língua Portuguesa, os nossos políticos e os restantes portugueses já não.
Ainda nesta semana, escutei Helena Roseta dizer :« Presidenta !»,retorquindo a um comentário de um jornalista, muito segura da sua afirmação...( Sicnotícias)
Uma belíssima aula de português foi elaborada para acabar de uma vez por todas com toda e qualquer dúvida se temos presidente ou presidenta.
A Presidenta foi estudanta?!
Existe a palavra: PRESIDENTA?
Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto?
No português existem os particípios activos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio activo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante... Qual é o particípio activo do verbo ser? O particípio activo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.
Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".
Um bom exemplo do erro grosseiro seria:
"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".
Refere Alice Vieira: "Pilar del Rio costuma explicar que dantes não havia mulheres presidentes e por isso é que não existia a palavra presidenta... Daí que ela diga insistentemente que é Presidenta da Fundação José Saramago e se refira a Assunção Esteves como Presidenta da Assembleia da República".
Pilar del Rio é espanhola, digo eu, não tem obrigação de conhecer as regras gramaticais da Língua Portuguesa, os nossos políticos e os restantes portugueses já não.
Ainda nesta semana, escutei Helena Roseta dizer :« Presidenta !»,retorquindo a um comentário de um jornalista, muito segura da sua afirmação...( Sicnotícias)
Uma belíssima aula de português foi elaborada para acabar de uma vez por todas com toda e qualquer dúvida se temos presidente ou presidenta.
A Presidenta foi estudanta?!
Existe a palavra: PRESIDENTA?
Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto?
No português existem os particípios activos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio activo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante... Qual é o particípio activo do verbo ser? O particípio activo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.
Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".
Um bom exemplo do erro grosseiro seria:
"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".
Amor e Bondade com Cheiro a Madressilva
Chama-se “Amor e Bondade com Cheiro a Madressilva” e é o novo livro de Ana Paula Figueira, com ilustrações de Ana Afonso e um audio-livro lido pela cantora e actriz Anabela (publicado pela MEL Editores). O lançamanto foi no dia 26 de Julho, em Lisboa. A apresentação da obra foi feita pela Dra. Maria de Jesus Barroso Soares.
“Amor e Bondade com Cheiro a Madressilva” é o primeiro livro de ficção de Ana Paula Figueira, e reúne cinco histórias que atravessam parte da vida de duas mulheres.
Uma obra de grande qualidade gráfica, com expressivas ilustrações e de conteúdo cheio de sensibilidade, servido por uma linguagem poética e terna que faz falta, nos tempos que correm, para contrabalançar a agressividade e violência.
Um livro que se reomenda para crianças e adultos.
“Amor e Bondade com Cheiro a Madressilva” é o primeiro livro de ficção de Ana Paula Figueira, e reúne cinco histórias que atravessam parte da vida de duas mulheres.
Uma obra de grande qualidade gráfica, com expressivas ilustrações e de conteúdo cheio de sensibilidade, servido por uma linguagem poética e terna que faz falta, nos tempos que correm, para contrabalançar a agressividade e violência.
Um livro que se reomenda para crianças e adultos.
19/07/2011
A Harpa de Burma - Saung
Um filme japonês sobre a Harpa de Burma, um lindíssimo instrumento em forma de barco, que vale a pena ver, pela sua mensagem. Passa-se no ano em que eu nasci, em 1945.
18/07/2011
Um livro pode ajudar a salvar um monumento?
A minha querida Amiga, Maria Fernanda Pinto, a propósito da vinda a Portugal de uns jovens estudantes de arquitectura que estão a trabalhar na recuperação de uns pombais tradicionais na aldeia de Uva, Vimioso, pede-me para contar como ajudei a alertar as autoridades competentes para a importância do complexo quinhentista de Paço dos Negros, Almeirim.
Foi a leitura do meu romance D. Sebastião e o Vidente, agraciado com o Prémio Máxima de Literatura Especial do Júri, que deu origem a um evento que foi, para mim, tão espectacular como o lançamento da obra nos Jerónimos e que, tal como este constituiu um dos momentos mais felizes da minha vida.
Nos finais de Agosto, recebi um e-mail de um leitor de Almeirim, Aquilino Fidalgo, que se tem batido, no seu povoado Paço dos Negros, pela conservação dos restos de um monumento, exactamente o Paço dos Negros que dá o nome à terra e que as autarquias têm desleixado e se encontra em ruínas. Cometo aqui a indiscrição de transcrever alguns excertos, esperando que ele me perdoe:
Agosto 28, 2007 10:20 PM
Paço dos Negros
Olá!
Dr.ª
Sou natural de uma pequena aldeia do concelho de Almeirim, no sopé Sul da Serra com o mesmo nome e na margem direita de Ribeira de Muge (Mugem).
Nesta pequena aldeia existe a ruína de um pequeno Paço, que em tempos idos foi palco de utilização nobre. Este paço que tem resistido às agruras do tempo, não está resistindo ao vil ataque dos ignorantes e daqueles que embora legitimamente eleitos, primam por o amputar, pilhar, aniquilar ao ínfimo da sua importância em prol de outros interesses políticos e imobiliários (…).
Estou lendo o seu livro, " D. Sebastião e o Vidente". Estou adorando a leitura que me proporciona. Confesso que logo na página 106 quando se refere ao Paço dos Negros, me arrepiei! Pensei: Será que é o meu Paço dos Negros?
Na página 117 quando o refere novamente e descreve a sua construção, fiquei de lágrimas, as dúvidas estavam esclarecidas. Pelo que vou lendo, tantos, embora talvez não conheçam a aldeia sabem da história de Paço dos negros, será possível que autarcas e naturais que conhecem a sua aldeia e até conhecem um pouco da história não façam tudo o que está ao seu alcance para a preservar?!!
Gostaria de, juntamente com o Rancho Folclórico de Paço dos Negros, O Rotary Club de Almeirim e com a colaboração da Câmara Municipal de Almeirim e Junta de Freguesia de Fazendas de Almeirim, a convidar a fazer uma apresentação do seu Livro, no Paço dos Negros – Almeirim.
Respeitosamente e esperando sua resposta
Aquilino Fidalgo
Claro que acedi, não só encantada, como emocionada também por a minha obra ter causado tal efeito. Porém, o evento organizado por um grupo de pessoas e instituições do Concelho de Almeirim ultrapassou todas as expectativas, ocupando todo o dia 13 de Outubro com inúmeras actividades e teve repercussões que excederam as expectativas dos promotores.
Participaram o Rancho Folclórico de Paço dos Negros (em cuja sede, completamente cheia das gentes de Paço dos Negros e arredores, apresentei o livro) que apresentou cantos e danças palacianas, o Rotary Club de Almeirim (que fez o percurso de D. Sebastião pelas terras da Ribeira de Muge), a Quinta do Casal Branco da Família Vasconcellos (a coutada de caça preferida de D. Sebastião, agora com as coudelarias do Cavalo Lusitano e vinhos de exportação) que ofereceu o cocktail, a Confraria Gastronómica de Almeirim (que recriou a antiga receita do Bolo Finto para a recepção na Quinta do Casal Branco) e o Convento da Serra (onde D. Sebastião se refugiava durante as suas crises de melancolia), com a colaboração da Câmara Municipal de Almeirim e Junta de Freguesia de Fazendas de Almeirim.
A minha ida a Paço dos Negros e a apresentação do livro tiveram foros de um verdadeiro acontecimento cultural e histórico. Deu maior visibilidade ao lugar, o evento teve grande destaque nas páginas centrais dos jornais portugueses na América e no Canadá e, para meu grande orgulho, a minha pequena contribuição, fez com que os promotores conseguissem verbas para recuperarem a capela de Paço dos Negros!
Actualmente o complexo histórico de Paço dos Negros tem tido obras de recuperação, embora em grande parte feitas pelos próprios moradores da terra, que continuam sem perder a esperança no interesse dos agentes ligados à Cultura e Defesa do Património.
Aqui tens, Fernanda, a minha história.
Foi a leitura do meu romance D. Sebastião e o Vidente, agraciado com o Prémio Máxima de Literatura Especial do Júri, que deu origem a um evento que foi, para mim, tão espectacular como o lançamento da obra nos Jerónimos e que, tal como este constituiu um dos momentos mais felizes da minha vida.
Nos finais de Agosto, recebi um e-mail de um leitor de Almeirim, Aquilino Fidalgo, que se tem batido, no seu povoado Paço dos Negros, pela conservação dos restos de um monumento, exactamente o Paço dos Negros que dá o nome à terra e que as autarquias têm desleixado e se encontra em ruínas. Cometo aqui a indiscrição de transcrever alguns excertos, esperando que ele me perdoe:
Agosto 28, 2007 10:20 PM
Paço dos Negros
Olá!
Dr.ª
Sou natural de uma pequena aldeia do concelho de Almeirim, no sopé Sul da Serra com o mesmo nome e na margem direita de Ribeira de Muge (Mugem).
Nesta pequena aldeia existe a ruína de um pequeno Paço, que em tempos idos foi palco de utilização nobre. Este paço que tem resistido às agruras do tempo, não está resistindo ao vil ataque dos ignorantes e daqueles que embora legitimamente eleitos, primam por o amputar, pilhar, aniquilar ao ínfimo da sua importância em prol de outros interesses políticos e imobiliários (…).
Estou lendo o seu livro, " D. Sebastião e o Vidente". Estou adorando a leitura que me proporciona. Confesso que logo na página 106 quando se refere ao Paço dos Negros, me arrepiei! Pensei: Será que é o meu Paço dos Negros?
Na página 117 quando o refere novamente e descreve a sua construção, fiquei de lágrimas, as dúvidas estavam esclarecidas. Pelo que vou lendo, tantos, embora talvez não conheçam a aldeia sabem da história de Paço dos negros, será possível que autarcas e naturais que conhecem a sua aldeia e até conhecem um pouco da história não façam tudo o que está ao seu alcance para a preservar?!!
Gostaria de, juntamente com o Rancho Folclórico de Paço dos Negros, O Rotary Club de Almeirim e com a colaboração da Câmara Municipal de Almeirim e Junta de Freguesia de Fazendas de Almeirim, a convidar a fazer uma apresentação do seu Livro, no Paço dos Negros – Almeirim.
Respeitosamente e esperando sua resposta
Aquilino Fidalgo
Claro que acedi, não só encantada, como emocionada também por a minha obra ter causado tal efeito. Porém, o evento organizado por um grupo de pessoas e instituições do Concelho de Almeirim ultrapassou todas as expectativas, ocupando todo o dia 13 de Outubro com inúmeras actividades e teve repercussões que excederam as expectativas dos promotores.
Participaram o Rancho Folclórico de Paço dos Negros (em cuja sede, completamente cheia das gentes de Paço dos Negros e arredores, apresentei o livro) que apresentou cantos e danças palacianas, o Rotary Club de Almeirim (que fez o percurso de D. Sebastião pelas terras da Ribeira de Muge), a Quinta do Casal Branco da Família Vasconcellos (a coutada de caça preferida de D. Sebastião, agora com as coudelarias do Cavalo Lusitano e vinhos de exportação) que ofereceu o cocktail, a Confraria Gastronómica de Almeirim (que recriou a antiga receita do Bolo Finto para a recepção na Quinta do Casal Branco) e o Convento da Serra (onde D. Sebastião se refugiava durante as suas crises de melancolia), com a colaboração da Câmara Municipal de Almeirim e Junta de Freguesia de Fazendas de Almeirim.
A minha ida a Paço dos Negros e a apresentação do livro tiveram foros de um verdadeiro acontecimento cultural e histórico. Deu maior visibilidade ao lugar, o evento teve grande destaque nas páginas centrais dos jornais portugueses na América e no Canadá e, para meu grande orgulho, a minha pequena contribuição, fez com que os promotores conseguissem verbas para recuperarem a capela de Paço dos Negros!
Actualmente o complexo histórico de Paço dos Negros tem tido obras de recuperação, embora em grande parte feitas pelos próprios moradores da terra, que continuam sem perder a esperança no interesse dos agentes ligados à Cultura e Defesa do Património.
Aqui tens, Fernanda, a minha história.
17/07/2011
Da pesquisa para o meu romance
Na pesquisa para o meu próximo romance sobre o Fernão Mendes Pinto, matei a cabeça a descrever os instrumentos do Século XVI, que o meu herói ouviu na Birmânia - em Pegu, Martavão, Arracão e outros lugares -, durante uma missão diplomática.
Então descobri uma orquestra tradicional da Birmânia com os instrumentos que eu imaginei (com bastante verosimilhança) a partir das descrições antigas. Só falta a harpa (Saung) em forma de barco.
Gostaria de partilhar convosco, algumas descobertas que tenho feito (e farei decerto muitas mais), para me sentir mais acompanhada neste mundo estranho e solitário que é para mim a escrita de um romance histórico. Aqui têm, a mais recente descoberta, quando lerem o meu livro (se eu o acabar) já poderão reconhecer e visualizar estes espantosos instrumentos musicais.
Então descobri uma orquestra tradicional da Birmânia com os instrumentos que eu imaginei (com bastante verosimilhança) a partir das descrições antigas. Só falta a harpa (Saung) em forma de barco.
Gostaria de partilhar convosco, algumas descobertas que tenho feito (e farei decerto muitas mais), para me sentir mais acompanhada neste mundo estranho e solitário que é para mim a escrita de um romance histórico. Aqui têm, a mais recente descoberta, quando lerem o meu livro (se eu o acabar) já poderão reconhecer e visualizar estes espantosos instrumentos musicais.
06/07/2011
O que dizem os Leitores...
...Sobre O Navegador da Passagem
Julgo que um dos maiores prazeres de qualquer escritor consiste em saber que a sua obra agradou. Outro será o contacto com os leitores em palestras ou nas feiras do livro, sítios privilegiados para estes encontros. Foi precisamente na Feira do Livro de Lisboa deste ano que conheci a leitora Maria de Jesus e lhe pedi que me desse a sua opinião sobre os livros (trazia vários para eu assinar).
Recebi há dias o seu e-mail, ao qual já respondi, mas que gostaria de vos dar a conhecer, visto serem as críticas dos leitores a melhor recomendação para a leitura de um livro.
Boa tarde. Espero que se encontre de boa saúde.
Tive o privilégio de a conhecer pessoalmente na Feira do Livro de Lisboa, no corrente ano, onde colocou a sua dedicatória pessoal nos livros que tenho da sua autoria. Foi muito gratificante para mim, conversar com a senhora, que achei de uma grande simpatia e gentileza, pela forma afável de me receber.
Acabei de ler o seu livro "O navegador da passagem", que achei fantástico. Admirei sobretudo a mestria com que conseguiu recriar os ambientes vividos pelos nossos navegadores durante as suas viagens marítimas, os motins, as doenças, os castigos e até os lugares com as suas paisagens exóticas. Acredito que precisou de realizar uma grande pesquisa histórica e de ler muito antes de iniciar este livro. Li-o com grande prazer e entusiasmo, e também algum divertimento em certas passagens. Era como se estivesse a ler um livro de aventuras. Concordo plenamente com a senhora, quando afirma que Bartolomeu Dias foi um navegador injustiçado no seu tempo.
Desejo-lhe muita saúde e inspiração para continuar a escrever com a mesma mestria e talento.
Um abraço de amizade da sua admiradora,
Maria de Jesus.
Sábado 02-07-2011 16:23
Bem haja, Maria de Jesus, pela sua gentileza e carinho. Muito obrigada.
Julgo que um dos maiores prazeres de qualquer escritor consiste em saber que a sua obra agradou. Outro será o contacto com os leitores em palestras ou nas feiras do livro, sítios privilegiados para estes encontros. Foi precisamente na Feira do Livro de Lisboa deste ano que conheci a leitora Maria de Jesus e lhe pedi que me desse a sua opinião sobre os livros (trazia vários para eu assinar).
Recebi há dias o seu e-mail, ao qual já respondi, mas que gostaria de vos dar a conhecer, visto serem as críticas dos leitores a melhor recomendação para a leitura de um livro.
Boa tarde. Espero que se encontre de boa saúde.
Tive o privilégio de a conhecer pessoalmente na Feira do Livro de Lisboa, no corrente ano, onde colocou a sua dedicatória pessoal nos livros que tenho da sua autoria. Foi muito gratificante para mim, conversar com a senhora, que achei de uma grande simpatia e gentileza, pela forma afável de me receber.
Acabei de ler o seu livro "O navegador da passagem", que achei fantástico. Admirei sobretudo a mestria com que conseguiu recriar os ambientes vividos pelos nossos navegadores durante as suas viagens marítimas, os motins, as doenças, os castigos e até os lugares com as suas paisagens exóticas. Acredito que precisou de realizar uma grande pesquisa histórica e de ler muito antes de iniciar este livro. Li-o com grande prazer e entusiasmo, e também algum divertimento em certas passagens. Era como se estivesse a ler um livro de aventuras. Concordo plenamente com a senhora, quando afirma que Bartolomeu Dias foi um navegador injustiçado no seu tempo.
Desejo-lhe muita saúde e inspiração para continuar a escrever com a mesma mestria e talento.
Um abraço de amizade da sua admiradora,
Maria de Jesus.
Sábado 02-07-2011 16:23
Bem haja, Maria de Jesus, pela sua gentileza e carinho. Muito obrigada.
27/06/2011
Camões na China
Eduardo Ribeiro, de que já aqui tenho falado, estudioso da vida de Camões em Macau, onde reside, vem a Portugal para apresentar o seu novo livro e fazer uma conferência na Casa Memória de Camões, em Constância, no âmbito do colóquio que conta ainda com as palestras de Máximo Ferreira e Ana Maria Dias.
Constância, 3 de Julho - Colóquio «Camões pelo Mundo»
11h00 - «Sinais de Camões em Constância» por Ana Maria Dias
15h30 - «De Constância à Índia – Astronomia de Os Lusíadas» por Máximo Ferreira
16h30 - «Camões na China» por Eduardo Ribeiro
Na Casa Memória/Jardim-Horto de Camões, em Constância
A não perder, este belo passeio de Domingo, por um lugar privilegiado, tanto para os apaixonados de Camões como para todos os outros. Eu lá estarei, sem falta!
Constância, 3 de Julho - Colóquio «Camões pelo Mundo»
11h00 - «Sinais de Camões em Constância» por Ana Maria Dias
15h30 - «De Constância à Índia – Astronomia de Os Lusíadas» por Máximo Ferreira
16h30 - «Camões na China» por Eduardo Ribeiro
Na Casa Memória/Jardim-Horto de Camões, em Constância
A não perder, este belo passeio de Domingo, por um lugar privilegiado, tanto para os apaixonados de Camões como para todos os outros. Eu lá estarei, sem falta!
24/06/2011
A crítica de Nuno Crato à Educação
Intervenção de Nuno Crato no Fórum Portugal de Verdade (em Aveiro), subordinada ao tema da Educação, em 20 de Abril de 2009.
18/06/2011
Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial
A Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial foi lançada na quarta-feira, 15 de Junho, em Lisboa, com uma magnífica apresentação de Joaquim Furtado. Contém mais de 600 poemas de 180 autores, 18 dos quais são mulheres.
Honra-me muito pertencer a esse grupo e ver incluído na Antologia um dos primeiros poemas que escrevi na minha juventude, publicado no Suplemento Juvenil Diário de Lisboa, no dia 11 de Julho de 1967.
A Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial, publicada pelas Edições Afrontamento, é uma obra pioneira, que se (des)esperava há muito, sobre os tempos negros da ditadura e da guerra, uma colectânea da nossa memória colectiva, de um passado próximo que nos tocou e toca a todos.
Obra feita com grande rigor, sensibilidade e um imensíssimo trabalho de pesquisa, coordenado pela Professora Dra. Margarida Calafate Ribeiro, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, e pelo Professor Roberto Vecchi, da Universidade de Bolonha.
Aqui vos deixo meu poema seleccionado para a Antologia:
Cantiga de amigo
Olhei-me com sede na manhã fria
e só tinha mãos que o mar esquecia
Morrerei donzela
e sozinha
Toquei-me um calor de corpo macio
e só tive mãos para um mar vazio
Morrerei donzela
e sozinha
E só tinha mãos que o mar esquecia
nessa onda morta amigo não via
Morrerei donzela
e sozinha
E só tive mãos para o mar vazio
na onda lassa nem um barco esguio
Morrerei donzela
e sozinha
Nessa onda morta amigo não via
rumarei meus passos na areia fria
Morrerei donzela
e sozinha.
Diana Barroqueiro, "Juvenil" do DL, de 11/7/1967
15 de Junho de 2011, 19h00, Centro de Informação Urbana de Lisboa, CES-Lisboa
Enquadramento da obra
Entre 1961-1974 Portugal manteve com as suas então colónias de Angola, Moçambique e Guiné-Bissau uma guerra, mobilizando perto de um milhão de homens e tocando praticamente todas as famílias portuguesas. A experiência da participação portuguesa neste evento de indefinida colocação historiográfica, quer pela denegação que oficialmente o caracterizou, quer pela radical reformulação geopolítica do país que a partir dele se engendrou com a descolonização, tornou este acontecimento um dos mais complexos, mas também um dos mais trágicos eventos da contemporaneidade portuguesa.
A experiência colectiva e individual da participação dos portugueses neste evento teve, e continua a ter, o seu registo de expressão narrativa e crítica, e o seu registo estético nas mais variadas formas de arte – da pintura e escultura à narrativa, do cinema ao teatro, da música à poesia. Foi sem dúvida na literatura que este registo de reelaboração colectiva e individual do evento se tornou mais marcante, dando origem a cerca de uma centena de romances e a milhares de poemas. Esta poesia, de autores directa ou indirectamente envolvidos na guerra, e elaborada, ou no momento da vivência do evento bélico, ou em seguida, enquanto espaço de memória e de elaboração pós-traumática, foi objecto de estudo do projecto Poesia da Guerra Colonial: “ontologia” de um eu estilhaçado, que decorreu nos últimos anos no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, sob orientaçao científica dos dois organizadores da presente antologia e o financiamento da Fundação da Ciência e Tecnologia. A Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial é o resultado visível deste projecto, reunindo mais de seis centenas de poemas de cento e oitenta poetas.
08/06/2011
Testemunho de Vida - Agência Directa
A Agência Directa é um novo órgão de comunicação social, fundada no início de 2011 pelo Grupo Influência Directa (uma associação sem fins lucrativos que implementa e apoia projectos sociais, empreendedorismo e promoção do trabalho, contribuindo para a construção de uma sociedade mais consciente e de excelência).
Pediram-me-me para contar aos seus leitores e utilizadores a minha experiência de vida, cujo texto quem estiver interessado pode ver Aqui
Pediram-me-me para contar aos seus leitores e utilizadores a minha experiência de vida, cujo texto quem estiver interessado pode ver Aqui
01/06/2011
A grosseria de Vasco Graça Moura
A propósito de um artigo de Vasco Graça Moura, publicado com o título “Um não-país”, no Diário de Notícias, do dia 18 de Maio, que me indignou e me entristeceu.
Os discursos e debates das figuras políticas têm-se pautado pela má educação e grosseria, por vezes boçal, com que se insultam. Outras figuras públicas fazem o mesmo, em vez de recorrerem ao argumento enquanto exercício de inteligência e manifestação de um espírito elevado e com princípios.
Assisto arrepiada à degradação de certas elites, que cultivam as aparências, mas quando abrem a boca, mostram a vulgaridade de seres primitivos, movidos pelos instintos da cobiça e da agressividade. As figuras no poleiro do poder e as diferentes coortes que os rodeiam ou gravitam em esferas próximas, na esperança de se empoleirarem também, não servem de exemplo ao povo ou a juventude que criticam.
De Vasco Graça Moura esperava outra atitude. Aprecio a sua poesia e tenho aplaudido as suas intervenções no domínio da Cultura, como a defesa do património ou a rejeição do Acordo Ortográfico. Porém, é inaceitável e indigna-me profundamente que o escritor escreva artigos de opinião de foro político e use um jornal como uma tribuna pública para insultar grosseiramente os cidadãos que votaram ou vão votar PS (em oposição ao PSD).
Não votei PS nas anteriores eleições, portanto nem enfiei a carapuça, mas repugna-me a atitude do autor e também o facto de que, num jornal de referência como o DN, se use o insulto soez que é próprio dos blogues anónimos. Assim, para Vasco Graça Moura, os cidadãos portugueses são (e passo a citá-lo): “lorpas”, “lorpas contumazes”, “canalha analfabeta e irresponsável do costume”, “a piolheira mais ignóbil”, “a repugnante bronquidão previsível no eleitorado”.
Talvez este artigo seja uma boa recomendação para Vasco Graça Moura conseguir a pasta de Ministro da Educação ou da Cultura, quando o PSD for governo (e se, afinal, não extinguir a última, como prometeu). A mim, incomodou-me pela baixeza do ataque e quase me decidiu a votar PS nas próximas eleições.
Somos realmente um Não País, nisto Vasco Graça Moura tem razão, quando os que deviam servir de farol e ser exemplo de elegância intelectual, preferem espojar-se na lama.
Deana Barroqueiro
Os discursos e debates das figuras políticas têm-se pautado pela má educação e grosseria, por vezes boçal, com que se insultam. Outras figuras públicas fazem o mesmo, em vez de recorrerem ao argumento enquanto exercício de inteligência e manifestação de um espírito elevado e com princípios.
Assisto arrepiada à degradação de certas elites, que cultivam as aparências, mas quando abrem a boca, mostram a vulgaridade de seres primitivos, movidos pelos instintos da cobiça e da agressividade. As figuras no poleiro do poder e as diferentes coortes que os rodeiam ou gravitam em esferas próximas, na esperança de se empoleirarem também, não servem de exemplo ao povo ou a juventude que criticam.
De Vasco Graça Moura esperava outra atitude. Aprecio a sua poesia e tenho aplaudido as suas intervenções no domínio da Cultura, como a defesa do património ou a rejeição do Acordo Ortográfico. Porém, é inaceitável e indigna-me profundamente que o escritor escreva artigos de opinião de foro político e use um jornal como uma tribuna pública para insultar grosseiramente os cidadãos que votaram ou vão votar PS (em oposição ao PSD).
Não votei PS nas anteriores eleições, portanto nem enfiei a carapuça, mas repugna-me a atitude do autor e também o facto de que, num jornal de referência como o DN, se use o insulto soez que é próprio dos blogues anónimos. Assim, para Vasco Graça Moura, os cidadãos portugueses são (e passo a citá-lo): “lorpas”, “lorpas contumazes”, “canalha analfabeta e irresponsável do costume”, “a piolheira mais ignóbil”, “a repugnante bronquidão previsível no eleitorado”.
Talvez este artigo seja uma boa recomendação para Vasco Graça Moura conseguir a pasta de Ministro da Educação ou da Cultura, quando o PSD for governo (e se, afinal, não extinguir a última, como prometeu). A mim, incomodou-me pela baixeza do ataque e quase me decidiu a votar PS nas próximas eleições.
Somos realmente um Não País, nisto Vasco Graça Moura tem razão, quando os que deviam servir de farol e ser exemplo de elegância intelectual, preferem espojar-se na lama.
Deana Barroqueiro
17/05/2011
O Romance da Bíblia - Livro do Mês na Editora Ésquilo
Caríssimos Leitores:
Posso já anunciar-vos a simpática campanha do Editor Paulo Loução, para contrariar a crise (cuja primeira vítima são sempre os livros):
O Romance da Bíblia é o Livro do Mês (ou de Mês e Meio, porque se vai manter até finais de Junho), com 50% de desconto.
O livro pode ser adquirido via on-line no
Sítio da Editora ou na sua sede:
Ésquilo - Edições e Multimédia, lda.
Av. António Augusto Aguiar, 17 - 4º E
1050 - 012 Lisboa - Portugal
Para saber mais sobre esta obra, ver imagens das heroínas, ler excertos e outros textos relacionados clique neste link do blogue O Romance da Bíblia
Posso já anunciar-vos a simpática campanha do Editor Paulo Loução, para contrariar a crise (cuja primeira vítima são sempre os livros):
O Romance da Bíblia é o Livro do Mês (ou de Mês e Meio, porque se vai manter até finais de Junho), com 50% de desconto.
O livro pode ser adquirido via on-line no
Sítio da Editora ou na sua sede:
Ésquilo - Edições e Multimédia, lda.
Av. António Augusto Aguiar, 17 - 4º E
1050 - 012 Lisboa - Portugal
Para saber mais sobre esta obra, ver imagens das heroínas, ler excertos e outros textos relacionados clique neste link do blogue O Romance da Bíblia
À Conversa com os Leitores na Feira do Livro de Lisboa
Domingo, 15 de Maio, foi o último dia da Feira do Livro de Lisboa, com uma tarde e noite agradabilíssimas em companhia do não menos simpatiquíssimo professor e escritor António Balcão Vicente que assinava o seu romance "O Templário d'El-Rei" e se prestou a tirar estas fotos a alguns dos meus leitores.
Leitores fiéis que me conheciam de outras Feiras e eventos, que são já amigos e me lêem a alma porque ao escrever, escrevo-me e revelo-me na íntegra, sem disfarces; outros novos, desejosos de me conhecerem pelos mais diversos motivos, mas sempre com a escrita e a leitura como o laço que nos une (ou desunirá, se não gostarem do que leram).
Lamento não ter imagens de todos os que estiveram a conversar comigo, mas não queria abusar da gentileza do meu companheiro escritor. Deixo aqui alguns testemunhos desses momentos de convívio que, embora breves, me compensam dos meses de clausura que passo em casa a escrever. Não ponho os nomes, porque foram muitos e não quero deixar de fora nenhum dos que me deram o seu carinho.
Obrigada, Amigos e Amigas, por gostarem da minha escrita e me terem acompanhado neste dia. Fico à espera dos vossos e-mails, para continuar o contacto e o convívio. Bem hajam!
1511-2011: V Centenário de Paço dos Negros
Na minha actividade de escritora de romance histórico de temática portuguesa, procuro dar visibilidade não só aos indivíduos que se imortalizaram pelas suas obras, mas também aos monumentos, terras e regiões onde tiveram lugar os factos narrados. Assim, tenho levado os meus leitores a viajar no tempo ao encontro desses lugares que fizeram História na época dos Descobrimentos e são parte integrante do nosso Passado Colectivo.
Em alguns lugares, a inclemência da passagem do Tempo, mas, sobretudo a indiferença dos seus governantes e também dos próprios habitantes – muitos dos meus heróis de há cinco séculos já se queixavam desse desprezo – permitiram a degradação, ruína e muitas vezes a destruição de património de grande valor.
Contudo, a preservação e recuperação desse património já acontece algumas vezes por iniciativa de autarcas inteligentes e cultos que reconhecem a mais-valia desses monumentos, de vestígios que apontam para construções antiquíssimas ou mesmo de memórias sem corpo mas com alma. E esse milagre faz-se também por iniciativa dos próprios filhos da terra, que querem preservar a todo o custo a sua identidade e as suas raízes.
Um exemplo flagrante, que tive o privilégio de ver de perto e me apaixonou, tem sido o dos elementos que recentemente formaram a Academia da Ribeira de Muge, com a sua luta de muitos anos pela recuperação do Paço da Ribeira de Muge, vulgo Paço dos Negros, no lugar do mesmo nome, no Concelho de Almeirim. Com esporádicos apoios da Câmara de Almeirim, por iniciativa popular, um grupo de jovens dirigido por Aquilino Fidalgo, descendente de uma das famílias mais antigas da terra, libertaram o espaço de toneladas de entulho e lixo e começaram expor os vestígios e as partes do Paço que ainda estavam de pé mas se encontravam em terrível estado de degradação – além do moinho, os pavilhões da montaria, a capela, parte das salas com lareira e também as escavações para o tanque dos peixes. Pretendiam os elementos da Academia conseguir a classificação do monumento pelo IPPAR, através da Câmara Municipal, até hoje sem sucesso.
O Paço dos Negros foi construído por El-Rei D. Manuel, em 1511 (cem anos depois do Paço Real de Almeirim), para servir de apoio às caçadas nas ricas coutadas da Ribeira de Muge, durante a estadia da nobreza na “Sintra de Inverno”, que ali vinha desenfadar-se; o paço era composto por um pátio central, uma capela e residência real, cemitério, azenha, residência para servos, pomar, horta e pasto para gado.
Este lugar de Paço dos Negros, que eu nunca vira, serviu-me de palco para o início da intriga do meu romance D. Sebastião e o Vidente, por ser o local preferido do Desejado, que fugia do Palácio de Almeirim para ali se refugiar e se dedicar ao seu desenfadamento preferido: a montaria. É nas suas matas que, antes de completar doze anos, D. Sebastião mata o seu primeiro javali.
Entre os actuais paladinos de Paço dos Negros, Aquilino Fidalgo e Manuel Evangelista leram o meu romance e ficaram muito surpreendidos e agradados pela referência e visibilidade dada ao objecto da sua luta; em 2007, convidaram-me para um evento a que chamaram “D. Sebastião no Paço”, fazendo-me uma fantástica homenagem e proporcionando-me um dos dias mais felizes da minha vida, sendo então nomeada “Filha adoptiva de Paço dos Negros”, um título que me honra muito e ainda me comove.
No passado dia 14 de Maio teve lugar a comemoração do 500º Aniversário da fundação do Paço, que se iniciou pela visita ao recinto, seguida do lançamento do livro Paço dos Negros da Ribeira de Muge – A Tacubis Romana, de Manuel Evangelista, que eu tive o privilégio de apresentar e que é um exaustivo trabalho de investigação sobre a história do lugar; um estudo que abre muitas pistas para outras investigações e monografias académicas de várias disciplinas. Foi ainda apresentada uma reconstituição digital da planta do Paço, tal como seria no século XVI, da autoria de Gustavo Pacheco Pimentel.
A Academia da Ribeira de Muge apresentou inúmeras actividades culturais que testemunham a riqueza do seu património: danças e cantares antigos, representação teatral das lendas do Rei Preto, venda e degustação da sua gastronomia.
Em representação do Senhor D. Duarte, Duque de Bragança, presidiu às comemorações o sr. Marquês de Rio Maior.
Em alguns lugares, a inclemência da passagem do Tempo, mas, sobretudo a indiferença dos seus governantes e também dos próprios habitantes – muitos dos meus heróis de há cinco séculos já se queixavam desse desprezo – permitiram a degradação, ruína e muitas vezes a destruição de património de grande valor.
Contudo, a preservação e recuperação desse património já acontece algumas vezes por iniciativa de autarcas inteligentes e cultos que reconhecem a mais-valia desses monumentos, de vestígios que apontam para construções antiquíssimas ou mesmo de memórias sem corpo mas com alma. E esse milagre faz-se também por iniciativa dos próprios filhos da terra, que querem preservar a todo o custo a sua identidade e as suas raízes.
Um exemplo flagrante, que tive o privilégio de ver de perto e me apaixonou, tem sido o dos elementos que recentemente formaram a Academia da Ribeira de Muge, com a sua luta de muitos anos pela recuperação do Paço da Ribeira de Muge, vulgo Paço dos Negros, no lugar do mesmo nome, no Concelho de Almeirim. Com esporádicos apoios da Câmara de Almeirim, por iniciativa popular, um grupo de jovens dirigido por Aquilino Fidalgo, descendente de uma das famílias mais antigas da terra, libertaram o espaço de toneladas de entulho e lixo e começaram expor os vestígios e as partes do Paço que ainda estavam de pé mas se encontravam em terrível estado de degradação – além do moinho, os pavilhões da montaria, a capela, parte das salas com lareira e também as escavações para o tanque dos peixes. Pretendiam os elementos da Academia conseguir a classificação do monumento pelo IPPAR, através da Câmara Municipal, até hoje sem sucesso.
O Paço dos Negros foi construído por El-Rei D. Manuel, em 1511 (cem anos depois do Paço Real de Almeirim), para servir de apoio às caçadas nas ricas coutadas da Ribeira de Muge, durante a estadia da nobreza na “Sintra de Inverno”, que ali vinha desenfadar-se; o paço era composto por um pátio central, uma capela e residência real, cemitério, azenha, residência para servos, pomar, horta e pasto para gado.
Este lugar de Paço dos Negros, que eu nunca vira, serviu-me de palco para o início da intriga do meu romance D. Sebastião e o Vidente, por ser o local preferido do Desejado, que fugia do Palácio de Almeirim para ali se refugiar e se dedicar ao seu desenfadamento preferido: a montaria. É nas suas matas que, antes de completar doze anos, D. Sebastião mata o seu primeiro javali.
Entre os actuais paladinos de Paço dos Negros, Aquilino Fidalgo e Manuel Evangelista leram o meu romance e ficaram muito surpreendidos e agradados pela referência e visibilidade dada ao objecto da sua luta; em 2007, convidaram-me para um evento a que chamaram “D. Sebastião no Paço”, fazendo-me uma fantástica homenagem e proporcionando-me um dos dias mais felizes da minha vida, sendo então nomeada “Filha adoptiva de Paço dos Negros”, um título que me honra muito e ainda me comove.
No passado dia 14 de Maio teve lugar a comemoração do 500º Aniversário da fundação do Paço, que se iniciou pela visita ao recinto, seguida do lançamento do livro Paço dos Negros da Ribeira de Muge – A Tacubis Romana, de Manuel Evangelista, que eu tive o privilégio de apresentar e que é um exaustivo trabalho de investigação sobre a história do lugar; um estudo que abre muitas pistas para outras investigações e monografias académicas de várias disciplinas. Foi ainda apresentada uma reconstituição digital da planta do Paço, tal como seria no século XVI, da autoria de Gustavo Pacheco Pimentel.
A Academia da Ribeira de Muge apresentou inúmeras actividades culturais que testemunham a riqueza do seu património: danças e cantares antigos, representação teatral das lendas do Rei Preto, venda e degustação da sua gastronomia.
Em representação do Senhor D. Duarte, Duque de Bragança, presidiu às comemorações o sr. Marquês de Rio Maior.
14/05/2011
À Conversa com os Leitores na Feira do Livro de Lisboa
Queridos Amigos Leitores
Domingo, dia 15 e último dia da Feira do Livro, estarei à vossa espera, para conversar convosco, das 16 às 19 h (ou até mais tarde se tiver visitantes), no Parque Eduardo VII, Pavilhão B50 (à esquerda de quem sobe), da Editora Ésquilo.
Espero que haja sol, desta vez, embora tenha de levar repelente contra os insectos (ou serei sugada viva, como em romance de vampiros!). Prometo partilhar o dito elixir com os meus leitores que sejam igualmente doces ao palato dos mosquitos e afins.
"O Espião de D. João II" e "O Romance da Bíblia" são Livros do Dia.
Domingo, dia 15 e último dia da Feira do Livro, estarei à vossa espera, para conversar convosco, das 16 às 19 h (ou até mais tarde se tiver visitantes), no Parque Eduardo VII, Pavilhão B50 (à esquerda de quem sobe), da Editora Ésquilo.
Espero que haja sol, desta vez, embora tenha de levar repelente contra os insectos (ou serei sugada viva, como em romance de vampiros!). Prometo partilhar o dito elixir com os meus leitores que sejam igualmente doces ao palato dos mosquitos e afins.
"O Espião de D. João II" e "O Romance da Bíblia" são Livros do Dia.
10/05/2011
'Tou na Hora H da Feira do Livro!
Hora H na Porto Editora
De 2ª a 5ª Feira, das 22 às 23 horas
alguns livros têm descontos de 50% e 70%
Os meus romances D. Sebastião e o Vidente e O Navegador da Passagem têm feito parte dessa campanha.
Hoje fui lá comprar uns dez exemplares de O Navegador da Passagem porque já não tinha nenhum para oferecer.
Aconselho os que gostam dos meus livros e não tenham lido estes romances, a aproveitar a oportunidade, porque graficamente as obras têm imensa qualidade e, quanto ao conteúdo, são o produto de mais de três anos (para cada um) de trabalho de investigação e de escrita.D. Sebastião e o Vidente é o livro que a Porto Editora escolheu, em 2006, para se lançar na ficção e ganhou o Prémio Especial do Júri Máxima de Literatura em 2007.
O Navegador da Passagem recria a vida de Bartolomeu Dias e o reinado de D. João II e os primeiros anos do rei D. Manuel, com as lutas pelo poder, as intrigas da corte portuguesa, mas também de outras nações europeias e de lugares remotos pela primeira vez vistos. Este livro completa (ou completa-se com) o meu posterior romance O Espião de D. João II, cuja personagem é Pêro da Covilhã que vai concretizar os sonhos do Príncipe Perfeito.
Atenção: Não sei se os livros vão estar na Hora H todos os dias, de 2ª a 5ª, mas creio que sim.
Se não estiverem há muitas obras de grande qualidade à vossa espera a preço de saldo. Boas leituras!
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