08/09/2017

«1640» - o novo romance de Deana Barroqueiro

Caríssimos Amigos/Leitores:

Terminei ontem a última revisão do meu novo romance «1640». O livro foi uma verdadeira odisseia que terminou numa maratona, em termos de trabalho de pesquisa, de escrita, de fazer e desmanchar e voltar a escrever, desde 2004, com interrupções pelo meio, com incursões por uma época que eu conhecia bem, a dos Descobrimentos. Este romance vem na sequência do «D. Sebastião e o Vidente».

Dedico-vos a obra, meus queridos Leitores, porque, sem vós, meus Amigos, o meu mundo teria sido muito estreito e pequenino. Foi graças ao vosso interesse e prazer na minha escrita, que os meus horizontes se alongaram até onde não julguei possível chegar, em viagens inacreditáveis pelos caminhos da História e do Conhecimento. E me deu o incentivo de, apesar dos meus 72 anos, querer ir sempre mais além, não me deixar cair na tentação de fazer coisas mais fáceis, procurar antes fazer cada vez melhor, porque vos devo isso (e também a mim mesma). 

O tempo da narração vai de 1617 a 1667, o antes e o depois da Restauração de Portugal, quando, em 1640, se libertou de sessenta anos de domínio espanhol, um período riquíssimo de sucessos, porém, com uma crise que nos evoca a que sofremos há bem pouco tempo, e a que nem sequer falta uma espécie de troika, com a qual o leitor não deixará de fazer comparações e encontrar semelhanças.

A história do «1640» é contada por quatro personalidades apaixonantes, de grande renome entre os seus contemporâneos – o poeta épico Brás Garcia Mascarenhas, a freira poetisa Soror Violante do Céu, o fidalgo e grande prosador Dom Francisco Manuel de Melo e o pregador António Vieira. Quis iluminá-los, tirando-os do esquecimento, a que os tempos posteriores os condenaram, exceptuando Vieira.

Espero que os meus leitores achem prazer nas histórias que os protagonistas lhes narram, há-as para todos os gostos, mas, uma certeza tenho: ficarão a conhecer muito bem a mentalidade, os costumes e os grandes momentos nacionais e internacionais desse período do Século XVII. 

Também a estrutura do romance pretende evocar os modelos da época, construído em diálogos que introduzem os capítulos narrativos, como na obra Cortes na Aldeia, de Rodrigues Lobo, que os leitores da minha geração decerto conhecerão.

O livro sairá em Novembro. Ainda não vos posso mostrar a capa, que está em construção, mas espero poder fazê-lo, antes de partir de férias (merecidas, juro!) para a Índia. Neste momento sinto-me vazia. Tive de começar com a próxima obra que tenho em embrião, senão fico insuportável para quem me rodeia.

2 comentários:

Anónimo disse...

Bom dia cara Deana,

Venha esse livro, estou curioso;) De momento estou a ler a História de Alexandre Herculano, uma versão com anotações de José Mattoso.

Cumpts,

João Ribeiro

DEANA BARROQUEIRO disse...

Ora Viva, João Ribeiro, como vai, com a sua música?

Espero que ela lhe exija tanto como este meu novo romance exigiu de mim.

Um grande abraço
Deana Barroqueiro