A CEBUCHHOL (antiga livraria Buchholz), por conveniência e interesses próprios, cancelou hoje, pela segunda vez, o lançamento de
O Romance da Bíblia, quando a editora Esquilo já tinha começado a enviar os convites, tanto electrónicos como em papel, aos leitores e aos Media e eu o tinha também anunciado em todas as minhas páginas da Internet.
Parece-me, independentemente de ter sido a parte prejudicada, que o comportamento da Cebuchholz foi de uma falta de profissionalismo, para já não dizer de ética, inqualificável.
Tendo sido contactada com mais de um mês de antecedência, a livraria marcou o lançamento do meu romance para o dia 20 de Maio. Para nosso espanto (da editora e meu), alguns dias mais tarde comunicaram-nos a impossibilidade de o fazer nessa data, invocando um inesperado “overbooking”: os serviços não se tinham dado conta de que haviam marcado dois lançamentos para o mesmo dia e hora (falta de competência ou desculpa esfarrapada?).
Como ainda não se tinham feito os convites, o editor da Ésquilo, Dr. Paulo Alexandre Loução, desculpou o erro e aceitou a nova data que lhe propuseram – 17 de Maio.
Anunciámos o evento. Fizeram-se os cartazes e convites electrónicos e os de papel, marcou-se a data com a actriz Tânia Alves, que vai ler alguns excertos da obra, e com a apresentadora (a primeira convidada já não o poderia fazer nesse dia, por isso tivemos de convidar outra pessoa, dando-lhe portanto menos tempo para preparar a apresentação).
Hoje, dia 6 de Maio, estando os convites já impressos e a serem enviados, a Cebuchholz contactou o editor da Ésquilo, para lhe comunicar que tinham outro lançamento, o qual, devido à presença de uma certa entidade política, só podia realizar-se no dia e hora do nosso, pelo que a apresentação da obra de Deana Barroqueiro tinha de ser de novo cancelada.
Ficámos siderados!
Percebo que a Cebuchholz zele pelos seus interesses, até posso aceitar a sua ideia de que os meus leitores não tenham o peso de uma qualquer personalidade da Presidência da República ou semelhante, porém não consigo aceitar que os seus dirigentes não honrem um compromisso, assumido com terceiros (e com grande antecedência, para mais depois de já terem faltado uma vez à palavra dada), só porque lhes apareceu outro evento que consideraram mais vantajoso para os seus interesses, atropelando sem hesitação os compromissos que a editora e a autora haviam assumido, por sua vez, com outras pessoas, porque fizeram fé na palavra e no profissionalismo da Cebuchholz.
Ao comprometermo-nos com eles, pusemos de lado outras instituições igualmente interessantes que nos ofereciam os seus espaços. Esses dias, entre 17 e 20, são as datas possíveis para se fazer o lançamento, ainda este mês.
A Cebuchholz deixou-nos, assim, numa situação quase impossível: conseguir à última hora, em cima do acontecimento, um outro local para a apresentação. E num dia e hora em que todos os participantes, sobretudo, a apresentadora e a actriz, o possam fazer.
Ainda que na Cebuchholz nos oferecessem outra data, já não podíamos aceitar, por falta de confiança na sua palavra, pois a(má)experiência ensinou-nos que, sem qualquer escrúpulo, o podiam cancelar de novo.
Estou indignadíssima e peço desculpa, a todos os meus leitores, deste comportamento vergonhoso da parte de uma instituição ligada à cultura que, todavia, age como se desconhecesse as mais elementares regras de compromisso e cortesia.
O editor, apesar da agenda carregadíssima deste mês vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance para conseguir um local para o lançamento, se possível no dia e hora anunciado, pelo que espero ter oportunidade de ainda vir a receber os meu amigos e apresentar-lhes em pessoa O Romance da Bíblia.
Nunca imaginei que haveria de passar por uma situação destas!
É realmente escandaloso e inadmissível.