30/03/2020

OS CROMOS DO CORONAVÍRUS: KIM JONG-UN

OS CROMOS DO CORONAVÍRUS: KIM JONG-UN

A Coreia do Norte sem coronavírus? Oficialmente, sim. Mas as dúvidas são muitas. Apesar de ser o país mais isolado do mundo, a Coreia do Norte faz fronteira e tem contactos com a China, onde o coronavírus surgiu há cerca de três meses.

O discurso do regime de Pyongyang garante a inexistência de ocorrências. Contudo, as medidas de contenção sugerem que “as autoridades sabem que há casos e que o país corre grandes riscos”, alerta um professor de Estudos Coreanos da Universidade de Londres. Coreia do Norte ainda não registou qualquer caso de infeção com o coronavírus Covid-19, pelo menos a acreditar nas informações oficiais.

A imprensa na vizinha Coreia do Sul e nos EUA tem reportado múltiplas suspeitas de casos, cuja confirmação não seria de estranhar tendo em conta que o país faz fronteira com a China, o epicentro do vírus. Nos últimos dias, as autoridades de Pyongyang selaram fronteiras, fecharam embaixadas, mandaram pessoal diplomático de volta para os seus países, suspenderam o turismo e encerraram muitos locais públicos e todas as escolas.

A revista “Foreign Affairs” escreveu na semana passada que “a Coreia do Norte está extraordinariamente impreparada para uma emergência médica desta magnitude”, com “um sistema de saúde em ruínas” e “sedento de investimento público”. Numa altura em que o número de mortos em todo o mundo ultrapassou os 4.700, a Coreia do Norte “está indiscutivelmente mais vulnerável a um surto viral deste tipo do que qualquer outro país do mundo”, sublinha a publicação num artigo que alude ao “maior teste” que o líder do regime, Kim Jong-un, enfrenta até à data.
(JORNAL EXPRESSO)
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